O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lu�s Roberto Barroso, afirmou, nesta quinta-feira, 12, que o adiamento da elei��o municipal em Macap� foi tomado ap�s autoridades eleitorais e de seguran�a p�blica afirmarem n�o haver "condi��es de seguran�a e tranquilidade" para realiza��o do pleito na capital do Amap�. Em entrevista ao Jornal Eldorado, da R�dio Eldorado, o ministro disse ter sido informado que at� mesmo a a��o de fac��es criminosas estava fora de controle durante a crise energ�tica e social vivida pelo Estado.
"Na segunda-feira, eu conversei com o presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amap�, que me disse que estava tudo sob controle, com a perspectiva de regulariza��o do fornecimento de energia el�trica. Ontem (quarta), por�m, ele me ligou com uma narrativa diferente, que a situa��o estava fugindo de controle, que as fac��es estavam operando � insatisfa��o das pessoas, que j� tinha havido quebra-quebra, amea�a de cercar o pal�cio, que a PM n�o tinha contingente suficiente para conter as manifesta��es e monitorar as inquieta��es", relatou Barroso.
Com as informa��es repassadas e documentadas pelo presidente do TRE do Amap�, Barroso disse ter contactado por telefone os diretores da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) e da Pol�cia Federal, bem como a dire��o do Estado-maior na regi�o. O relato un�nime, disse o ministro, foi de que o quadro mais grave era restrito � capital, apesar da crise energ�tica afetar todo o Estado.
"A verdade � que eu estou em Bras�lia. A brincadeira que se faz � que Bras�lia � muito longe do Brasil, �s vezes. E, portanto, eu preciso confiar nas informa��es de fontes seguras que me vem dos tribunais regionais eleitorais e das autoridades p�blicas locais", disse o presidente do TSE. E completou: "todos me disseram que havia um risco grave da situa��o escapar de controle e se ter viol�ncia e impedimento das pessoas votarem normalmente em Macap�, s� em Macap�."
A nova data para a elei��o, contudo, s� deve ser definida quando a situa��o no Amap� for regularizada. "Elei��es devem ser realizadas em um quadro de seguran�a e tranquilidade. Evidentemente, na maior extens�o poss�vel, n�s queremos marcar ainda para esse ano, para n�o haver prorroga��o de mandato, mas eu dependo de informa��es do TRE-AP (...). Eu imaginaria fazer assim que o TRE e as autoridades de seguran�a p�blica me disserem que h� condi��es."
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