Bras�lia – O presidente Jair Bolsonaro criticou nesse s�bado (17) o governo de Alberto Fernandez, da Argentina. Ao alegar que o Brasil estava perdendo a liberdade por volta de 2014, ele tamb�m citou a Venezuela para contrapor o seu mandato e se posicionar politicamente na regi�o.
“Hoje, assistimos a um pa�s mais ao norte (Venezuela), onde as For�as Armadas resolveram enveredar por outro caminho. A liberdade, aquele povo, nosso irm�o, perdeu”, disse. “Mais ao sul, outro pa�s (Argentina) parece querer enveredar pelo mesmo caminho. Pe�o a Deus que eu esteja errado, pe�o a Deus que salve nossos irm�os mais ao Sul”, completou.
“Hoje, assistimos a um pa�s mais ao norte (Venezuela), onde as For�as Armadas resolveram enveredar por outro caminho. A liberdade, aquele povo, nosso irm�o, perdeu”, disse. “Mais ao sul, outro pa�s (Argentina) parece querer enveredar pelo mesmo caminho. Pe�o a Deus que eu esteja errado, pe�o a Deus que salve nossos irm�os mais ao Sul”, completou.
As declara��es de Bolsonaro foram dadas na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), onde ele esteve para participar da cerim�nia de entrega de espadins aos cadetes da Turma Centen�rio da Miss�o Militar Francesa no Brasil.
Estiveram com ele o vice-presidente Hamilton Mour�o e os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, da Casa Civil, Braga Netto, e da Infraestrutura, Tarc�sio de Freitas, al�m dos deputados federais Major Vitor Hugo (PSL-GO) e H�lio Lopes (PSL-RJ). Bolsonaro chegou � Aman sem falar com a imprensa. No curto caminho entre o Hotel de Tr�nsito e a Academia, ele acenou a apoiadores e aos guardas que controlavam o acesso ao evento. Fechada, a solenidade foi transmitida pela TV Brasil.
Estiveram com ele o vice-presidente Hamilton Mour�o e os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, da Casa Civil, Braga Netto, e da Infraestrutura, Tarc�sio de Freitas, al�m dos deputados federais Major Vitor Hugo (PSL-GO) e H�lio Lopes (PSL-RJ). Bolsonaro chegou � Aman sem falar com a imprensa. No curto caminho entre o Hotel de Tr�nsito e a Academia, ele acenou a apoiadores e aos guardas que controlavam o acesso ao evento. Fechada, a solenidade foi transmitida pela TV Brasil.
ESC�NDALO
Apesar do esfor�o de Bolsonaro de se descolar do esc�ndalo envolvendo o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) – at� recentemente, vice-l�der do governo no Senado –, a imagem anticorrup��o t�o defendida desde a pr�-campanha e que o elegeu a chefe do Executivo est� cada vez mais arranhada.
Rodrigues foi alvo de uma opera��o da Pol�cia Federal na quarta-feira, em que agentes o flagraram com dinheiro escondido na cueca. No dia seguinte, o ministro Lu�s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento do senador do mandato por 90 dias – a decis�o do magistrado ser� avaliada pelo plen�rio da Corte, na quarta-feira, e causou animosidade com parte do Senado.
Rodrigues foi alvo de uma opera��o da Pol�cia Federal na quarta-feira, em que agentes o flagraram com dinheiro escondido na cueca. No dia seguinte, o ministro Lu�s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento do senador do mandato por 90 dias – a decis�o do magistrado ser� avaliada pelo plen�rio da Corte, na quarta-feira, e causou animosidade com parte do Senado.
Com a repercuss�o, Bolsonaro destituiu Chico Rodrigues da vice-lideran�a e enfatizou que o parlamentar n�o faz parte do governo. Mas, al�m de colegas de C�mara por mais de duas d�cadas, a proximidade entre os dois era vis�vel, tamb�m pelo fato de o senador empregar como assessor em seu gabinete, desde abril de 2019, Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como L�o �ndio, primo de filhos do presidente. Ele pediu exonera��o ap�s o esc�ndalo.
Horas antes de ter o seu vice-l�der flagrado pela PF, Bolsonaro chegou a dizer que daria uma “voadora” em quem praticasse atos ilegais no governo. Nas �ltimas semanas, em controversas, disse ter acabado com a Lava-Jato, � qual mostrou apoio irrestrito no come�o da gest�o. O caso de Rodrigues � mais um dos que aparecem no entorno de Bolsonaro.
Na opini�o do senador Major Ol�mpio (PSL/SP), o caso do dinheiro na cueca do ent�o vice-l�der do governo na Casa prejudica a imagem do pa�s e do Executivo, ao evidenciar desvios de verbas destinadas ao combate � COVID-19. O parlamentar relata ter recebido, de um auxiliar do governo, proposta de R$ 30 milh�es em emendas contra a doen�a para envio seguindo crit�rio pr�prio. “Eu perguntei: ‘� para todos os senadores? E os crit�rios t�cnicos que o Minist�rio da Sa�de usa?' Resposta: 'N�o � para todos os senadores e n�o ser�o os crit�rios do minist�rio e, sim, os crit�rios pol�ticos do senador'. E mais: '� s� preencher a planilha e, em 30 dias, as emendas estar�o na conta'. Eu denunciei”, afirma.
“Usar dinheiro da COVID para fazer pol�tica nas elei��es municipais e, ainda mais, sem licita��o. Ainda vem muito esc�ndalo por a�.” De acordo com o parlamentar, a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e o Tribunal de Contas Uni�o (TCU) investigam a den�ncia. Para Ol�mpio, apesar de Bolsonaro ter sido eleito com r�tulo de outsider, n�o cumpriu o que prometeu em rela��o ao combate � corrup��o. “No meu entendimento, houve crime de lesa-p�tria do governo em oferecer, para destina��o nos currais eleitorais de senadores, R$ 30 milh�es de verbas carimbadas, que deveriam ser destinadas a salvar vidas”, enfatiza. “O governo foi facilitador e provocou isso. Vai espocando de Norte a Sul, demonstrando que o sistema utilizado acabou promovendo toda sorte de desvio, improbidade e corrup��o.” O l�der do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), defende que o nome do chefe do Executivo n�o pode ser atrelado ao caso Rodrigues. “A investiga��o � da CGU (Controladoria-Geral da Uni�o). N�o � uma coisa que a gente fique feliz, mas n�o tem nada a ver com Bolsonaro”, comenta.