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Estado de Minas POL�TICA

Nanicos t�m maior verba por candidato


14/10/2020 12:00

Atingidos pela cl�usula de barreira e sem acesso a recursos do Fundo Partid�rio, tr�s partidos "nanicos", sem representatividade no Congresso, lideram o ranking de custo m�dio por candidato nestas elei��es. S�o eles: PCB, que poder� gastar at� R$ 16,7 mil por concorrente; PCO, com R$ 12,8 mil; e UP, a sigla mais recente a obter registro, com R$ 9,3 mil. Cada uma dessas siglas receber� R$ 1,2 milh�o do fundo eleitoral. No total, ser�o distribu�dos R$ 2 bilh�es para campanhas.

Na lista das dez siglas com mais verba, na m�dia, por concorrente, est�o ainda o PSTU e a Rede Sustentabilidade, que elegeu uma deputada em 2018, mas n�o obteve o n�mero m�nimo de votos para escapar da cl�usula de barreira. Segundo levantamento feito pelo Estad�o, o PSTU ter� R$ 6 mil por candidato e a Rede, R$ 5,9 mil.

A divis�o de 98% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha leva em considera��o o n�mero de votos de cada partido na elei��o anterior e a representatividade no Congresso. Apenas 2% s�o divididos de forma igualit�ria entre as siglas com registro v�lido seis meses antes da elei��o. Novo e PRTB abriram m�o da verba.

A m�dia depende, portanto, do n�mero de candidatos lan�ados por partido. PCB, por exemplo, s� lan�ou 74 em todo o Pa�s, e o PCO, 96. Outras siglas tamb�m sem representatividade optaram por apresentar mais nomes nas urnas, como o Partido da Mulher Brasileira (PMB), que, com 2,8 mil postulantes a cargos de prefeito, vice e vereador, registra a mais baixa m�dia por concorrente: R$ 436.

J� os partidos mais votados nas �ltimas elei��es - PSL e PT - ter�o, em m�dia, R$ 9 mil e R$ 6,4 mil, respectivamente, do fundo para cada candidato. A diferen�a � explicada pelo n�mero de candidatos. O PSL, dono da maior fatia do fundo p�blico (R$ 199,4 milh�es) tem 21,9 mil candidatos, enquanto o PT registrou 31,3 mil.

Para o cientista pol�tico Rodrigo Prando, os n�meros mostram que o Pa�s ainda carece de uma reforma pol�tica que corrija distor��es. Segundo o professor do Mackenzie, os recursos deveriam ser liberados a partidos com representatividade e propostas concretas, n�o apenas ideologias.

"A cl�usula de barreira come�a a corrigir as distor��es, mas n�o ser� de uma vez", disse. "Temos muitos partidos e candidatos que n�o t�m comprometimento com a cidade, ali�s, alguns nem sabem quais s�o os bairros do munic�pio em que disputam o cargo de prefeito nem seus limites geogr�ficos."

O programa de governo do candidato do PCO � Prefeitura de S�o Paulo, Ant�nio Carlos, por exemplo, n�o apresenta propostas para �reas essenciais da cidade, como transporte, habita��o e meio ambiente. Por sua vez, sugere que temas de car�ter nacional, como a aplica��o do Enem, a legaliza��o das drogas ou a dissolu��o da Pol�cia Militar, estejam sob a compet�ncia da Prefeitura.

Dissid�ncia do PT, o PCO foi fundado em 1995 e, desde ent�o, elegeu apenas um vereador, em 2004, na cidade de Benjamin Constant, no Amazonas. O partido tem como presidente h� 25 anos o jornalista Rui Costa Pimenta, que j� foi candidato tr�s vezes � Presid�ncia da Rep�blica, alcan�ando, em 2002, 0,04% dos votos v�lidos.

O PCB optou por lan�ar menos candidatos para conseguir investir mais em nomes que possam dar "frutos" � sigla, disse o secret�rio pol�tico do partido, Antonio Carlos Mazzeo - que desistiu de concorrer � Prefeitura de S�o Paulo para apoiar Guilherme Boulos (PSOL).

"Vamos usar o dinheiro para a infraestrutura do partido, como compra de impressora e computador, mas tamb�m para financiar campanhas que achamos que t�m condi��es de se consolidar", afirmou Mazzeo.

O PCB vincula o custo m�dio alto por candidato � ideia de lan�ar mandatos coletivos. Mazzeo disse que por tr�s dele existem integrantes de movimentos como de moradia, sa�de e educa��o. "Estamos preocupados em consolidar lideran�as. Esse processo eleitoral ser� um grande teste para n�s. O objetivo � chegar a 2021 com o partido mais fortalecido."

Na UP, que disputa uma elei��o pela primeira vez este ano, a verba maior por candidatos n�o foi uma estrat�gia. "N�o dispusemos do tempo de que gostar�amos para preparar as candidaturas, j� que decidimos colocar nas ruas apenas campanhas program�ticas, que reflitam o compromisso do partido com as lutas populares", disse Thiago Santos, tesoureiro da sigla e candidato a prefeito do Recife. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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