Passada a elei��o, Maia cobra propostas do governo para organizar contas p�blicas

O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou neste domingo, 29, que, assim que se fechem as urnas, o governo apresente suas propostas para organizar as contas p�blicas, ou o Pa�s correr o risco de viver em 2021 uma recess�o aos moldes da de 2015 e 2016. Ele criticou tamb�m a antecipa��o da discuss�o sobre a reelei��o para a C�mara dos Deputados e Senado Federal.

"N�o sou candidato � reelei��o (C�mara), o que o Brasil deveria estar vendo neste momento n�o � elei��o nem na C�mara nem no Senado, era a agenda do Congresso Nacional que esperamos que, a partir de hoje � noite, com as urnas fechadas, o governo apresente quais s�o as suas propostas para organizar as contas p�blicas brasileiras", disse Maia, ap�s votar em uma escola da Barra da Tijuca.

Maia afirmou ainda que o Pa�s precisa acelerar reformas e projetos. "A gente est� esperando isso desde antes do primeiro turno. Infelizmente, o governo foi deixar isso para depois do segundo turno e o nosso temos tempo � curto, e h� problemas graves a serem enfrentados e resolvidos."

Segundo o presidente da C�mara, n�o apenas o crescimento do endividamento preocupa, mas o d�ficit p�blico e a necessidade de aprova��o do Or�amento dentro do teto de gastos. "Ent�o eu acho que antes da elei��o para C�mara e Senado tem um n�mero importante de projetos e emendas constitucionais, projetos que precisam ser aprovados e isso devia ser prioridade para todos".

A antecipa��o dessa discuss�o, disse, tem gerado mais conflitos do que solu��es. "N�o entendi por que o governo decidiu antecipar esse processo pol�tico, e cada vez que o governo antecipa o processo pol�tico atrapalha a pr�pria pauta do governo dentro do Congresso Nacional", avaliou.

Sem reelei��o

Maia n�o quis comentar se concorrer� � reelei��o para a presid�ncia da C�mara se o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar favor�vel essa possibilidade. "A Constitui��o n�o permite que eu seja candidato... O julgamento do Supremo n�o sou eu que decido, eu n�o trabalho por hip�teses", afirmou.

Perguntado se poderia concorrer em 2022 � Presid�ncia da Rep�blica, Maia desconversou. "Estou mais preocupado para organizar as contas p�blicas para o Brasil sobreviver em 2021", disse.

"Se n�s n�o organizarmos as contas p�blicas e aprovamos projetos dando maior seguran�a jur�dica para o investimento, 2021 vai ser um ano muito ruim para a sociedade, com press�o nos juros, no c�mbio e volta da recess�o", afirmou Maia, informando que as vota��es deste ano ter�o de se estender at� janeiro do ano que vem.

"Agressividade" na campanha

Ap�s votar no Rio, Maia, que � do DEM, partido do candidato Eduardo Paes, disse ter ficado surpreso com a "agressividade" do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que tenta a reelei��o.

"N�o posso deixar de falar da minha surpresa com a atitude do prefeito Crivella, que parecia um pastor, e pareceu mais no final um diabo, com tanta agressividade, com tantas mentiras, fake news. � uma pena ver um pastor de uma igreja tomar seu corpo de tanto �dio", disse Maia. "Espero que as pesquisas estejam certas e ele (Crivella) volte para dentro da igreja, volte a orar e fale com Deus, e volte a ser o pastor que sempre foi."

Ele disse ainda que espera que o DEM tenha um �timo resultado no segundo turno, "bastante contundente", e que essa performance vai reafirmar a import�ncia do partido e dos candidatos do DEM, que no Rio concorre � capital com Eduardo Paes e em S�o Jo�o de Meriti, com o Dr.Jo�o.

Voto impresso

Maia rebateu, ainda, a campanha que a fam�lia Bolsonaro iniciou neste domingo a favor do voto impresso, dizendo que apesar de ser a favor de uma amostragem impressa dos votos, n�o acha agora o momento adequado para se discutir o assunto.

Neste domingo, Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, voltou a criticar as urnas eletr�nicas sem voto impresso, assunto repetido pelo seu pai ap�s vota��o no Rio de Janeiro.

"N�o pode misturar o voto impresso com o ocorrido no primeiro turno (atraso na contagem), essa mistura acaba gerando uma inseguran�a num sistema que � muito seguro", disse Maia. "Eu sempre fui defensor de uma amostragem do voto impresso, mas tratar desse assunto agora � colocar em xeque um sistema que vem dando certo, que � muito seguro, n�o deveria estar na pauta agora."