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Estado de Minas Entrevista /Dr. C�lio Frois (Cidadania) Vereador eleito em BH

Pelo 'fortalecimento da sa�de p�blica'

Parlamentar, que � m�dico vai defender o SUS e cria��o de unidade de urg�ncia cardiaca


01/12/2020 04:00 - atualizado 30/11/2020 23:26

"Quero sensibilizar o prefeito e a secretaria de Sa�de sobre a import�ncia da cria��o de uma unidade de pronto-atendimento cardiol�gico dotada de hemodin�mica (cateterismo)" (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

 
Ap�s tentativas frustradas em 2008, 2012 e 2016, o cardiologista C�lio Frois (Cidadania) conseguiu se eleger vereador de Belo Horizonte no pleito deste ano. A defesa do Sistema �nico de Sa�de (SUS) � a prioridade do m�dico, que mira o aprimoramento de servi�os oferecidos pela rede p�blica, como as consultas especializadas e as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). Ao Estado de Minas, o futuro parlamentar, que recebeu 5.775 votos, detalhou os planos para a pr�xima legislatura. A entrevista integra a s�rie de textos projetando a futura composi��o da C�mara Municipal.
 
“Hoje, 60% dos problemas de Belo Horizonte est�o relacionados � sa�de”, garante Frois, de 54 anos. Um dos objetivos dele � convencer o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e o secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado Pinto, sobre a formata��o de espa�o para atender emerg�ncias cardiol�gicas. Para diminuir a fila de espera por consultas, prop�e parcerias p�blico-privadas e a participa��o direta de m�dicos na defini��o do grau de prioridade atribu�do a cada paciente.
 
Embora seja correligion�rio de Jo�o V�tor Xavier, que rivalizou com Kalil na disputa pela prefeitura, Frois assegura posi��o de independ�ncia no Parlamento. O m�dico disputou a elei��o de quatro anos atr�s pelo PMB; antes, esteve no PTC. “Temos dirigentes que comandam dois ou tr�s partidos. Todo mundo fechou as portas para o Doutor C�lio”, conta, relembrando 2016 para justificar a constante mudan�a de siglas.

Qual a principal bandeira de seu mandato?
Hoje, 60% dos problemas de Belo Horizonte est�o relacionados � sa�de. Problemas que come�am em postos de sa�de, de aten��o prim�ria, que n�o t�m condi��es de funcionamento. H� demanda reprimida por consultas especializadas. �s vezes, o paciente fica mais de oito meses para conseguir uma consulta. Isso � um crime. Precisamos mudar esse fluxo. Essa demanda reprimida tem que diminuir. H� falta de profissionais e baixa remunera��o. E, quando chegamos �s UPAs, apesar dos esfor�os dos trabalhadores envolvidos, h� muitas defici�ncias. N�o podemos permitir que, al�m do tempo de espera para a consulta, quando o paciente chegue a UPA precisando de atendimento emergencial, ela n�o seja resolutiva. A prefeitura precisa criar parcerias p�blico-privadas para realizar mutir�es de cirurgias eletivas. Procedimentos simples, como os de ves�cula, �s vezes demoram mais de um ano (para ocorrer). � urgente que a prefeitura crie uma unidade espec�fica para atendimentos de urg�ncias cardiol�gicas. N�o � preciso criar um pronto-socorro cardiol�gico, mas necessitamos de um atendimento especializado dotado com um setor capaz de fazer cateterismos.

De quais mecanismos o senhor pretende lan�ar m�o para pedir a constru��o de um espa�o de urg�ncias cardiol�gicas?
Temos que mostrar aos gestores a import�ncia disso. A prefeitura n�o tem um laborat�rio de hemodin�mica (cateterismo) pr�prio. Quero sensibilizar o prefeito e a secretaria de Sa�de sobre a import�ncia da cria��o de uma unidade de pronto-atendimento cardiol�gico dotada de hemodin�mica. At� um m�dico sozinho, com financiamento do BNDES, consegue comprar um aparelho desse. A PBH n�o vai conseguir? N�o precisamos criar um pronto-socorro, mas destacar uma UPA para ter atendimentos direcionados, para onde o Samu possa conduzir pacientes.

O senhor pretende construir, na C�mara, uma Frente Parlamentar em defesa do SUS?
Sem d�vidas. Sou 100% a favor do fortalecimento do SUS. Tivemos grandes avan�os de uns anos para c�. Quero criar uma Frente para trazer os m�dicos de BH para participar, encontrando caminhos para melhorar a qualidade de vida dos que dependem da sa�de p�blica. Quero conversar com a S�nia Lansky (vereadora eleita do PT) para a gente criar um movimento de fortalecimento da sa�de p�blica. Os m�dicos n�o entram na pol�tica p�blica. Quero fazer o contr�rio. Chamei o Conselho de Medicina, o Sindicato dos M�dicos e associa��es. A participa��o deles � fundamental.

O senhor se candidatou pelo Cidadania, partido que rivalizou com Kalil durante a elei��o. Pretende ser oposi��o ao prefeito?
O posicionamento vai ser de total independ�ncia. Tenho um compromisso com meu partido, que teve um candidato (a prefeito, Jo�o V�tor Xavier), mas estou l� para votar o que for de interesse p�blico, da cidade, e exercer meus pap�is de fiscalizador e legislador. Ainda � muito cedo. N�o quero fazer oposi��o a Belo Horizonte. Quero ajudar na constru��o. O que for interessante vamos votar (a favor); o que n�o concordarmos, criticaremos bastante.

O senhor disputou sua quarta elei��o, pelo terceiro partido diferente – antes, esteve em PTC e PMB. Por que as recorrentes mudan�as?
Disputei duas elei��es pelo PTC e, a terceira, pelo PMB. Por isso sou defensor das candidaturas avulsas — mas, infelizmente, estamos longe disso. Em 2016, fui o 25° mais votado, mas perdi a elei��o por quest�es partid�rias. Temos dirigentes que comandam dois ou tr�s partidos. Todo mundo fechou as portas para o Doutor C�lio. Fiquei praticamente sem partido. Fui me abrigar no PMB pois foi o �nico que me recebeu e, inclusive, fui candidato �nico. Usei todos os artif�cios para construir coliga��o, mas n�o me deixaram entrar. Na �ltima hora, fizemos composi��o com o PRB (hoje Republicanos). Por isso, disputei duas pelo PTC e uma pelo PMB. Fui convidado pelo Jo�o V�tor para o Cidadania no ano passado.


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