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Estado de Minas POL�TICA

Elei��o no Congresso d� for�a a reforma ministerial


08/12/2020 13:24

A decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) de barrar a possibilidade de reelei��o na C�mara e do Senado aumentou a press�o de parlamentares e de integrantes do governo para que o presidente Jair Bolsonaro fa�a mudan�as nos minist�rios para acomodar aliados. O movimento � considerado determinante para que o Executivo consiga emplacar nomes no comando das duas casas legislativas a partir de fevereiro de 2021, o que � fundamental para o Pal�cio do Planalto impor sua agenda nos dois �ltimos anos de mandato.

Uma das altera��es estudadas � transferir o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, para a Secretaria-Geral da Presid�ncia, no lugar de Jorge Oliveira, que deixa o governo no fim do ano para assumir uma vaga no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). Tamb�m s�o discutidas mudan�as nos minist�rios da Cidadania, Turismo e Rela��es Exteriores. Apesar da press�o, Bolsonaro j� indicou que Ricardo Salles continua no comando do Meio Ambiente.

Para o lugar de Ramos, na Secretaria de Governo, s�o ventilados os nomes do l�der do governo na C�mara, Ricardo Barros (PP-PR), e do ministro das Comunica��es, F�bio Faria (PSD), ambos de partidos do Centr�o, que se aliou ao Planalto nos �ltimos meses em troca de cargos. O governo aposta no l�der do grupo, Arthur Lira (Progressistas-AL), para derrotar um candidato indicado pelo atual presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ontem, Maia afirmou j� esperar a interfer�ncia do Planalto na disputa por sua sucess�o, marcada para fevereiro do ano que vem (mais informa��es na p�g. A8).

No Senado, entretanto, o governo ainda decide como se posicionar� ap�s o atual presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ter sido impedido pelo STF de disputar a reelei��o. O Executivo apoiava a recondu��o do aliado, mas agora precisa refazer os c�lculos pol�ticos.

Na noite de domingo, 6, por 6 a 5, o STF decidiu n�o dar permiss�o para a reelei��o de Alcolumbre. J� no caso de Maia, a derrota teve placar maior, de 7 a 4. "� tudo muito recente. N�o farei nenhum coment�rio at� o presidente Davi se manifestar", disse o l�der do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que at� ent�o apoiava o nome do atual presidente do Senado. Agora, o pr�prio Gomes � apontado como um poss�vel candidato, ao lado de outros nomes do MDB, a maior bancada da Casa. Tamb�m est�o no p�reo o l�der partido na Casa, Eduardo Braga (AM), e Simone Tebet (MS).

Questionado nesta segunda, 7, ap�s inaugurar uma exposi��o no Pal�cio do Planalto com os trajes usados na posse por ele e a primeira-dama, Michelle, Bolsonaro desconversou: Congresso, que Congresso?", questionou, sem responder a perguntas. Ainda na noite de ontem, Lira e o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira (PI), foram ao Planalto se reunir com Bolsonaro.

At� o presidente definir como mexer� as pedras no tabuleiro de xadrez, o secret�rio executivo, Antonio Carlos Paiva Futuro, deve assumir interinamente a Secretaria-Geral. A expectativa � que Bolsonaro anuncie todas as mudan�as de uma s� vez, apenas ap�s as elei��es no Legislativo.

O lobby no Pal�cio do Planalto � para que os ministros Onyx Lorenzoni (Cidadania) e Marcelo �lvaro Ant�nio (Turismo), deputados federais eleitos em 2018, deixem o governo e voltem � C�mara para reassumir seus mandatos. A press�o ainda paira sobre Ernesto Ara�jo, da Rela��es Exteriores, sob o argumento de que o Brasil precisa recuperar a imagem na comunidade internacional.

Defensores dessas mudan�as argumentam que Ramos, respons�vel pela articula��o pol�tica do governo e amigo do presidente h� mais de 30 anos, est� desgastado com outros integrantes do governo e tamb�m pela pr�pria natureza da fun��o que exerce. Entregar a ele uma pasta com menos exposi��o, mas mantendo o status de "ministro palaciano" � visto como uma sa�da de prest�gio.

No Congresso, Ramos � elogiado por ser "simp�tico e empenhado", mas a reclama��o entre os parlamentares � que ele "tem pouca tinta na caneta", ou seja, tem pouco poder de a��o. Por outro lado, o ministro foi fundamental para aproximar o governo do Centr�o e construiu boa interlocu��o com Maia e Alcolumbre. J� no governo, Ramos acumula atritos com colegas do Executivo. O desgaste ficou expl�cito quando foi chamado de "Maria Fofoca" por Salles e defendido por l�deres do Congresso.

Meio Ambiente

Diante da expectativa de uma reforma ministerial, Bolsonaro avisou a seus auxiliares que Salles est� seguro no Meio Ambiente apesar da press�o para substitu�-lo por causa da condu��o da pol�tica ambiental. Na quarta-feira, 2, o chefe do Executivo, durante a reuni�o do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), chegou a dizer que quem n�o concordava com Salles estava tamb�m discordando dele, segundo relatos feitos ao Estad�o por participantes do encontro.

O recado foi endere�ado a integrantes do governo, boa parte do n�cleo militar, que argumentavam que substituir Salles era fundamental para recuperar a imagem do Brasil no exterior.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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