(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

Sabar� se desfilia do Novo e desiste oficialmente de elei��o em SP


30/10/2020 12:48

O candidato do partido Novo � Prefeitura de S�o Paulo, Filipe Sabar�, enviou carta � dire��o do partido nesta quinta-feira, 29 requerendo sua desfilia��o da legenda e desistindo de vez das elei��es. Ele havia sido expulso do partido na semana passada, por uma decis�o do conselho de �tica da legenda, mas tinha at� o pr�ximo s�bado, dia 31, para recorrer da decis�o. A partir desta sexta-feira, 30, as propagandas do candidato n�o ser�o mais divulgadas pelas emissoras de r�dio e TV. Dirigentes do Novo ouvidos ao longo da semana pelo Estad�o afirmam que a decis�o de desistir da campanha na cidade foi uma atitude que refor�ou os valores defendidos pela legenda.

No documento de desfilia��o, Sabar� criticou o processo de expuls�o, afirmando que a decis�o teria sido tomada sem provas. "A condena��o veio antes e independente de provas, sendo o ponto de partida de um processo que n�o � nem devido, nem legal", diz o texto. Ele classificou o processo como "'sob medida', quase de exce��o, cujo resultado j� estava definido, antes mesmo da sua instaura��o".

Sabar� foi expulso do partido acusado de ter prestado informa��es falsas sobre sua forma��o acad�mica, e teve sua candidatura indeferida pela Justi�a quando sua vice, Marina Helena, renunciou. Sua sa�da se seguiu a ataques de que o Novo tinha um "cacique", o fundador e ex-presidente Jo�o Amoedo, e que a quest�o de fundo do processo seria o fato de Sabar� fazer elogios expl�citos ao presidente Jair Bolsonaro, enquanto Amoedo adota uma postura cr�tica ao presidente nas redes sociais.

Ao longo desta semana, diversos integrantes da legenda comentaram o caso. Eles admitem que a falta de um candidato majorit�rio poder� prejudicar a campanha dos seus 34 candidatos � C�mara Municipal. O discurso � que os eventuais contratempos s�o um "preju�zo menor" diante de concorrer com um candidato que tivesse pontos de sua carreira que precisavam de esclarecimentos.

Os integrantes da legenda concordam que h� diverg�ncias sobre como o Novo tem de se portar com rela��o ao presidente, mas destacam que, se o caso de Sabar� fosse puramente pol�tico, haveria membros do partido que concordam com as posi��es do agora ex-candidato que sairiam em sua defesa, o que n�o aconteceu. Al�m disso, a avalia��o � que uma resposta incontest�vel acerca da veracidade do curr�culo do candidato afastaria o processo de expuls�o.

O l�der do partido na C�mara, deputado Paulo Ganime (Novo-RJ), garante que Amoedo n�o faz nenhuma interfer�ncia nas decis�es dos parlamentares do partido no Congresso, mas disse que a converg�ncia de ideias pode fazer com que as pessoas tenham essa impress�o. "Se ele (Amoedo) fala alguma coisa e o Novo concorda, parece que � uma decis�o dele", disse.

Esses princ�pios s�o de redu��o do tamanho do Estado, defesa de privatiza��es, corte de impostos e regras internas que pro�bem o uso de recursos p�blicos pela legenda e exig�ncia de experi�ncia em gest�o por parte de candidatos.

Ganime ressalta que essa sintonia de ideais n�o se d� em todos os temas que as diverg�ncias s�o naturais, citando como exemplo o posicionamento de Amoedo sobre a obrigatoriedade da vacina��o (a favor), diferente daquele defendido pelo parlamentar.

Deixando claro que n�o teve acesso aos detalhes do caso Sabar�, Ganime afirmou que a falta de um candidato majorit�rio pode ser prejudicial a legenda, mas defendeu a decis�o do Novo.

"No curto prazo, pode prejudicar as candidaturas a vereador, pode ser um risco. Mas � melhor fazer o certo do que fazer dar certo a qualquer custo. Poderia ter tratado de forma diferente, n�o ter exposto (o caso)? Talvez, mas poderia ser pior. Dado os fatos colocados na mesa, o Novo reagiu da forma correta, mesmo que isso tenha representado a gente n�o ter candidatura na maior cidade do Pa�s", disse.

O discurso vai ao encontro do presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro, que v� um preju�zo para a atual campanha, mas um refor�o das bandeiras da legenda para as elei��es seguintes. "� um epis�dio triste, que sem d�vida traz um desgaste para a campanha, mas a nossa chapa de vereadores em S�o Paulo � muito qualificada e temos certeza de que eles v�o ter um desempenho muito bom", disse. "O que fica � a prova de que o Novo n�o tem compromisso com o erro, e para se manter fiel aos seus princ�pios est� disposto a sacrificar a candidatura majorit�ria na maior cidade do pa�s", complementa Ribeiro.

O deputado estadual Heni Ozi Cukier, entretanto, v� esse ponto como uma dificuldade extra para uma campanha que j� seria dif�cil. "O Novo tem se sa�do melhor nas elei��es legislativas do que na elei��o majorit�ria. O principal desafio do partido � fazer campanha sem fundo eleitoral e sem uma base constitu�da. As elei��es neste ano s�o muito pr�-establishment." Entretanto, na avalia��o dele, o partido agiu corretamente no caso de Sabar�. "Maior preju�zo seria seguir com uma candidatura em que pairasse d�vidas."

J� a vereadora Jana�na Lima, �nica parlamentar do partido na cidade e que tenta a reelei��o, o caso refor�a as bandeiras da legenda. "Foram os pr�prios filiados que colocaram essa diverg�ncia (sobre Sabar�) e pautaram a imprensa", afirma. "O Novo n�o � um partido, � uma institui��o que est� sendo constru�da. Isto s�o as dores do crescimento."

Para ela, tomada a decis�o do conselho de �tica pela expuls�o, coube aos filiados acatar o que foi decidido. "Pode desagradar outros filiados que est�o concorrendo com cadeira no Legislativo. A gente pode ficar pensando se haveria outra solu��o. Nem tudo o que acontece no partido 100% dos filiados v�o concordar", disse. "O compromisso do partido n�o � eleger a maior bancada da cidade. � eleger uma bancada comprometida com os valores e os compromissos que o partido apresenta.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)