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Estado de Minas POL�TICA

Sem mostrar provas, Bolsonaro coloca em xeque apura��o das elei��es


16/11/2020 11:34 - atualizado 16/11/2020 12:10

Depois de poucos dos seus candidato apadrinhados terem tido sucesso nas elei��es municipais, o presidente Jair Bolsonaro colocou em xeque, mais uma vez, a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. Para apoiadores nesta segunda-feira, 16, o chefe do Executivo voltou a citar o uso do voto impresso ao justificar que � preciso um sistema que "n�o deixe d�vidas" ou "margem para suposi��es".

"N�s temos que ter um sistema de apura��o que n�o deixe d�vidas. � s� isso. Tem que ser confi�vel e r�pido, n�o deixar margem para suposi��es", disse. Na sequ�ncia, Bolsonaro mencionou desconhecer o uso do sistema eleitoral brasileiro, apurado por meio de urna eletr�nica, em outros pa�ses no mundo.

"Tenho proposta, tive n�. O Supremo (Tribunal Federal) disse que � inconstitucional o voto impresso. (Mas) tem proposta de emendar a Constitui��o na C�mara. Se n�o tivermos uma forma confi�vel de apurar as elei��es a d�vida sempre vai permanecer e n�s devemos atender a popula��o", disse.

O presidente disse que a demanda por mudan�as no sistema eleitoral do Pa�s vem do "povo". "Muita gente fala, alguns falam, sem ouvir o povo, sem sair de seus gabinetes. No meu caso, estou sempre ouvindo a popula��o. Eles querem um sistema de apura��o que possa demorar um pouco mais, n�o tem problema nenhum, mas que seja garantido que o voto que essa pessoa deu v� para aquela pessoa realmente de fato. � s� isso", declarou.

Lentid�o

Nas elei��es deste ano, houve lentid�o na apura��o de votos logo ap�s o fim do pleito causada por um problema em processadores de um computador, segundo explica��o do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lu�s Roberto Barroso. De acordo com o TSE, tradicionalmente a totaliza��o de 100% dos votos s� � conclu�da ao longo da segunda-feira seguinte � vota��o, com a contagem de votos de locais de dif�cil acesso.

Apesar da demora, Barroso afastou as suspeitas sobre a possibilidade de se fraudar os resultados. Segundo ele, n�o � poss�vel que haja fraude porque os resultados em cada urna s�o impressos em um boletim, ao final da vota��o, afixados na se��o eleitoral e distribu�dos aos partidos.

Mais cedo, o vice-presidente Hamilton Mour�o, em mais um movimento contr�rio ao de Bolsonaro, havia comentado que o processo eleitoral brasileiro era "muito bom, sem d�vida nenhuma". Na semana passada, Bolsonaro j� havia dito, sem provas, que o sistema de vota��o no Brasil n�o era "s�lido" e que era "pass�vel de fraude". Em declara��es anteriores, Bolsonaro tem defendido a volta do voto impresso para o pleito de 2022.

Na conversa com apoiadores nesta segunda, Bolsonaro chegou a pedir desculpas por estar indisposto, ap�s uma noite mal dormida, e se negou a gravar v�deos e mensagens com o grupo que o esperava em frente ao Pal�cio da Alvorada. "Pe�o, por favor, eu n�o quero gravar nada. N�o estou passando bem hoje n�o, desculpa a�, fui dormir agora", justificou. O presidente chegou ainda a responder um coment�rio de um apoiador que disse a regi�o Norte "� muito sofrida".

"Voc� fala regi�o sofrida, mas o povo de l� escolhe o seu destino", respondeu Bolsonaro. Em seguida, citou que S�o Paulo e Rio de Janeiro est�o "decidindo seu destino", assim como Porto Alegre. Depois, Bolsonaro encerrou a conversa com a claque agradecendo e pedindo desculpas mais uma vez.

Os resultados de domingo mostraram que poucos candidatos apoiados pelo presidente foram eleitos ou chegaram ao segundo turno. Em S�o Paulo, Celso Russomanno, do Republicanos, ficou em quarto lugar e n�o chegou ao segundo turno. No Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, do Republicanos, teve Bolsonaro ao seu lado e est� na corrida do segundo turno.

Em Porto Alegre, apesar de n�o ter candidato, Bolsonaro tem criticado o apoio dado a Manuela D'�vila, do PCdoB, que disputar� o segundo turno. Conforme o Estad�o/Broadcast mostrou, apenas sete dos 45 candidatos a vereador que apareceram no "hor�rio eleitoral gratuito" nas redes sociais do presidente foram eleitos. Entre os prefeitos, al�m de Crivella, apenas outro nome apoiado por Bolsonaro passou para o segundo turno, o Capit�o Wagner (PROS), em Fortaleza.


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