Em transmiss�o ao vivo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a pauta armamentista nesta quinta-feira, 24. O chefe do Executivo citou a renova��o das mesas do Congresso em fevereiro e indicou a possibilidade de enviar um projeto de lei para revogar o Estatuto do Desarmamento. "Para n�s do Executivo tamb�m temos nossas prefer�ncias, a gente n�o entra de peito aberto na campanha da C�mara e do Senado para respeitar a autonomia deles, mas no fundo todo mundo torce", afirmou. E acrescentou: "De acordo com a mesa, a gente pode botar em vota��o um projeto de lei que trata de revogar o Estatuto do Desarmamento".
Bolsonaro refor�ou ser a favor de armar a popula��o e justificou que "os vagabundos" j� est�o armados. "Eu quero que o povo brasileiro todo se arme porque a vagabundagem j� est� armada", declarou. Bolsonaro tamb�m voltou a justificar a necessidade de armar a popula��o para defender a "liberdade" e mencionou medidas de restri��o adotadas pelo governo de S�o Paulo.
'Calcinha apertada'
Sem citar diretamente o governador de S�o Paulo Jo�o Doria (PSDB), o presidente criticou a viagem realizada pelo chefe estadual para Miami (EUA). "O povo armado acaba com essa brincadeirinha de vai ficar todo mundo em casa que eu vou passear em Miami. Ah, pelo amor de Deus", disse Bolsonaro.
Nesta quinta-feira, Doria pediu desculpas em v�deo nas redes sociais pela viagem realizada. O governador embarcou para Miami no dia 22, data em que sua gest�o determinou o retorno de todos os munic�pios � fase vermelha, a mais restrita, do plano de conting�ncia do coronav�rus. "Isso n�o � coisa de homem. Fecha S�o Paulo e vai passear em Miami, que neg�cio � esse? � coisa de quem tem calcinha apertada. Isso � um crime. O povo tem que estar armado porque a arma � garantia de sua liberdade", declarou Bolsonaro.
Durante a "live", ele repetiu que "o povo armado jamais ser� escravizado". O presidente destacou ainda que o seu governo, por meio de decretos, ajudou "muita gente a comprar armas e comprar muni��es". O chefe do Planalto ressaltou medida que estendeu o porte de arma em propriedades rurais e citou que houve diminui��o de invas�es do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em seu governo.
Emprego
Bolsonaro manifestou expectativa que o Brasil abra mais vagas de empregos em dezembro deste ano na compara��o com o �ltimo m�s de 2019, apesar da pandemia de covid-19. Em novembro, o Brasil criou 414.556 empregos com carteira assinada, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O n�mero � o maior de toda s�rie hist�rica, que teve in�cio em 1992. Mesmo assim, ainda n�o houve recupera��o das perdas registradas entre mar�o e junho deste ano, per�odo mais agudo da pandemia do coronav�rus, quando 1,612 milh�o de vagas foram fechadas.
Na "live", Bolsonaro foi otimista com a abertura de vagas no fim do ano. "Fizemos nossa parte, criamos empregos. Vamos ter mais gente empregada em dezembro deste ano do que em dezembro do ano passado." Al�m disso, Bolsonaro refor�ou a��es adotadas pelo governo federal durante a pandemia do novo coronav�rus, como o pagamento do aux�lio emergencial e o financiamento a micro e pequenas empresas.
O presidente criticou mais uma vez as decis�es tomadas por prefeitos e governadores para o isolamento social. "Se n�o � o trabalho do governo federal, com sua equipe, meu trabalho, com meus ministros, o Brasil teria se transformado num caos."
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