Depois de Pujol, Mour�o refor�a: "Pol�tica n�o pode estar dentro do quartel"

O vice-presidente Hamilton Mour�o afirmou nesta sexta-feira que a "pol�tica n�o pode estar dentro do quartel". Mour�o concordou com a vis�o do comandante do Ex�rcito, general Edson Leal Pujol, que disse nesta quinta-feira, 12, que as For�as Armadas n�o t�m interesse em se envolver com a atividade pol�tica partid�ria.

"Pol�tica n�o pode estar dentro do quartel. Se entra pol�tica pela porta da frente, a disciplina e a hierarquia saem pela dos fundos. O comandante do Ex�rcito coloca claramente o que � a nossa posi��o", destacou Mour�o ao falar com jornalistas na portaria da vice-Presid�ncia no Pal�cio do Planalto nesta tarde. Segundo ele, as For�as Armadas sofreram, antes de 1964, com uma politiza��o "que s� serviu para causar divis�o".

Ontem, em participa��o online em evento do Instituto para Reforma das Rela��es entre Estado e Empresa, o comandante Pujol afirmou que nos �ltimos dois anos o Minist�rio da Defesa e as For�as Armadas se preocupam exclusivamente com "assuntos militares". "N�o queremos fazer parte da pol�tica governamental ou do Congresso Nacional e muito menos queremos que a pol�tica entre em nossos quart�is", disse Pujol.

Nesta sexta, 13, ao comentar a fala do comandante, Mour�o lembrou que "os pr�prios regulamentos dizem que ao militar � vedado participar de eventos pol�ticos partid�rios". Ele justificou dizendo que "a pol�tica tem paix�es" que podem levar a debates que causem divis�es. As restri��es do envolvimento com a pol�tica valem, em especial na vis�o de Mour�o, para militares da ativa.

"O problema � o seguinte, n�s que somos da reserva � uma outra situa��o. Os militares da ativa, esses realmente n�o podem t� participando disso", argumentou ao responder sobre a capacidade do cidad�o de dissociar as For�as Armadas do governo, uma vez que militares ocupam cargos de ministros e de segundo escal�o.

"A nossa legisla��o foi mudada, no per�odo de 64, porque exatamente o camarada era eleito, participava de processo eleitoral, e depois voltava pra dentro do quartel, ent�o isso n�o era salutar", observou.