O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta segunda-feira, 5, seus encontros com autoridades do Legislativo e do Judici�rio, criticadas por parte dos seus apoiadores.
No s�bado, o presidente se reuniu com o ministro Dias Toffoli, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e foi criticado por bolsonaristas nas redes sociais. Na manh� de hoje, se encontrou com o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"Com quem eu tomei caf� agora, algu�m sabe? Rodrigo Maia. E da�? Estou errado? Quem � que faz a pauta na C�mara?", disse Bolsonaro a apoiadores, no Pal�cio da Alvorada, quando um deles questionou se era dif�cil governar com o STF. "N�o entro no detalhe, n�o entro no detalhe. � um Poder que respeito", afirmou.
Bolsonaro n�o deu detalhes sobre o caf� da manh�, mas informou que pode sancionar amanh� o projeto que altera o C�digo de Tr�nsito Brasileiro (CTB)."Talvez amanh� eu vou sancionar com ele (Maia) e com o Alcolumbre a mudan�a no C�digo de Tr�nsito."
Um outro apoiador, ent�o, afirmou que o presidente estava certo e acrescentou:"Isso � fazer pol�tica". "� facilitando a vida para o povo, em vez de 5 em 5 (anos), vai ser de 10 em 10 (anos)", respondeu Bolsonaro. Pela proposta aprovada, entre outras mudan�as, a carteira de motorista passar� a ter validade de dez anos, ponto que foi destacado por Bolsonaro hoje.
Indica��o para STF � como escalar a sele��o brasileira, diz presidente
Como vem fazendo desde o fim da semana passada, o presidente voltou a defender sua decis�o de indicar o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1� Regi�o (TRF-1) Kassio Marques para a vaga de Celso de Mello, que vai se aposentar do Supremo em outubro.
O nome de Marques tem sido atacado com base na atua��o dele na magistratura e em suas convic��es: desde a libera��o para uma licita��o do STF que previa a compra de alimentos como lagostas e vinhos caros; passando por uma suposta proximidade ao PT, a pecha de "desarmamentista" atribu�da a ele e at� o apoio que recebe da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
No domingo, motivada tanto pelo encontro de Bolsonaro com Toffoli quanto pela indica��o de Marques ao Supremo, apoiadores do presidente levaram a hashtag #BolsonaroTraidor a ser o assunto mais comentado no Twitter.
Segundo o presidente, a indica��o para a vaga � como "sele��o brasileira". "� muita cr�tica ai de quem eu t� indicando pro Suapremo, ou n�o? � que indica��o pro Supremo, para muita gente ficou igual escalar a sele��o brasileira: todo mundo tem seu nome, e aquele que n�o entrou o nome dele reclama, ai come�a a acusar o cara de tudo. Esse mesmo pessoal, no passado, queria que eu botasse o Moro", disse.
O presidente disse que Marques era "cat�lico e tem uma certa viv�ncia na �rea militar". Em seguida, voltou a defender que quem decidiu pela perman�ncia do italiano Cesare Battisti no Brasil foi o Supremo, e n�o o desembargador, e que a decis�o de Marques que derrubou a liminar que proibia a compra de lagostas e vinhos caros no STF foi por uma quest�o jur�dica.
"Mentira aquela quest�o que votou para o Battisti ficar aqui, quem disso isso foi o STF, n�o foi ele, decidiu em 99. O neg�cio das lagostas: � que a liminar n�o pode proibir isso ou aquilo que o Supremo pode comprar. Tem que ver se o processo licitat�rio estava legal e estava legal", disse.
Bolsonaro tamb�m falou que Marques n�o era desarmamentista e, citando o ministro da Infraestrutura, Tarc�sio de Freitas, defendeu que o indicado n�o era comunista, por ter rela��es com governos do PT.
"Acusa ele de comunista: 'Ah, ele trabalhou com o PT'. P�, o Tarc�sio trabalhou com o PT. Parece que o ministro da Defesa tamb�m trabalhou para o PT. Um mont�o de militar serviu no governo do PT."
POL�TICA