
Daqui a sete dias, brasileiros de 18 capitais ir�o �s urnas para definir os prefeitos para os pr�ximos quatro anos. Al�m das capitais, eleitores de outras 39 cidades ter�o que participar da segunda rodada das elei��es municipais do pr�ximo dia 29.
No Norte, cinco capitais votam no segundo turno; no Sudeste, Rio, S�o Paulo e Vit�ria est�o pendentes; e no Centro-Oeste, apenas Cuiab� (MT).
Nessa primeira semana de campanha, os candidatos das principais cidades buscaram compor alian�as para se fortalecer nesta segunda fase.
Em S�o Paulo, por exemplo, partidos de esquerda tentaram se unir na campanha de Guilherme Boulos (Psol), enquanto Bruno Covas (PSDB) recebeu o apoio formal de Celso Russomanno, que era o candidato do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com as �ltimas pesquisas, o candidato tucano lidera as inten��es de voto com 48%, enquanto o pesolista aparece com 35%.
Em S�o Paulo, por exemplo, partidos de esquerda tentaram se unir na campanha de Guilherme Boulos (Psol), enquanto Bruno Covas (PSDB) recebeu o apoio formal de Celso Russomanno, que era o candidato do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com as �ltimas pesquisas, o candidato tucano lidera as inten��es de voto com 48%, enquanto o pesolista aparece com 35%.
Na vis�o do professor David Fleischer, do Instituto de Ci�ncia Pol�tica da Universidade de Bras�lia (UnB), a elei��o paulista ser� uma das mais disputadas e poder� ter mudan�as at� o dia da vota��o.
“O cen�rio � de crescimento de Boulos entre os mais jovens, enquanto Covas ter� o voto dos mais idosos. Lula e Doria s�o cabos eleitorais de cada um dos candidatos, mas enfrentam rejei��o em S�o Paulo. A depender das manifesta��es desses l�deres, Boulos e Covas ter�o mais ou menos chances de vencer”, afirma o professor.
“O cen�rio � de crescimento de Boulos entre os mais jovens, enquanto Covas ter� o voto dos mais idosos. Lula e Doria s�o cabos eleitorais de cada um dos candidatos, mas enfrentam rejei��o em S�o Paulo. A depender das manifesta��es desses l�deres, Boulos e Covas ter�o mais ou menos chances de vencer”, afirma o professor.
J� no Rio de Janeiro, as pesquisas apontam para uma vit�ria de Eduardo Paes (DEM) contra o atual prefeito, Marcello Crivella (Republicanos). O democrata lidera com cerca de 70% das inten��es de voto, enquanto Crivella aparece com 29%.
“No Rio, a situa��o de Crivella � muito complicada, j� que os eleitores que votaram na Benedita e na Martha Rocha n�o votam no Crivella. A margem de crescimento do atual � muito pequena”, avalia Fleischer.
“No Rio, a situa��o de Crivella � muito complicada, j� que os eleitores que votaram na Benedita e na Martha Rocha n�o votam no Crivella. A margem de crescimento do atual � muito pequena”, avalia Fleischer.
PRESIDENTE RENEGADO
Diante das derrotas que a maioria dos nomes apoiados por Jair Bolsonaro teve no primeiro turno, candidatos est�o abdicando do apoio do presidente neste segundo turno. Nesta primeira semana de campanha, apenas Crivella (Rio) e Delegado Eguchi (Bel�m) refor�aram os pedidos de apoio do chefe do Executivo.
Conforme monitorou o Estado de Minas, existe uma resist�ncia at� de candidatos da direita que enfrentaram nomes da esquerda em suas capitais.
Em Fortaleza, por exemplo, o candidato do Pros, Capit�o Wagner, j� sinalizou que “n�o quer nacionalizar a campanha”. Em S�o Lu�s (MA), o candidato da oposi��o, Eduardo Braide (Podemos), tamb�m n�o deve buscar o apoio do presidente.
Em Fortaleza, por exemplo, o candidato do Pros, Capit�o Wagner, j� sinalizou que “n�o quer nacionalizar a campanha”. Em S�o Lu�s (MA), o candidato da oposi��o, Eduardo Braide (Podemos), tamb�m n�o deve buscar o apoio do presidente.
Em Vit�ria (ES), Lorenzo Pazolini (Republicanos) afirmou que sua candidatura � independente e que chegou ao segundo turno sem o apoio do presidente Bolsonaro. J� em Porto Alegre, Sebasti�o Melo (MDB), que conta com o apoio da centro-direita, j� declarou que n�o quer “padrinhos pol�ticos”.
De acordo com o jurista e especialista em direito eleitoral Caio Viena Mello, esse distanciamento do presidente � “natural” diante do resultado do primeiro turno. “Assim como o lulismo, o bolsonarismo sofre um desgaste nesta elei��o.
Seja pela forma que o presidente vem comandando o pa�s ou as pessoas que foram na onda Bolsonaro de 2018 n�o querem mais essa onda. Acredito que o presidente ter� que rever suas estrat�gias para 2022”, afirma o jurista.
Seja pela forma que o presidente vem comandando o pa�s ou as pessoas que foram na onda Bolsonaro de 2018 n�o querem mais essa onda. Acredito que o presidente ter� que rever suas estrat�gias para 2022”, afirma o jurista.
DISPUTA NO RECIFE
Enquanto no Centro-Sul do pa�s as pesquisas v�o definindo alguns cen�rios, em Recife, a disputa est� travada entre duas candidaturas de esquerda e de candidatos da mesma fam�lia. De acordo com as �ltimas pesquisas, Mar�lia Arraes (PT) conseguiu abrir uma vantagem contra o seu primo e candidato pelo PSB, Jo�o Cam- pos.
A petista aparece com 55% das inten��es de voto, contra 45% do advers�rio. Jo�o venceu o primeiro turno com 29,17%, contra 27,95% de Mar�lia.
Nessa primeira semana de campanha, as intrigas familiares marcaram a disputa eleitoral. Os postulantes ao comando do Recife disputam a heran�a pol�tica de Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco, av� da candidata do PT e bisav� do pol�tico do PSB.
“Eu nunca me dobrei nem ao PSB, na �poca em que mandava e desmandava neste estado. N�o vou me dobrar a ningu�m. Quem lidera o processo pol�tico sou eu. J� voc�, ningu�m sabe se quem vai mandar � sua m�e, � Geraldo Julio (atual prefeito), ou Paulo C�mara (governador de Pernambuco)”, declarou a petista durante debate realizado pela R�dio Jornal.
Provocado pela prima, Jo�o Campos questionou o apoio recebido por ela do PTB e do Podemos, partidos historicamente cr�ticos e com ideologias bastante divergentes do PT.
“Causa estranheza voc� (Mar�lia) hoje estar se alinhando com aqueles que criticam o PT de ser uma organiza��o criminosa, que chamam o pr�prio Lula de ladr�o. Hoje, voc� est� tirando foto com eles, mas querendo cobrar coer�ncia. N�s temos lado”, rebateu.
“Causa estranheza voc� (Mar�lia) hoje estar se alinhando com aqueles que criticam o PT de ser uma organiza��o criminosa, que chamam o pr�prio Lula de ladr�o. Hoje, voc� est� tirando foto com eles, mas querendo cobrar coer�ncia. N�s temos lado”, rebateu.
Para o professor da UnB David Fleischer, a disputa familiar ser� a mais “empolgante” deste segundo turno. “No Recife, existem diversos cen�rios para viradas dos dois candidatos. Com certeza, a polariza��o vai ser a mais empolgante de acompanhar. Quem ganhar ter� que mostrar trabalho, enquanto quem perder ter� que rever suas pol�ticas internas e familiares”, analisa Fleischer.