(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

Candidatos buscam apoios para 2� turno


17/11/2020 07:21

No dia seguinte � vota��o em primeiro turno, o prefeito Bruno Covas (PSDB) e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, investiram ontem na busca por apoios para o decorrer da campanha. Covas avan�a sobre parte dos apoiadores de M�rcio Fran�a (PSB), que foi bem votado em bairros perif�ricos das zonas norte e leste. J� Boulos tem recebido endosso de petistas, como o Jilmar Tatto (PT), sexto colocado, e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT). O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva deve ter um papel coadjuvante na campanha.

O entorno de Boulos tenta evitar que o tucano use tamb�m o antipetismo para atacar o candidato, por isso o cuidado com a imagem de Lula. O discurso que Covas deu ap�s a divulga��o do resultado das elei��es, anteontem � noite, deixou claro que sua campanha ir� classificar o advers�rio como "radical".

Interlocutores de Covas conversaram ontem com dirigentes do Solidariedade, que apoiou Fran�a, e da For�a Sindical, central ligada ao partido. O tucano tamb�m articula o apoio da UGT, central sindical pr�xima ao PSD e que apoiou Andrea Matarazzo no 1� turno - ele terminou em oitavo. A ideia � tentar isolar o candidato do PSOL, Guilherme Boulos.

Em entrevista ao portal UOL ontem, Covas disse que "n�o h� nenhuma m�goa" em rela��o a Fran�a, sinalizando que gostaria de ter seu apoio. Os dirigentes do PSB, PDT, Solidariedade e Avante, legendas que estavam na coliga��o de Fran�a, no entanto, devem se reunir hoje para decidir se v�o entrar na campanha de algum dos dois candidatos que restaram.

O Estad�o apurou que os interesses das siglas s�o conflitantes. O PDT vai defender o apoio irrestrito � candidatura de Boulos, j� o Solidariedade tende a apoiar a Covas. "N�o escondo que sou amigo do Bruno (Covas) e tenho uma prefer�ncia por ele", disse o presidente municipal do Solidariedade, Pedro Nepomuceno, que foi subprefeito de Santana at� o come�o da campanha.

O entorno de Covas deve sondar tamb�m o Republicanos, de Celso Russomanno, quarto candidato mais votado anteontem. At� o in�cio da campanha, o partido fazia parte da base de apoio do prefeito. O PSDB ainda n�o definiu o roteiro do seu primeiro programa de TV , que vai ao ar na sexta-feira. Mas a ideia � refor�ar o perfil de "centro".

Discreto

Caso se confirme a expectativa e venha a declarar apoio � candidatura de Boulos, o ex-presidente Lula n�o deve assumir um papel de destaque. Segundo um dirigente do PSOL, Lula n�o vai aparecer sozinho na campanha de Boulos. Se o l�der petista vier mesmo a declarar apoio, como ele pr�prio sinalizou anteontem, sua imagem ser� usada ao lado de outros l�deres da esquerda. O pr�prio Boulos disse que espera formar uma frente "em defesa da justi�a social" no segundo turno. Sua campanha trabalha para atrair nomes como os Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Fl�vio Dino (PCdoB). Lula seria apenas mais um.

Desde o primeiro turno, Boulos tem angariado apoio na classe art�stica e entre juristas, muitos ex-eleitores do PT. Como o Estad�o mostrou, at� l�deres comunit�rios que antes preferiam candidatos petistas pediram votos para o l�der do MTST.

O PSOL j� identificou a estrat�gia do PSDB de tentar "colar" em Boulos a tarja do antipetismo e se prepara para evitar isso. Uma das t�ticas � diluir o apoio do PT entre o de outros partidos. Outra � lembrar que o PSOL nasceu em 2004 de uma dissid�ncia do PT descontente com os rumos do pr�prio governo Lula.

Indagado pelo Estad�o no domingo, 15, � noite sobre qual seria a participa��o do ex-presidente, com quem tem fortes v�nculos pol�ticos e pessoais, em sua campanha, Boulos se esquivou. "Esperamos apoio de todos os que queiram construir uma alian�a em S�o Paulo pela justi�a social e combate � desigualdade", disse o candidato.

Boulos j� recebeu apoios pessoais do candidato derrotado do PT, Jilmar Tatto, e do ex-prefeito Fernando Haddad, ambos do PT. Ontem pela manh�, Lula usou as redes sociais para comemorar a derrota do bolsonarismo nas elei��es municipais. Ele parabeniza "companheiros de outros partidos", mas n�o cita nomes.

"Parab�ns aos nossos candidatos e candidatas e a nossa aguerrida milit�ncia que percorreu o Pa�s em tempos t�o desafiadores. E aos nossos companheiros de outros partidos que apresentaram excelentes resultados lutando o bom combate, sem agress�es e com respeito ao nosso PT", escreveu o ex-presidente em uma rede social.

No domingo de manh�, Lula disse que a decis�o de n�o desistir da candidatura na reta final para apoiar Boulos foi inteiramente de Tatto. A declara��o foi interpretada como um sinal em favor do candidato do PSOL.

Ontem, o diret�rio nacional do PT se reuniu para fazer um balan�o das elei��es e apontar os rumos do segundo turno. O partido disputa apenas duas capitais, Recife e Vit�ria. O diret�rio municipal de S�o Paulo tamb�m vai se reunir para decidir sobre o apoio formal a Boulos.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)