Planalto minimiza fraude no curr�culo de Kassio Marques

O Pal�cio do Planalto minimizou o fato de o desembargador Kassio Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ter citado em seu curr�culo a realiza��o de um curso de p�s-gradua��o n�o confirmado pela Universidad de La Coru�a, na Espanha. A informa��o foi antecipada nesta ter�a-feira, 6, pelo Estad�o/Broadcast.

Interlocutores de Bolsonaro disseram que Marques n�o foi escolhido por ter ou n�o esse curso no curr�culo. Um deles chegou mesmo a afirmar que o presidente n�o indicou o desembargador por esse "predicado". A escolha, de acordo com auxiliares do presidente, foi fruto de uma articula��o de Bolsonaro com l�deres do "Centr�o" e diversas for�as pol�ticas.

A falta de rea��o diante das revela��es sobre o curr�culo de Marques difere do comportamento adotado por Bolsonaro no caso de Carlos Alberto Decotelli, que chegou a ser nomeado para o Minist�rio da Educa��o, em junho, mas caiu antes de tomar posse. Na ocasi�o, Decotelli tamb�m teve a forma��o acad�mica questionada.

No Planalto, a avalia��o � a de que se trata de caso completamente diferente e n�o h� risco de o nome de Marques sofrer um rev�s na sabatina do Senado, marcada para o pr�ximo dia 21. "� prego batido e ponta virada", comparou um interlocutor de Bolsonaro.

A indica��o de Marques revoltou apoiadores do presidente nas redes sociais. Muitos disseram que o magistrado � ligado ao PT, pois foi nomeado pela ent�o presidente Dilma Rousseff para o Tribunal Regional Federal da 1� Regi�o (TRF-1) em 2011, � pr�ximo do governador do Piau�, Wellington Dias, tamb�m petista, e n�o defende a agenda conservadora do governo. Bolsonaro demonstrou descontentamento com as cr�ticas. "Acusaram o cara de tudo, parecia at� que ele era um dos bandidos mais procurados do Brasil", protestou.

Um dos aliados do presidente previu uma nova "onda" contra Marques. Afirmou, no entanto, que isso em nada mudar� o apoio constru�do ao nome do magistrado no Senado. A recomenda��o do governo � para que o desembargador prossiga com seu p�riplo pelo Congresso, em busca de votos, com o objetivo de assegurar uma aprova��o expressiva na sabatina do dia 21.