
A informa��o foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Estad�o.
Como mostraram os rep�rteres Rafael Moraes Moura e Fabiana Cambricoli, o STF alegou, no documento � Fiocruz, que a reserva das vacinas permitiria a 'destina��o de equipamentos p�blicos de sa�de para outras pessoas, colaborando assim com a Pol�tica Nacional de Imuniza��o'.
"Considerando se tratar de um produto novo e ainda n�o autorizado pela Anvisa, gostaria de verificar a possibilidade de reserva de doses da vacina contra o novo coronav�rus para atender a demanda de 7.000 (sete mil) pessoas", escreveu o diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho, em documento assinado no dia 30 de novembro. O of�cio dizia ainda que a Secretaria de Servi�os Integrados de Sa�de - SIS ficaria respons�vel pela realiza��o da campanha de vacina��o.
No entanto, em resposta enviada � Corte na quarta-feira, 23, a Fiocruz negou o pedido apontando ainda que n�o possui autonomia 'nem para dedicar parte da produ��o' para a imuniza��o de seus pr�prios servidores. O Superior Tribunal de Justi�a fez um pedido semelhante � funda��o, o qual tamb�m foi negado.
O pedido gerou rea��o de ministros, como o decano, Marco Aur�lio Mello, que disse ao Estad�o estar "envergonhado" com a solicita��o do tribunal. Na mesma linha, o relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, afirmou: "Considero fora de prop�sito qualquer iniciativa que neste momento n�o siga as orienta��es das autoridades sanit�rias."
� TV Justi�a, o presidente do STF, Luiz Fux, havia defendido o pedido. Na ocasi�o, o ministro sustentou que uma das preocupa��es � n�o parar institui��es fundamentais do Estado, de todos os Poderes, compostas por homens e mulheres que "j� t�m uma certa maturidade".
"N�s por exemplo pedimos, de toda forma educada, �tica, um pedido dentro das possibilidades quando todas as prioridades forem cumpridas de que tamb�m os tribunais superiores tenham meios para trabalhar. E para isso precisa vacinar. N�o adianta vacinar os ministros e n�o vacinar os servidores. A difus�o da doen�a seria exatamente a mesma", afirmou o ministro.