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Estado de Minas Golpista

Blogueiro investigado pela PF mantinha grupo com deputados bolsonaristas

Mensagens obtidas pela PF mostram que Allan dos Santos defendeu um novo golpe militar no Pa�s


21/09/2020 10:00 - atualizado 21/09/2020 11:21

Allan dos Santos é um dos apoiadores de Bolsonaro que tiveram contas nas redes suspensas por determinação do STF(foto: Reprodução/Twitter)
Allan dos Santos � um dos apoiadores de Bolsonaro que tiveram contas nas redes suspensas por determina��o do STF (foto: Reprodu��o/Twitter)

O blogueiro Allan dos Santos, apontado como autor de mensagens em que sugere 'a necessidade de uma interven��o militar', mantinha um grupo de WhatsApp com deputados bolsonaristas e "outras pessoas de baixo escal�o do governo" - as conversas resultavam em reuni�es na resid�ncia do blogueiro, no Lago Sul, em Bras�lia.

As informa��es constam em tr�s depoimentos colhidos pela Pol�cia Federal e obtidos pelo Estad�o: do assessor parlamentar T�rcio Arnaud Tomaz, apontado como integrante do gabinete do �dio, e do deputado federal Paulo Martins (PSC-PR). Ambos confirmaram as conversas virtuais e as reuni�es organizadas por Allan.

Uma terceira oitiva, feita com o youtuber Adilson Nelseu Dini, do canal Ravox Brasil, tamb�m informou sobre a realiza��o de "encontros", "muitas vezes de confraterniza��o", na casa de Allan por "pessoas que comungam a ideia de apoiamento ao presidente Jair Bolsonaro" - entre os participantes estaria o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O parlamentar prestar� depoimento no inqu�rito no pr�ximo dia 23.

"Os encontros, muitas vezes de confraterniza��o, envolvendo amigos e pessoas que comungam a ideia de apoiamento ao presidente Jair Bolsonaro, que j� ocorreram na casa de Allan, situada no Lago Sul em Bras�lia, onde algumas vezes participou Eduardo Bolsonaro, n�o � conhecido, e nem pode ser chamado, de ‘gabinete do �dio'", afirmou Dini � PF.

Apesar do depoimento de Dini ter sido o primeiro a informar sobre "encontros" na casa do blogueiro, foi a oitiva de T�rcio Tomaz que confirmou que algumas reuni�es no local eram organizadas por meio de WhatsApp. O assessor especial disse � PF que Allan o adicionou em um grupo criado "para que pudesse se reunir" semanalmente na resid�ncia do blogueiro "para discutir temas relacionados ao governo federal com pessoas que est�o dentro do governo".

Tomaz afirmou que nunca participou dos encontros, mas que continuou no grupo "como forma de se informar de temas de interesse". "Indagado quem participava desse grupo, respondeu que se recorda de Paulo Eduardo Martins, Daniel Silveira (Deputado federal pelo PSL-RJ) e outras pessoas de baixo escal�o do governo", apontou a PF. Silveira prestar� depoimento nesta segunda, 21.

As reuni�es na casa de Allan dos Santos com parlamentares da base do governo tamb�m foram confirmadas pelo deputado federal Paulo Martins (PSC-PR), ouvido na �ltima ter�a. Ele disse � PF que integrou um grupo no WhatsApp chamado Gengis House e que "acredita ter participado" de um �nico encontro na casa do blogueiro. Estavam presentes, segundo ele, os deputados Bia Kicis (PSL-DF) e Filipe Barros (PSL-PR).

Por fim, Martins disse que Allan "conhece pessoas do governo e por isso tem canais para ser ouvido". O blogueiro foi descrito como uma "figura importante, possuindo condi��es de propor pol�tica de interesse de seu grupo de apoio".

Mensagens obtidas pela PF e reveladas pelo Estad�o mostram que Allan defendeu a necessidade de um golpe militar ao tenente-coronel Mauro Cid, chefe da Ajud�ncia de Ordem da Presid�ncia. Ap�s a publica��o da reportagem do Estad�o, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ)reclamou da divulga��o dos depoimentos. O filho do presidente - que j� foi ouvido no inqu�rito - escreveu: "Atos antidemocr�ticos s�o meus ovos na goela de quem inventou isso!"


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