Em SP, Russomanno tira Bolsonaro de jingle

Ap�s o deputado Celso Russomanno (Republicanos) cair e oscilar negativamente nas pesquisas de inten��o de voto para a Prefeitura de S�o Paulo, suas propagandas do hor�rio eleitoral deixaram de mencionar o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro. Os programas que foram ao ar no hor�rio pol�tico anteontem e ontem n�o usaram nem trechos do jingle em que Bolsonaro era citado. Nas inser��es, Russomanno critica o governador Jo�o Doria (PSDB) e o tamb�m tucano Bruno Covas, prefeito e principal oponente do parlamentar, segundo as pesquisas.

Na estreia da propaganda eleitoral gratuita de r�dio e TV, no dia 9, o jingle do candidato citava Bolsonaro tr�s vezes. "Com Russomanno e Bolsonaro, quem ganha � a nossa cidade", dizia um trecho da m�sica. J� no refr�o, repetido duas vezes, constava o trecho "e Bolsonaro apoiando". As propagandas mais recentes da m�sica n�o trazem versos que citam o presidente. A mudan�a de abordagem ocorre ap�s a publica��o de pesquisa Datafolha que, no dia 22, mostrou que Russomanno caiu de 27% para 20%, enquanto Covas oscilou positivamente de 21% para 23%.

Al�m disso, em S�o Paulo, pesquisa Ibope/TV Globo/Estad�o divulgada no dia 15 aponta que 48% classificam a gest�o Bolsonaro como p�ssima ou ruim e 26% como �tima ou boa, o que tamb�m pode ter reflexo na transfer�ncia de votos.

As novas propagandas de Russomanno tamb�m t�m feito alus�es ao fato de que Doria descumpriu uma promessa feita durante a campanha de 2016, segundo a qual iria terminar o mandato de prefeito. Como � Covas, ent�o vice, quem est� concluindo a gest�o, o prefeito tucano � chamado nas pe�as de "BrunoDoria". O apelido j� era usado na campanha, mas ganhou mais �nfase.

Ao Estad�o, o marqueteiro Elsinho Mouco, respons�vel por toda a estrat�gia de campanha, afirmou que h�, sim, mais artilharia direcionada a Covas, com quem Russomanno aparece empatado tecnicamente no Ibope e no Datafolha, dentro da margem de erro. "S�o cr�ticas acima da linha cintura", afirmou. "Estamos brincando com a campanha do Covas, que traz tr�s palavras com a letra F. Adicionamos uma quarta: F de 'foi-se', sobre os empregos e a renda que j� eram", disse. Mouco negou que haja inten��o de dar menos �nfase ao presidente nas pe�as e atribuiu isso a motivos circunstanciais. "O Bolsonaro vai continuar sendo citado", disse.

A contrata��o de Mouco passou pelo aval de do ministro das Comunica��es, F�bio Faria. O secret�rio executivo da pasta, Fabio Wajngarten, tem participado de reuni�es da campanha. Veio de Wajngarten, inclusive, a sugest�o de fazer uma associa��o total entre o candidato e Bolsonaro.

Ao participar da sabatina do Estad�o, no dia 19, Russomanno disse, diversas vezes, que � "amigo" de Bolsonaro. Ainda assim, ele evitou dar uma resposta direta �s perguntas sobre suspeitas contra a fam�lia do presidente e seu entorno, como o caso Queiroz. Nesta semana, o candidato j� havia discordado ao dizer que n�o se oporia � compra da vacina contra o novo coronav�rus que est� sendo desenvolvida pelo laborat�rio chin�s Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.

Presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo disse que Russomanno adotou essa estrat�gia porque "n�o tem o que mostrar para a cidade" e lembrou que o Republicanos fez parte da base de Covas na Prefeitura de S�o Paulo.

Fun��es

Elsinho Mouco agora concentra m�ltiplas atribui��es relacionadas � campanha de Russomanno, inclusive a coordena��o-geral, ap�s a morte do presidente municipal do Republicanos, Marcos Alc�ntara, no domingo. Na pr�-campanha, Alc�ntara era o respons�vel por elaborar pontos que depois vieram a constar no plano de governo, al�m de cuidar da articula��o pol�tica e da comunica��o. Alc�ntara ajudou a negociar com Russomanno a confirma��o da candidatura e a montar a chapa de vereadores do partido. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.