O prefeito de Belo Horizonte e candidato � reelei��o, Alexandre Kalil (PSD), foi um dos gestores que manteve por mais tempo restri��es ao com�rcio no enfrentamento � covid-19, com alguns segmentos completamente fechados por mais de cinco meses. O setor de servi�os, duramente afetado pela pandemia, representa mais de 70% da atividade econ�mica da capital mineira, cujo PIB soma em torno dos R$ 89 bilh�es de acordo com os dados mais recentes do IBGE.
O alto �ndice de aprova��o � gest�o do ex-cartola de futebol, contudo, saiu praticamente ileso da fase mais dura da quarentena. Na vis�o do professor de ci�ncia pol�tica Cristiano Rodrigues, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), esse quadro confere � disputa majorit�ria em BH ares de referendo sobre o rigor das medidas do atual mandat�rio contra o novo coronav�rus, com probabilidade de vit�ria j� no primeiro turno, segundo pesquisas.
A popula��o de Belo Horizonte � estimada pelo IBGE em 2.521.564 habitantes. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que 1.943.184 eleitores est�o aptos a votar na cidade.
Das 41.903 vagas formais fechadas na cidade desde o in�cio da pandemia, 25.909 foram no setor de servi�os e 11.939, no de com�rcio, segundo dados enviados pela Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecom�rcio-MG) ao Broadcast Pol�tico.
"Kalil acabou desagradando interesses do setor produtivo [com a dura��o e o rigor das medidas], mas conseguiu comunicar isso de maneira assertiva � popula��o, em meio a um vazio que [o governador de Minas Gerais, Romeu] Zema n�o soube ocupar", avalia o consultor da BMJ Lucas Fernandes. "No �pice da pandemia, as medidas que ele aplicou em BH tiveram impacto em toda a regi�o metropolitana. Kalil conseguiu ser o grande interlocutor em rela��o � pandemia n�o s� em BH, mas no Estado, e acabou colhendo os benef�cios disso."
Em que pese representantes de setores econ�micos temerem a reelei��o do ex-cartola, Fernandes enumera motivos que mereceriam pondera��o por esses agentes. Entre eles, aponta o fator de que a economia sofre mais com gestores que "abrem" o com�rcio e os servi�os e deixam o cont�gio por covid-19 se descontrolar.
"Apesar de certa resist�ncia com Kalil, existe um qu� de previsibilidade. Em uma eventual segunda onda, a gente n�o deve esperar um movimento t�o afoito em fechar tudo ou tomar medidas imponder�veis que n�o levem em considera��o os empregos", prev� o analista da BMJ, no cen�rio de a reelei��o do candidato do PSD se confirmar.
Levantamento da Paran� Pesquisas mostrou que, para 58,9% dos eleitores da capital mineira, a prefeitura de BH foi a esfera de governo que agiu melhor no combate ao coronav�rus, contra 15,4% escolhendo o governo do Estado e 14,4% indicando o governo federal. 5,2% n�o souberam responder e 6,1% disseram que "nenhum" desses �rg�os agiu melhor. O instituto ouviu 820 eleitores, em entrevistas pessoais entre os dias 22 e 25 de julho. Registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o nº MG-03074/2020, a pesquisa tem grau de confian�a de 95,0% e margem estimada de erro de aproximadamente 3,5%.
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POL�TICA
Kalil lidera mesmo com peso de medidas contra covid-19 sobre economia de BH
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