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Estado de Minas POL�TICA

Zanin diz que bloqueio de bens � 'mirabolante' e busca enfraquec�-lo na Lava-Jato

Zanin � investigado na Opera��o E$quema S, que apura tr�fico de influ�ncia e desvios milion�rios


20/09/2020 17:39 - atualizado 20/09/2020 18:10

Em nota, Zanin nega ter o valor bloqueado por Bretas em conta(foto: Reprodução/Twitter Cristiano Zanin Martins)
Em nota, Zanin nega ter o valor bloqueado por Bretas em conta (foto: Reprodu��o/Twitter Cristiano Zanin Martins)
O criminalista Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, afirmou que o bloqueio de R$ 237,3 milh�es em bens imposto pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, � "mirabolante" e uma "clara tentativa" de enfraquec�-lo nos processos da Lava-Jato. A decis�o foi proferida pelo magistrado no dia 1º de setembro e tornada p�blica neste s�bado, 19.

Zanin � investigado na Opera��o E$quema S, que apura tr�fico de influ�ncia e desvios milion�rios das se��es fluminenses do Servi�o Social do Com�rcio (Sesc RJ), Servi�o Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac RJ) e Federa��o do Com�rcio (Fecom�rcio RJ). Advogados renomados no meio pol�tico s�o investigados no caso e tiveram endere�os profissionais e residenciais vasculhados no �ltimo dia 9.

Em nota, Zanin nega ter o valor bloqueado por Bretas em conta, "embora pudesse ter, j� que a minha atua��o sempre foi na advocacia privada".

"Na desesperada tentativa de criar manchetes e produzir efeitos pol�ticos, o juiz fixou o valor do bloqueio mediante uma descabida somat�ria de valores de diferentes escrit�rios de advocacia e ainda adicionou exorbitante valor a t�tulo de 'dano moral', que ele mesmo estipulou, o que mostra um absurdo sem precedentes", afirmou Zanin.

O criminalista alega que o sequestro de bens � uma "clara tentativa de me enfraquecer em processos decisivos que est�o sob a minha condu��o e que contestam a legalidade da pr�pria Opera��o Lava Jato, em especial, aquele que trata da suspei��o do ex-juiz S�rgio Moro".

Na decis�o que autorizou o bloqueio de R$ 237,3 milh�es, Bretas afirmou que o escrit�rio de Zanin e seu associado, Roberto Teixeira, teria sido "o precursor no recebimento de honor�rios advocat�cios exorbitantes pagos pela Fecom�rcio/RJ em prol de interesses particulares de Orlando Diniz", ex-presidente da federa��o e hoje delator.

"Pr�tica que, em tese foi replicada pelos demais escrit�rios ora investigadores, formando um verdadeiro grupo criminoso voltado supostamente para o cometimento dos delitos de peculato, corrup��o ativa, tr�fico de influ�ncia e explora��o de prest�gio, tudo sob o manto do exerc�cio da advocacia", afirmou Bretas.

O juiz da Lava Jato Rio disse que Zanin e Teixeira participaram de uma reuni�o com Orlando Diniz no in�cio de 2012, no Copacabana Palace, no Rio, e que, segundo o delator, "ficou claro que tais advogados iriam garantir" sua perman�ncia � frente do Sesc Rio enquanto se burlava fiscaliza��es de conselheiros fiscais e do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU).

"Os advogados tinham ci�ncia, a princ�pio, de que estavam sendo pagos pela Fecom�rcio e, posteriormente, com verba p�blica das entidades paraestatais para atuar em favor de Orlando Diniz", apontou Bretas.

Zanin rebateu as acusa��es e disse que os servi�os prestados � Fecomercio-RJ est�o "amplamente documentados, registrados nos nossos sistemas internos e mostram mais de 12 mil horas de trabalho prestadas por 77 profissionais da �rea jur�dica".

"Todo esse material j� foi examinado por auditoria externa, que atestou a plena regularidade da contrata��o, do recebimento dos honor�rios e, ainda, que nenhum valor foi sacado ou transferido em favor de terceiros", afirmou.

LEIA A �NTEGRA DA NOTA DO CRIMINALISTA CRISTIANO ZANIN MARTINS:

"� mentirosa a afirma��o de que houve o bloqueio de R$ 237 milh�es da minha conta banc�ria. N�o tenho esse valor, embora pudesse ter, j� que a minha atua��o sempre foi na advocacia privada.

A mirabolante decis�o foi proferida em mais uma clara tentativa de macular minha hist�ria de mais de 20 anos na advocacia privada em lit�gios decisivos e tamb�m consiste numa clara tentativa de me enfraquecer em processos decisivos que est�o sob a minha condu��o e que contestam a legalidade da pr�pria Opera��o Lava Jato, em especial, aquele que trata da suspei��o do ex-juiz S�rgio Moro.

Na desesperada tentativa de criar manchetes e produzir efeitos pol�ticos, o juiz fixou o valor do bloqueio mediante uma descabida somat�ria de valores de diferentes escrit�rios de advocacia e ainda adicionou exorbitante valor a t�tulo de 'dano moral', que ele mesmo estipulou, o que mostra um absurdo sem precedentes.

Nossa atua��o sempre foi pautada pela �tica e pela legalidade. Os servi�os advocat�cios que prestamos em favor da Federa��o do Com�rcio do Rio de Janeiro, uma entidade privada, est�o amplamente documentados, registrados nos nossos sistemas internos e mostram mais de 12 mil horas de trabalho prestadas por 77 profissionais da �rea jur�dica, al�m do suporte administrativo. Todo esse material j� foi examinado por auditoria externa, que atestou a plena regularidade da contrata��o, do recebimento dos honor�rios e, ainda, que nenhum valor foi sacado ou transferido em favor de terceiros."


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