Heleno diz ao STF que relat�rio a favor de Fl�vio � 'narrativa fantasiosa'

Em resposta enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro-chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional, Augusto Heleno, disse que � "narrativa fantasiosa", "sem nenhum lastro de veracidade", as acusa��es de que a Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) elaborou orienta��es para auxiliar a defesa do senador Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

A Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin), por sua vez, disse ao Supremo que n�o existe "relat�rio produzido institucionalmente" pela ag�ncia a favor de Fl�vio Bolsonaro e pediu para ter acesso aos documentos mencionados nas reportagens.

'O que existiu, e tanto a nota emitida pelo GSI quanto o Tweet do Gen. Heleno confirma, � apenas a realiza��o de uma reuni�o, marcada para verificar ocorr�ncia de eventual viola��o de seguran�a institucional, entre o Gabinete de Seguran�a Institucional, com participa��o do Diretor-Geral da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia, com a defesa de um Senador da Rep�blica e filho do Presidente da Rep�blica", afirma a Abin.

Reportagem da revista �poca publicada na sexta, 11, e confirmada pelo Estad�o, aponta que a Abin de Ramagem produziu dois documentos em que detalha o funcionamento de suposta organiza��o criminosa na Receita Federal que, segundo a defesa de Fl�vio, teria feito uma devassa nos dados fiscais do senador. Em um dos documentos, a finalidade descrita � 'Defender FB no caso Alerj'.

"As mat�rias s�o especulativas, sem nenhum lastro de veracidade e a a��o judicial que nela se ampara padece dos mesmos v�cios, raz�o pela qual n�o tem como prosperar. Utilizam-se ambas, levianamente, de caros instrumentos da democracia: a liberdade de express�o e o livre acesso ao Judici�rio, numa n�tida tentativa de criar obst�culos � governabilidade e manipular a opini�o p�blica", afirmou Heleno.

"N�o tenho como me manifestar sobre um documento, cuja exist�ncia e teor, desconhe�o."

Entre as sugest�es listadas pela ag�ncia est�o a demiss�o de servidores do Fisco e da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU), �rg�o respons�vel pela fiscaliza��o da administra��o p�blica.

A �poca mostrou nesta segunda, 14, que um dos servidores citados foi exonerado 'a pedido' h� duas semanas e outras duas sugest�es foram seguidas pela defesa: apresenta��o de um pedido de Lei de Acesso � Informa��o para colher provas de que o perfil de Fl�vio foi acessado indevidamente pela Receita e a apresenta��o de uma not�cia-crime na Procuradoria-Geral da Rep�blica.