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Estado de Minas POL�TICA

Tribunal do impeachment decide que Witzel ter� de desocupar o Pal�cio Laranjeiras


05/11/2020 17:15

O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), ter� de deixar o Pal�cio Laranjeiras, em Laranjeiras, na zona sul, que � a sede oficial do governador do Estado e onde Witzel mora com a mulher e tr�s filhos. A ordem para que deixe o im�vel foi decidida nesta quinta-feira, 5, pelo Tribunal Especial Misto, respons�vel por julgar o processo de impeachment do governador afastado. Na mesma reuni�o em que aprovou por unanimidade (dez votos a zero) o prosseguimento do processo que pode resultar na cassa��o do governador afastado, o tribunal, composto por cinco deputados estaduais e cinco desembargadores, decidiu tamb�m determinar que Witzel se retire do im�vel. Ser� produzido um ac�rd�o dessa decis�o e, a partir da�, o governador afastado ter� dez dias para deixar o pal�cio.

Ao contr�rio da decis�o sobre o prosseguimento do processo de impeachment, a vota��o sobre a desocupa��o ou n�o do Pal�cio Laranjeiras n�o foi un�nime: seis integrantes do Tribunal votaram pela sa�da de Witzel e quatro defenderam que ele pudesse permanecer no im�vel. Votaram pela sa�da os deputados Waldeck Carneiro (PT), Dani Monteiro (PSOL) e Carlos Macedo (Republicanos) e os desembargadores Jos� Carlos Maldonado, Teresa de Castro Neves e In�s Chaves. Foram contra a ordem de desocupa��o os deputados Chico Machado (PSD) e Alexandre Freitas (Novo) e os desembargadores Fernando Foch e Maria Bandeira de Mello.

Em outubro, uma decis�o judicial autorizou o governador afastado a permanecer no pal�cio, como tamb�m o Superior Tribunal de Justi�a j� tinha permitido, em agosto, quando determinou que Witzel fosse afastado do cargo.

Witzel n�o havia se manifestado sobre a ordem para desocupar o Pal�cio Laranjeiras, at� a publica��o desta reportagem. Sobre a decis�o do tribunal que deu prosseguimento ao processo de impeachment, o governador afastado afirmou que "nem Jesus Cristo teve um julgamento justo", mas disse confiar nos deputados e desembargadores respons�veis por julg�-lo. Witzel seguir� afastado do cargo at� o final do processo, que vai decidir pela sua cassa��o ou n�o.

"Nem mesmo Jesus Cristo teve um julgamento justo, mas cumpriu seu prop�sito. N�o tenho d�vida de que a verdade prevalecer�. Infelizmente, a pol�tica tem usado o processo penal e o impeachment para afastar aqueles que n�o conseguem derrotar nas urnas", escreveu o governador afastado. "N�o vejo o mesmo rigor pol�tico dos deputados com seus pares tamb�m acusados e investigados. Dois pesos e duas medidas."

Witzel afirmou estar com a "consci�ncia tranquila". "Trata-se de um processo pol�tico para me desgastar, especialmente pela esquerda e por bolsonaristas extremistas, mas tenho confian�a de que deputados e desembargadores far�o um julgamento justo para o bem da democracia", disse. "Venho sendo acusado, sem provas, a partir de uma den�ncia fr�gil feita por criminosos confessos. Minha miss�o para com a popula��o fluminense me d� for�a, coragem e f� para enfrentar o linchamento moral e pol�tico ao qual estou sendo submetido."

Afastado do cargo em agosto por decis�o do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), Witzel � acusado de comandar a suposta organiza��o criminosa. Em setembro, a Assemnleia Legislativa do Rio aprovou o prosseguimento do impeachment. Segundo a Procuradoria, o o governador afastado teria recebido, junto com Pastor Everaldo, R$ 50 milh�es em propina. Os desvios teriam ocorrido inclusive durante a pandemia. Assumiu o cargo o vice-governador Cl�udio Castro (PSC).


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