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Estado de Minas POL�TICA

'Pessoal da esquerda n�o quer ganhar elei��o, quer lacrar', diz M�rcio Fran�a


29/10/2020 17:20

Ap�s pregar voto �til da esquerda no primeiro turno da elei��o para a Prefeitura de S�o Paulo, o candidato do PSB, M�rcio Fran�a, afirmou nesta quinta, 29, que a esquerda n�o quer ganhar elei��o, "quer lacrar". Ele foi o oitavo de 11 postulantes ao cargo que participam da s�rie de sabatinas do Estad�o.

"O pessoal de esquerda n�o quer ganhar elei��o, quer lacrar", afirmou o candidato, citando Guilherme Boulos (PSOL), que tem aparecido em 3� lugar nas pesquisas, � frente de Fran�a e atr�s de Bruno Covas (PSDB) e Celso Russomanno (Republicanos). "Boulos � candidato a presidente da Rep�blica. Caso n�o d� certo em S�o Paulo e o (Fernando) Haddad (PT) estiver fraco ou desaparecido, ele vira o candidato l�der da esquerda."

O ex-governador atirou para todos lados durante a sabatina. Criticou o candidato do PSOL, afirmou que o PT � injusto com Jilmar Tatto e que Russomanno e Covas s�o candidatos com "sombras" maiores por tr�s, em refer�ncia ao presidente Jair Bolsonaro, apoiador do candidato do Republicanos e ao governador Jo�o Doria, aliado do prefeito.

"Desde o in�cio, eu sempre disse que eu iria para o segundo turno com o Bruno. A outra vaga, n�o se sabia se teria um outro candidato � direita. Russomanno � famoso, mas tradicionalmente, ele cai no final. No restante, o PT e o Boulos. O PT tem um rapaz que a vida inteira serviu ao PT, mas que o partido acha que ele n�o � a pessoa certa. � injusto. Boulos nunca foi nada na pol�tica. Se jog�-lo nessa fria (governar S�o Paulo), ele vai meter gasolina e fogo no paiol."

Primeiro turno

Fran�a prev� que Boulos e Tatto somem cerca de 20% dos votos no primeiro turno e disse acreditar que ter� tamb�m perto desta porcentagem dos votos v�lidos. "O PT e o Boulos n�o cabem em uma casinha s�. V�o dividir 20 pontos. Acho que o PT tem condi��o, � maior, mais forte, acredito que fa�a esse crescimento. E as �nicas pesquisas que fazem em rela��o ao segundo turno, o �nico candidato que vence do Bruno no segundo turno sou eu. Cada candidato aqui tem uma sombra para a Presid�ncia. Se o Bruno ganhar, as pessoas querem que o Doria v� para a Presid�ncia. Se Russomanno ganhar, querem que o presidente se reeleja. Se Boulos ou o candidato do PT, querem que (o ex-presidente) Lula volte a ser candidato."

Pesquisas de inten��o de voto

O candidato foi questionado sobre seu desempenho nas pesquisas de inten��o de voto. Ele afirmou que teve 22% da vota��o em primeiro turno na capital em 2018, quando concorreu a governador. "Essa � a marca que eu vou atingir. Pesquisa, voc�s sabem, fotografa o instante e o sentimento das pessoas em rela��o a nomes conhecidos. Se eu chegar no balc�o de um bar e mostrar uma s�rie de refrigerantes, Tuba�na, Caju�na, a pessoa opta por Coca-Cola. (Celso) Russomanno � uma pessoa conhecida. O prefeito (Bruno Covas) � o atual prefeito, ent�o tem de ter voto mesmo. No fundo, tr�s ou quatro nomes disputam uma vaga e as outras, a segunda vaga."

Aproxima��o com Bolsonaro

Fran�a foi questionado sobre ter tido uma aproxima��o com Bolsonaro durante a pr�-campanha. A ida de Fran�a a um ato com Bolsonaro irritou a c�pula do PDT, que j� viabilizava uma alian�a pela Prefeitura de S�o Paulo. Os partidos acabaram se coligando. "Eu tenho zero a ver com o Bolsonaro. Eu tenho alguns v�nculos: ele � do Vale do Ribeira e eu tamb�m. A esposa dele trabalhou no gabinete com o meu suplente. Vim conhec�-lo agora quando eu fui tentar aquela ajuda para Beirute."

Gest�o

O ex-governador disse que a Prefeitura ter� de cortar despesas em 2021. Ele prop�e governar com apenas 1% dos cargos comissionados. "No ano que vem, vamos passar por um problema bem grave. Vamos passar por uma redu��o de despesas. Tudo isso vai desaguar no come�o do ano, com pandemia. Uma das alternativas, duras, que pensamos � em rela��o aos cargos de comiss�o. Estou me propondo a governar com 1% desses cargos, 70 apenas. Eu tenho experi�ncia."

Governo de Bruno Covas

Fran�a afirmou ter respeito por Covas e relembrou a amizade com o ex-governador M�rio Covas, av� de Bruno, mas criticou o prefeito por, em sua avalia��o, deixar o comando da cidade para um grupo de vereadores. "Eu me dou muito bem com o Bruno, � uma pessoa valente. Mas eu acho que ele t� sem nenhuma condi��o. Hoje ele n�o � prefeito, � um grupo de vereadores. O Bruno sequer consegue mandar embora um subprefeito."

Vacina da covid-19

Fran�a criticou Doria ao ser perguntado se � a favor ou contra a obrigatoriedade da vacina��o contra a covid-19. "O Doria anunciou 134 vezes essa hist�ria da vacina. Agora come�ou a se discutir se vai ser obrigat�rio uma vacina que n�o existe. O Supremo vai ser consultado. Toda pessoa de bom senso tem a obriga��o de tomar a vacina. � claro que o poder p�blico n�o vai entrar de casa em casa para vacinar. 20 ou 30% j� se contaminou. Meus filhos tiveram covid. Eles s�o obrigados a tomar? J� tiveram a contamina��o do v�rus. S� vou discutir a obrigatoriedade se tiver vacina."

Volta �s aulas

O candidato do PSB afirmou que o planejamento de volta �s aulas p�s-pandemia come�a por preparar as escolas. "A�, reveza os alunos, coloca 20% da sala. As crian�as podem ir para o shopping e n�o podem ir para a aula? Claro, eles bateram tanto a cabe�a com essa hist�ria de covid que a pessoa se sente insegura. Tem que poder fazer o teste em todo mundo, colocar na porta das escolas a prepara��o para cada escola, como outros pa�ses fizeram."

Fapesp

Fran�a se irritou ao ser questionado sobre a retirada de R$ 140 milh�es da Funda��o de Amparo � Pesquisa de S�o Paulo (Fapesp) quando era governador em 2018. Ele afirmou que n�o tirou dinheiro nenhum e que retiraria a candidatura se isso fosse mentira. O Estad�o Verifica mostrou que sua gest�o chegou a decretar a retirada para complementar o or�amento de outros �rg�os estaduais, mas recuou. O Di�rio Oficial do Estado de trazia um decreto com abertura de cr�dito suplementar e de fato trazia a informa��o de que parte dos recursos teria fonte em "recursos desafetados da Fapesp", no valor de R$ 140 milh�es. Dois dias depois, o governo revogou o decreto. No dia 31 de dezembro, o mesmo texto do decreto foi publicado novamente, desta vez a men��o � fonte dos recursos da Fapesp foi retirada.

"Quando voc� faz uma movimenta��o de todas as contas do Estado, fica contingenciado. Depois, voc� devolve. Os recursos do Estado s�o divididos em 12 presta��es. Eu n�o tirei nem devolvi, o dinheiro estava contingenciado. A proposta do Doria era de tirar dinheiro da Fapesp", afirmou Fran�a. Ao final da sabatina, o candidato pediu desculpas por ter se exaltado com o rep�rter que o questionou sobre os recursos.


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