O ministro das Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo, destacou nesta quinta-feira, 22, que a defesa da liberdade � o diferencial da pol�tica externa brasileira na atual gest�o, mesmo que isso signifique que o Pa�s se torne um "p�ria internacional". Em evento de formatura de novos diplomatas, Ara�jo criticou a atua��o do Itamaraty em governos anteriores e justificou que a nova abordagem internacional do Pa�s tem conseguido resultados.
"Sim, o Brasil hoje fala de liberdade atrav�s do mundo. Se isso faz de n�s um p�ria internacional, ent�o que sejamos esse p�ria. (...) Esse p�ria n�o tem seu nome em nenhuma planilha, n�o fez negociatas para promover partidos amigos em outros pa�ses, n�o pertenceu ao conselho de nenhuma grande construtora exportadora de propina", declarou.
O chanceler afirmou que antes do governo Bolsonaro o Itamaraty se caracterizava por seguir "conceitos ultrapassados, superficiais, satisfeito com a pr�pria fama" e que agora passa por uma "liberta��o". Para os novos formandos do Instituto Rio Branco, o ministro disse que Itamaraty hoje se "renova".
O ministro fez cr�ticas duras relacionadas � gest�es anteriores e a forma como os trabalhos do Itamaraty eram conduzidos. "O Itamaraty ficou muito tempo dentro de si mesmo, cantando gl�rias passadas, lustrando trof�us antigos e esquecendo-se de jogar o campeonato deste ano", comentou. Ele citou o discurso do presidente Jair Bolsonaro na ocasi�o de sua elei��o para refor�ar a nova abertura do Itamaraty.
"O presidente Jair Bolsonaro, ent�o rec�m-eleito proclamava: 'vamos liberar o Itamaraty'. E era disso que n�s precis�vamos: liberta��o", disse. Em refor�o ao governo, Ara�jo destacou que o "poder olig�rquico pela primeira vez est� amea�ado".
Em cr�ticas aos governos petistas, o ministro afirmou que a partir de 2002 a "esquerda e oligarquia se encontraram e descobriram que eram irm�os h� muito tempo estranhados, ambos filhos do cinismo e da sede de poder, que abra�aram-se e puseram-se a roubar do povo brasileiro".
O chanceler rebateu ainda o r�tulo de que h� um grupo ideol�gico no governo do qual seria parte. "Aqueles que nos acusam de ideol�gicos s�o aqueles que ideologizam toda a realidade, toda a vida, para concentrar poderes", disse.
O ministro tamb�m destacou, como exemplo da abertura do Itamaraty a partir nova gest�o, acordos de import�ncia econ�mica feitos com Uni�o Europeia e Estados Unidos e parcerias com pa�ses de "alta tecnologia", al�m de aumento das exporta��es para o mundo �rabe e a China.
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