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Estado de Minas Entrevista/FABIANO CAZECA

BH tomou bomba na educa��o, diz Cazeca, candidato do Pros � PBH

Empres�rio ataca a gest�o Kalil e diz que, se eleito, retomar� imediatamente as aulas


24/10/2020 04:00 - atualizado 24/10/2020 07:18

''Quero trabalhar muito no combate à corrupção e na geração de emprego e renda. Esse é meu lema maior'' (foto: ALEXANDRE GUZANSHYE/EM/D.A.PRESS)
''Quero trabalhar muito no combate � corrup��o e na gera��o de emprego e renda. Esse � meu lema maior'' (foto: ALEXANDRE GUZANSHYE/EM/D.A.PRESS)
Fabiano Cazeca (Pros) � o primeiro candidato � Prefeitura de BH nas elei��es municipais sabatinado pelos Di�rios Associados. Nesta entrevista ao EM, o empres�rio diz que sua prioridade, se conquistar a prefeitura, ser� o combate � corrup��o e a gera��o de empregos, recuperar a economia depois da crise gerada pelo isolamento da pandemia do novo coronav�rus.

Afirma tamb�m que, se eleito, as aulas retornar�o imediatamente j� no in�cio do ano que vem. O candidato fala tamb�m da briga com seu partido, do qual diz ter recebido apoio integral no in�cio e depois teve sua chapa rejeitada.

“O imbr�glio est� complicado. Quem me convidou para ser candidato foi o partido, Eros Biondini, Weliton Prado, Jaime Martins Filho, Cl�udio do Mundo Novo falaram que precisava de um candidato. Disseram que eu era o ideal, falaram umas coisas boas de mim. Disseram que dariam R$ 1 milh�o de fundo. De repente, desapareceu todo mundo e eu estava contratando todo mundo, tinha nomes para indicar. E o Eros me liga e fala para parar com a chapa”, desabafa o candidato.

O senhor � conhecido no meio empresarial como Fabiano Lopes Ferreira. Por que Cazeca?
Eu deveria ser Cazeca, porque minha fam�lia � Cazeca. S� que meu pai n�o era registrado, ele mesmo registrou e colocou o nome para homenagear a m�e. Mas todo mundo � Cazeca.

Sendo de Itapecerica e tendo forte base l�, por que quer ser prefeito de BH e n�o da cidade natal?
Minha empresa � aqui (BH), tem 47 anos que moro aqui. BH me deu tudo, daqui tamb�m � minha m�e. Sou cidad�o honor�rio desde 18 de dezembro de 2015. � uma cidade de que gosto muito.

Qual a prioridade para BH?
BH tem muitas prioridades, mas a primeira delas � voltar com essas 15 mil empresas que quebraram, com esses mais de 100 mil trabalhadores que ficaram desempregados.

Qual o setor que a cidade precisa de mais ajuda?
A quest�o essencial para mim, agora, � a econ�mica. De imediato, � reunir esse pessoal e viabilizar o retorno deles.

Como foi o impacto da COVID-19 na sua vida e entre a popula��o?
No caso pessoal, n�o, pois continuei produzindo bem. Tomamos as medidas certas nas horas certas. Para a popula��o, sim. O impacto com o fechamento do com�rcio, das empresas dos prestadores de servi�os. Foi mal feito, poderia ter sido diferente, poderia ter flexibilizado se tivesse ampliado a sa�de, com atendimento, leitos, respiradores, poderia ter flexibilizado para dar esse impulsionamento para as empresas.

Como avalia a educa��o em BH?
A educa��o em BH tomou bomba. Foi uma avalia��o do Ideb, foi a pior capital na educa��o. A educa��o precisa retornar, seguir um protocolo sanit�rio. As crian�as est�o com muitas dificuldades, pois nem todos t�m condi��es de oferecer coisas especiais aos filhos. A educa��o, a escola, tem uma fun��o social.

Para o senhor, j� ter�amos aulas presenciais?
Tinha que seguir isso logo, voltar logo �s escolas. Tomo posse, no in�cio de janeiro j�, imediatamente, come�am as aulas.

Qual o problema que BH vive h� anos e precisar ser resolvido?
O transporte p�blico. Nosso trabalhador � transportado como sardinha em lata, com �nibus lotados. H� uma incoer�ncia absurda na pandemia, voc� pega aquele rigor do distanciamento em restaurantes, barzinhos, eventos, mas trabalhador, o povo, � transportado como sardinha em lata. Nota zero para essa gest�o. Tem que voltar com os trocadores. Sabia que o custo dos trocadores faz parte da planilha? N�o economizou nada com a retirada dos trocadores? As empresas est�o recebendo como se os trocadores estivessem trabalhando, � um neg�cio absurdo. Na porta da minha empresa tem um ponto de �nibus. Se chega o �nibus e tem cadeirante, o motorista tem que travar o �nibus, descer, ir l� colocar ele, pedir ajuda, depois fechar, destravar. � um absurdo, tem que dirigir, transportar, dar troco, tem inseguran�a e o tr�nsito. Ent�o, ter� a volta imediata dos trocadores.

Tamb�m tem a quest�o da passagem, muito criticada. Vai rever isso?
BH tem a segunda passagem mais cara. Tem que ser revisto. Quebraram contrato. Se foi quebrado, pode ser rescindido, por que n�o? Chamar nova licita��o. Falar: ‘Olha, as regras s�o essas. Voc�s agora v�o ter que respeitar o prefeito e a prefeitura’. N�o respeitam, n�o pagam, n�o oferece transporte de qualidade. Vamos substituir, chamar nova licita��o.

BH sofre com pessoas em situa��o de rua. Como resolver isso?
� controverso o n�mero, falam em mais de 10 mil pessoas em situa��o de rua. Voc� pode n�o resolver 100%, mas vai resolver 90%. J� melhora demais. As pessoas v�o morrer pelas ruas, voc� impede isso dando moradias. Se der moradia decente, 99% dessas pessoas v�o sair da rua. N�o querem ir para abrigos, l� tem regras, dificulta. N�o est�o habituados a isso, mas se der moradia decente, com certeza v�o aceitar. Com profissionais competentes para fazer acompanhamento, psic�logo, psiquiatra, pois tem muitos problemas. Precisa ser tratada com equipe de profissionais de primeira linha, s�o seres humanos. � diferenciado de albergue. J� tem uma evolu��o nos restaurantes, ajuda bastante, ainda precisa de uma trabalhada, mas precisa de a��o. Tem que ser resolvido de imediato.

Como ser� sua rela��o com a C�mara?
N�o s� com a C�mara, me permita ir al�m. Com o governo do estado, com o presidente da Rep�blica. Como um prefeito de uma cidade da grandeza de BH n�o vai ter rela��o boa, profissional, institucional, com o governador? Com o presidente? Claro que tem que ter. E com o vereador, ent�o, muito mais. Quero me relacionar bem. Quero levar a experi�ncia da parte privada para a vida p�blica. Pegar essa rela��o que a gente tem com gerentes, com representantes do estado, com as cidades. Vamos deixar esse individualismo pra l�? Vamos trabalhar para a prefeitura e para o povo.

O senhor falou sobre a experi�ncia na vida privada. H� outros candidatos com esse perfil. O que o difere deles?
A diferen�a � significativa. Sou gestor de uma empresa regulada e fiscalizada pelo poder p�blico. N�o vou sentir diferen�a de sair da privada e ir para a p�blica, pois j� trabalho com auditorias internas, externas, prazos, normas, regras duras, pesadas, e inclusive quero levar essa agilidade da empresa privada para a prefeitura. Essa motiva��o para o funcionalismo para prestar um servi�o ainda melhor que prestam.

Por que o partido parou de apoiar o senhor?
O imbr�glio est� complicado. Quem me convidou para ser candidato foi o partido, Eros Biondini, Weliton Prado, Jaime Martins Filho, Cl�udio do Mundo Novo falaram que precisava de um candidato. Disseram que eu era o ideal, falaram umas coisas boas de mim. Disseram que dariam R$ 1 milh�o de fundo, isso conversando com Bras�lia. Falei que estava fechado. De repente, desapareceu todo mundo e eu estava contratando todo mundo, tinha nomes para indicar. E o Eros me liga e fala para parar com a chapa, que j� tinha dispensado o Manoel, porque o deputado Marcelo Aro ia trazer a chapa dele para BH. Eu disse: ‘Como assim?’. Sou vice-presidente municipal, vice-presidente estadual, sou da diretoria do partido e n�o fiquei sabendo disso. Marcelo disse que a chapa era do Pros, falou em pagar santinho, depois trouxe o PTC. De repente, quando comecei a come�ar a mostrar qual que era, acho que foi isso, a minha posi��o pol�tica, n�o sou de esquerda e n�o sou de direita, eu sou de centro. Tenho que defender minhas propostas, se contrariam interesses, a� � um problema. Quero ir para a pol�tica, me unir aos bons pois ainda acredito que tenham os bons, trabalhar muito no combate � corrup��o e na gera��o de emprego e renda. Esse � meu lema maior. Na prefeitura, a coisa � mais din�mica, tem que fazer mais, mas meu objetivo na pol�tica � esse, mudar, fazer diferente. Acho que isso est� incomodando, porque prometeram a grana, mas n�o deu, a grana sumiu, e agora n�o mandam minha m�dia, utilizando o direito que � de todo candidato, que � usar a m�dia, a propaganda eleitoral gratuita. O partido est� sendo multado diariamente. Agora, vou pedir a pris�o do presidente, porque n�o est� cumprindo, ele n�o cumpre. Acredito que o juiz vai deferir, ordem judicial tem que ser cumprida, vou pedir a pris�o dele, vai ter que ser preso. � um neg�cio absurdo e covarde. Agora, esse ato covarde de boicotar sem falar � molecagem.

Todo esse estresse n�o fez o senhor repensar a candidatura?
Isso n�o me desanima. Desafio sempre foi o combust�vel da minha vida. Vou continuar lutando. Sou do Pros h� alguns anos, fui candidato a deputado pelo Pros. Quero resolver com essas pessoas. � um trabalho em equipe, n�o acredito em trabalho solit�rio, gastei dinheiro para o partido. Agora, se essas pessoas quiserem trabalhar contra o partido, � o seguinte, ou eles saem, ou eu saio. Partido tem muito.

O senhor doou R$ 20 mil a um rival nas elei��es, o Cabo Xavier (PMB). Por qu�?
As pessoas precisam me conhecer um pouco mais. Recentemente, doei para um inimigo meu, a m�e dele faleceu, um amigo do interior. Fui cumprimentar e ele me evitava. Ele estava passando por situa��o dif�cil e fui l� e ajudei. Doar, fazer coisa para amigo � f�cil, dif�cil � fazer para o inimigo. Esse candidato, que � o Cabo Xavier, que conhe�o h� muito tempo, conhe�o o grupo dele. Ele chegou e falou ‘Fabiano, estou com uma emerg�ncia e n�o tenho a quem recorrer. Como tenho boa rela��o e amizade com voc�, voc� pode me ajudar?’. Falei: ‘Voc� quer emprestado?’. Ele: ‘Fabiano, n�o tenho como pagar isso. Sou assalariado’. Falei: ‘Te dou o dinheiro’. Dei o dinheiro para ele, e ele resolveu o problema dele. O dinheiro � meu, gosto de dar coisa dentro da legalidade. Foi l� registrou l�, pronto. E da�? Gosto de ajudar pessoas. N�o interessa ra�a, cor, ideologia. Pode ir na minha empresa, vai ver homem, mulher, s�o tratados do mesmo jeito, negros, homossexuais. L� dentro tem PT e PSDB. Quando voc� estende a m�o a uma pessoa que est� no ch�o, � um ato bonito, � humano. N�o gosto de ficar batendo palma para famosinho n�o, gosto de quando a pessoa est� no ch�o, ele pode estar no desespero, se ele n�o pagar eu posso perder… resolve, ent�o vamos resolver.

Qual a sua rela��o com Alexandre Kalil?
Kalil faz coisas que n�o concordo. Por exemplo, prefeito que ganha mais de R$ 30 mil e n�o paga IPTU, l�gico que n�o vou concordar. Fiscalizei as contas dele no Atl�tico, eu era do Conselho Fiscal, hoje � meu advers�rio tamb�m no Atl�tico, mas deixa pra l�. Se ele, realmente, tivesse feito uma boa gest�o, estaria aplaudindo. Mas n�o posso, 15 mil empregos, cento e tantos trabalhadores na rua, n�o paga IPTU. Ent�o, n�o posso.

Voc� j� foi candidato a deputado federal em 2018 e agora sai �s urnas novamente. Pensa em seguir na carreira pol�tica?
Quero ganhar a prefeitura, se n�o ganhar, por que n�o 2022? Vim para ficar, minha vida sempre foi desafio. Nada para mim � f�cil. Tudo � com muita luta, garra, vou resolver essas quest�es. Obst�culos s�o colocados para que voc� caminhe com cautela.

PERFIL


Fabiano Lopes Ferreira

Idade: 65 anos

Naturalidade: Itapecerica (MG)

Estado civil: casado

Filhos: tr�s

Forma��o: Direito

Carreira: Fundador e administrador da Multimarcas Cons�rcios h� mais de 20 anos

Experi�ncia pol�tica: candidato a deputado federal em 2018 e candidato a prefeito de BH em 2020



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