(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ELEI��ES 2020

Covas consolida hegemonia tucana em S�o Paulo, mas Boulos ganha for�a

Prefeito frustrou planos de 'frente ampla' da esquerda e obteve mais de 59% dos votos v�lidos, mas representante do Psol despontou como poss�vel lideran�a


29/11/2020 22:29 - atualizado 29/11/2020 22:39

Bruno Covas derrotou Guilherme Boulos no segundo turno em São Paulo(foto: Nelson Almeida/AFP)
Bruno Covas derrotou Guilherme Boulos no segundo turno em S�o Paulo (foto: Nelson Almeida/AFP)

Marcada por reviravoltas e surpresas desde o primeiro turno, a elei��o de S�o Paulo teve como desfecho a escolha pela continuidade. Com 59,38% dos votos v�lidos, o atual prefeito Bruno Covas (PSDB) consolidou a hegemonia tucana na cidade e frustrou os planos da “frente ampla” da esquerda, liderada por Guilherme Boulos (Psol) - que, apesar da derrota, despontou nacionalmente como um eventual nome do campo progressista para o pleito de 2022.

Os mais de 3,1 milh�es de votos conseguidos nesse domingo tamb�m credenciam Covas a novas aspira��es na pr�xima elei��o. Analistas consultados pelo Estado de Minas entendem que o prefeito eleito pode seguir os passos do av� M�rio Covas e, em dois anos, disputar o governo estadual, em proje��o que aponta Jo�o Doria (PSDB) como candidato tucano na corrida � Presid�ncia.

“A possibilidade de ele tentar o governo � real. Isso acaba desgastando n�o s� a imagem do Covas, mas de todo o partido. Serra e Doria j� fizeram isso. Se acontecer pela terceira vez, o PSDB vai sofrer um arranh�o de imagem bastante importante”, analisou a cientista pol�tica e pesquisadora do Centro Brasileiro de An�lise e Planejamento (CEBRAP), Camila Rocha.

No pronunciamento da vit�ria, Covas, de 40 anos, repetiu o discurso de “modera��o” - usado para rotular Boulos de “radical” ao longo da campanha - e evitou fazer proje��es para o pr�ximo pleito. “As urnas falaram, e a democracia est� viva. S�o Paulo mostra que faltam poucos dias para o obscurantismo e negacionismo. S�o Paulo disse sim � ci�ncia e disse sim � modera��o”, afirmou, antes de mencionar o av�. “S�o Paulo n�o quer divis�es, n�o quer o confronto. Meu av� dizia que � poss�vel conciliar pol�tica e �tica, pol�tica e honra. Agora, acrescento, � poss�vel fazer pol�tica sem �dio, fazer pol�tica falando a verdade”, completou.

Personagem central da disputa eleitoral no segundo turno, o vice-prefeito eleito Ricardo Nunes (MDB) foi citado por Covas. O emedebista foi alvo de den�ncia de viol�ncia dom�stica pela esposa Regina Carnovale e � investigado por suposto envolvimento com esquema em creches municipais. "Sofreu muito durante essa campanha. Mas esteja certo, Ricardo, que, a partir de 1º de janeiro, n�s vamos governar e n�s vamos mostrar pra S�o Paulo quem n�s somos e qual � a nossa vis�o de mundo”, disse Covas.

Boulos em ascens�o


A derrota frustrou os planos da frente de esquerda formada no segundo turno em S�o Paulo, mas n�o impediu Boulos de se fortalecer como poss�vel candidato � Presid�ncia em 2022. No pleito de 2018, ele teve pouco mais de 617 mil votos em todo o Brasil - n�mero que se multiplicou por mais de tr�s e alcan�ou 2,1 milh�es no segundo turno da capital paulista neste ano.

“O recado de mais de 40% da popula��o de S�o Paulo � claro: d� para fazer pol�tica sem abrir m�o dos nossos sonhos, dos nosso valores. Quero cumprimentar o Bruno Covas e desejar que ele tenha sorte nos pr�ximos quatro anos e que, acima de tudo, governe a cidade sabendo que uma imensa parcela da cidade quer mudan�a”, disse Boulos em pronunciamento divulgado nas redes sociais. Com COVID-19, o representante do Psol n�o votou nesse domingo.

De acordo com os analistas ouvidos pela reportagem, ainda � cedo para apontar quem ser�o os rivais de Bolsonaro daqui dois anos. Por�m, o fortalecimento de Boulos foi consenso entre as avalia��es, apesar do prov�vel protagonismo de outros partidos. “� a principal lideran�a ascendente da esquerda, mas o Psol � um partido pequeno, n�o tem tempo de televis�o e n�o tem express�o nacional. PT e PDT s�o partidos organizados nacionalmente. Tem muitas conversas pela frente”, apontou Carlos Ranulfo, professor do departamento de ci�ncia pol�tica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)