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Estado de Minas POL�TICA

Corregedoria do MPF pede c�pia de dados da Lava Jato


19/11/2020 06:43

A corregedora-geral do Minist�rio P�blico Federal (MPF), Elizeta Maria de Paiva Ramos, determinou que a for�a-tarefa da Lava Jato no Paran� envie c�pia da base de dados da opera��o. A atividade � parte de um procedimento interno, aberto para verificar se houve irregularidade na atua��o do grupo. As informa��es sigilosas da investiga��o motivaram uma queda de bra�o entre os procuradores de Curitiba e o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras.

A obten��o de dados � um desejo da gest�o do PGR, que j� fez uma requisi��o direta aos procuradores do Paran� e chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para obter a c�pia - sem sucesso, nos dois casos. Agora, as informa��es foram copiadas pela Secretaria de Per�cia, Pesquisa e An�lise (Sppea) da PGR, que � ligada ao gabinete do procurador-geral. A Corregedoria-Geral, no entanto, afirma que os dados n�o estar�o � disposi��o de Aras.

Procurada pela reportagem, Elizeta Paiva disse que houve c�pia apenas para an�lise da corregedoria, mas nenhum outro setor do MPF ter� acesso. Ela negou-se a dar mais detalhes por se tratar de procedimento sigiloso.

A justificativa de Aras ao requisitar o acesso � o que ele chama de uma "caixa de segredos" e a necessidade de "corre��o de rumos" na opera��o. No fim de junho, a coordenadora dos processos ligados � Lava Jato na PGR, Lind�ra Ara�jo, foi a Curitiba solicitar os dados, mas os procuradores n�o aceitaram e criticaram a "inspe��o informal". O epis�dio resultou na abertura de uma sindic�ncia interna no �rg�o.

Um dos argumentos de Aras para vistoriar os dados da Lava Jato no Paran� foi a inclus�o dos nomes dos atuais presidentes da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), nos autos de uma den�ncia apresentada pelos procuradores da primeira inst�ncia, que n�o t�m atribui��o legal para investigar chefes de poderes.

Em julho, Aras chegou a fazer uma live e defendeu o fim do "lavajatismo". Na ocasi�o, membros da for�a-tarefa no Paran� reagiram com uma nota de rep�dio ao que chamaram de "ataques gen�ricos", "declara��es infundadas" e "ila��es".

Supremo. A PGR solicitou os dados ao STF em julho, durante o recesso. O ent�o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, autorizou. No entanto, o relator dos processos ligados � Opera��o Lava Jato, ministro Edson Fachin, revogou a decis�o, o que interrompeu o repasse das informa��es, que j� havia sido iniciado. Apesar de ter recusado a c�pia de dados diretamente � PGR, em junho, a for�a-tarefa da Lava Jato, agora, n�o se op�s ao pedido da Corregedoria-Geral.

Procurado pela reportagem, o coordenador da for�a-tarefa da Lava Jato do Paran�, Alessandro Oliveira, n�o quis comentar o assunto. Em nota, a Corregedoria-Geral do MPF disse que a solicita��o "n�o possui nenhuma rela��o com medida judicial analisada pelo Supremo Tribunal Federal".

'Dilig�ncia' gerou rea��o

Bra�o direito de Augusto Aras, sub-procuradora-geral da Rep�blica Lindora Maria Ara�jo fez em julho uma "dilig�ncia" para consultar o banco de dados da for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato, em Curitiba. Os procuradores reagiram e, alegando independ�ncia funcional, enviaram of�cio a Aras relatando "estranhamento" com a o que chamaram de "busca informal". Em nota, Lindora negou irregularidade e disse que se tratava de uma reuni�o previamente agendada. A PGR emitiu uma nota afirmando que a Lava Jato "n�o � um �rg�o aut�nomo e distinto do MPF". A corregedoria-geral do Minist�rio P�blico Federal abriu sindic�ncia para investigar o caso.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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