O Minist�rio P�blico Federal (MPF) entrou com uma a��o por improbidade contra os ex-deputados federais do MDB Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves por supostas fraudes no Fundo de Investimentos do FGTS entre os anos de 2011 e 2015.
O processo � movido pela for�a-tarefa da Greenfield com base em provas obtidas na Opera��o S�psis, que prendeu o operador e hoje delator L�cio Funaro em 2016. Os procuradores imputam aos ex-deputados enriquecimento il�cito e atos contra a administra��o p�blica e pedem a restitui��o de mais de R$ 20 milh�es por Cunha e quase R$ 5 milh�es por Alves.
De acordo com os investigadores, os ex-parlamentares cobravam propinas para liberar investimentos de recursos pelo FI-FGTS em empresas privadas. A den�ncia sobre o esquema foi apresentada em 2016 pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e hoje tramita no Tribunal Regional Federal da 1� Regi�o (TRF1), em fase de recurso. Na primeira inst�ncia, cinco envolvidos foram condenados por parte dos crimes imputados.
"As investiga��es apontam que, � �poca dos fatos, Eduardo Cunha e Henrique Alves gozavam de poder para indicar nomes para diversos cargos de entidades vinculadas ao Poder Executivo federal e o utilizavam para cometer crimes e desviar dinheiro p�blico", sustenta o MPF.
Segundo o Minist�rio P�blico, o esquema teria envolvido, por exemplo, a libera��o de recursos para a revitaliza��o da zona portu�ria do Rio de Janeiro via Parceria P�blico Privada com as construtoras Odebrecht, OAS e Carioca. Em troca, Cunha, Alves e o ent�o vice-presidente da Caixa, F�bio Cleto, teriam recebido propinas em contas banc�rias no Uruguai e na Su��a para lavar o dinheiro.
"O grupo criminoso operou esquema il�cito na Caixa Econ�mica Federal at� pelo menos dezembro de 2015, sob o comando e a coordena��o de Eduardo Consentino Cunha", afirmam os procuradores.
A for�a-tarefa da Opera��o Greenfield deixou de ajuizar a��o contra Alexandre Margotto, L�cio Funaro, F�bio Cleto, Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Junior, os dois �ltimos s�cios da Carioca Engenharia, por terem firmado acordo de colabora��o premiada. A Carioca, por sua vez, assinou acordo de leni�ncia com o MPF, motivo pelo qual tamb�m deixou de ser processada.
COM A PALAVRA, OS EX-DEPUTADOS
At� a publica��o desta mat�ria, a reportagem buscou contato com as defesas dos ex-deputados, mas sem sucesso. O espa�o permanece aberto a manifesta��es.
POL�TICA