Doria responde Bolsonaro e diz que presidente � 'desinformado'

Em nova cr�tica ao seu rival pol�tico, o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o estado "mais importante da economia no Brasil" d� um "p�ssimo exemplo" com o aumento de impostos, enquanto o governo federal evitou o aumento de tributos. Doria rebateu em seguida e chamou o presidente de "desinformado". "S�o Paulo n�o fez e n�o far� nenhum aumento de imposto", disse o governador.

 

 

"S�o Paulo aumentou barbaramente (imposto sobre) produto da cesta b�sica, lamentavelmente. Uma barbaridade. N�s sim, fizemos o que t�nhamos que fazer, n�o aumentamos impostos, muito pelo contr�rio. Agora, um Estado ou outro, que � o mais importante da economia no Brasil, d� esse p�ssimo exemplo aumentando impostos", disse Bolsonaro a apoiadores em frente ao Pal�cio da Alvorada, nesta ter�a-feira, 27, antes da cerim�nia de hasteamento da Bandeira Nacional.

Doria reagiu e afirmou que Bolsonaro est� mais preocupado em atacar do que governar. "Fizemos sim a reforma administrativa que ele, Bolsonaro, deixou de fazer no plano federal. Se ficasse mais preocupado em governar e menos em atacar advers�rios, poderia fazer algo de �til para o Pa�s. Governe para o Brasil, Bolsonaro, e n�o para seus interesses pol�ticos e ideol�gicos!", afirmou o tucano.

O governo de S�o Paulo informou que o pacote de ajustes fiscais aprovado pela Assembleia Legislativa n�o causar� impacto na cesta b�sica. Segundo o governo paulista, a lei sancionada "prev� ajustes fiscais e moderniza��o e enxugamento da m�quina p�blica" com a "redu��o linear de 20% dos benef�cios fiscais relacionados ao ICMS" para cobrir rombo de R$ 10,4 bilh�es.

Entretanto, afirma o governo estadual, por decis�o de Doria, "n�o haver� altera��o na al�quota do imposto para os produtos que fazem parte das cestas b�sicas de alimentos e de rem�dios". O pacote de medidas inclui a extin��o de estatais e funda��es com o objetivo de poupar despesas no Or�amento do pr�ximo ano e compensar perdas causa pela pandemia da covid-19.

'Guerra' da vacina

Na semana passada, o motivo de atrito entre o presidente e Doria foi a vacina contra a covid-19. Na �ltima quarta-feira, 21, um dia depois do an�ncio de que o governo federal compraria a vacina produzida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, em S�o Paulo, Bolsonaro desautorizou o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello.

Sob press�o de seus seguidores nas redes sociais, o presidente disse que "a vacina chinesa do Doria" n�o seria comprada. "Deixe a elei��o de 2022 para outro momento, presidente", provocou o governador. "N�o vamos misturar ci�ncia com pol�tica, sa�de com ideologia".

Dino tamb�m � alvo

Na conversa com apoiadores nesta ter�a-feira, Bolsonaro tamb�m voltou a criticar outro governador, Fl�vio Dino (PCdoB), do Maranh�o. Sem citar o nome de Dino, o presidente afirmou para apoiadores que � preciso "tirar o PCdoB" do Estado. "Tem que tirar o PCdoB de l�, cara, pelo amor de Deus. S� aqui no Brasil mesmo, comunista falando que � democr�tico", disse. Bolsonaro fez perguntas para as pessoas sobre o andamento das elei��es municipais em cada Estado: "Eu t� fazendo pesquisa aqui".

Na semana passada, Bolsonaro anunciou ter cancelado uma viagem ao munic�pio de Balsas, no Maranh�o, depois de Dino, segundo o mandat�rio, recusar o efetivo da Pol�cia Militar para refor�ar a seguran�a presidencial. Pelo Twitter, o governador negou ter feito qualquer restri��o sobre o uso da Pol�cia Militar. Dino anunciou ainda ter entrado com a��o judicial no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente por "mentir" sobre o assunto.