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Estado de Minas POL�TICA

PF inicia investiga��o sobre ataques virtuais ao TSE


17/11/2020 18:00

A Pol�cia Federal j� iniciou a investiga��o sobre os ataques virtuais feitos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma equipe especializada na apura��o de crimes cibern�ticos, especialmente de casos de pedofilia e tentativas de fraudes banc�rias na internet, vai atuar no caso, segundo o Estad�o apurou.

O presidente do TSE, ministro Lu�s Roberto Barroso, apontou a a��o de "mil�cias digitais" e disse na �ltima segunda-feira, 16, ver "motiva��o pol�tica" nos ataques virtuais sofridos pela Justi�a Eleitoral no domingo, 15, dia de vota��o do primeiro turno das elei��es municipais. Nos bastidores, a condu��o da crise no TSE, que tamb�m sofreu com atrasos na divulga��o dos votos, tem provocado cr�ticas � atua��o de Barroso.

Um ministro da Corte Eleitoral, que pediu para n�o ser identificado, considerou uma "l�stima" o comportamento de Barroso. O presidente do TSE tem sido criticado reservadamente por integrantes, tanto do TSE quanto do Supremo Tribunal Federal (STF), por mudar a vers�o sobre a lentid�o na atualiza��o dos votos - e por responsabilizar a gest�o de sua antecessora, Rosa Weber, pela decis�o sobre a centraliza��o na divulga��o dos dados.

As elei��es de 2020 foram as primeiras em que a divulga��o da totaliza��o dos votos foi centralizada no TSE. Antes, cada um dos 27 tribunais regionais eleitorais fazia as suas totaliza��es, de forma independente. A mudan�a nos procedimentos foi determinada na gest�o de Rosa Weber no TSE, que acolheu um relat�rio t�cnico da Pol�cia Federal.

Fake news.

A lentid�o na totaliza��o dos votos inflamou a milit�ncia digital bolsonarista, que voltou a lan�ar suspeitas - sem provas - sobre a lisura do processo eleitoral. Tamb�m ampliou o desgaste interno do secret�rio de tecnologia da informa��o do tribunal, Giuseppe Janino - Janino � um dos criadores da urna eletr�nica no Brasil.

O TSE, no entanto, tem procurado afastar qualquer rela��o entre os ataques virtuais ao sistema da Corte Eleitoral e a lentid�o na divulga��o dos votos.

De acordo com a apura��o da ONG SaferNet, �s 9h25 do domingo foram divulgadas informa��es de servidores e ex-ministros do TSE obtidas em ataque ocorrido em 23 de outubro. Os dados, por�m, eram referentes ao per�odo entre 2001 e 2010, e n�o tinham qualquer rela��o com o processo eleitoral.

Mesmo assim, o fato foi usado nas redes para colocar em d�vida a seguran�a das urnas eletr�nicas. "A divulga��o foi feita no dia da elei��o para trazer impacto e para fazer parecer fragilidade do sistema eleitoral", declarou Barroso. Um dos que deram vaz�o a esta narrativa foi o deputado federal bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR), investigado pelo Supremo no inqu�rito das fake news.

Em coletiva na �ltima segunda-feira, Barroso apontou as liga��es pol�ticas dos grupos que embarcaram na campanha de desinforma��o a partir das primeiras not�cias de ataques ao TSE.

Barroso tamb�m deu na ocasi�o uma nova vers�o para o atraso na totaliza��o dos votos no primeiro turno, feita apenas �s 23h55 do domingo. Segundo ele, a entrega de um "supercomputador" pela empresa Oracle foi atrasada por causa da pandemia do novo coronav�rus. Comprado em mar�o, o equipamento chegou em agosto.

Assim, afirmou o ministro, n�o houve tempo suficiente para testes pr�vios e a intelig�ncia artificial do sistema n�o foi capaz de aprender a tempo a processar o volume de informa��es que recebeu.

Desempenho

Conforme revelou o portal do Estad�o, a Pol�cia Federal recomendou ao TSE a centraliza��o da divulga��o dos votos em Bras�lia, na sede do pr�prio TSE, alegando que a medida melhoraria "consideravelmente a seguran�a operacional" e teria o "potencial de continuar com um desempenho satisfat�rio". A informa��o consta em relat�rio da PF, assinado em outubro de 2018 e acatado pela equipe t�cnica do TSE. O documento foi enviado ao tribunal pelo ent�o diretor-geral da PF, Rog�rio Galloro.

No relat�rio de 2018, a PF apontou que, naquela �poca, a transmiss�o dos arquivos de cada urna ocorria de forma descentralizada, com um servidor web em cada Tribunal Regional Eleitoral (TRE) respons�vel por receber os boletins de urna das se��es eleitorais daquela regi�o. Ou seja: cada Estado apurava e divulgava os seus votos.

"Observa-se que mudar a arquitetura de servidores para estarem fisicamente localizados no pr�prio TSE melhora consideravelmente a seguran�a operacional deste sistema e tem o potencial de continuar com um desempenho satisfat�rio, em virtude dos crescentes avan�os nas tecnologias de comunica��o em rede", diz trecho do relat�rio da PF, assinado por tr�s peritos da corpora��o.

De acordo com a PF, a descentraliza��o na divulga��o dos dados representava um "ponto de vulnerabilidade", j� que as informa��es referentes aos votos de cada regi�o estariam distribu�das no TRE de cada Estado. � como se houvesse 27 bancos de dados, um em cada Estado, ao inv�s de um �nico banco de dados, concentrado no TSE.

"Com a migra��o dos servidores web e banco de dados locais dos TREs para o TSE esta exposi��o � minimizada", sustenta o relat�rio.

A medida, alegou a PF em 2018, acabaria "reduzindo a quantidade de equipes de profissionais envolvidos (no processo) e aumentando a seguran�a do controle de acesso ao c�digo e �s funcionalidades do processo de totaliza��o".


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