Passada a posse, vereadores de Belo Horizonte se organizam para a forma��o de blocos parlamentares que unem figuras de diferentes legendas. No fim do ano passado, a C�mara Municipal aprovou uma s�rie de mudan�as no Regimento Interno. Entre elas, est� um dispositivo que facilita a forma��o dos grupos – como ocorre na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, por exemplo.
No dia da solenidade que marcou o in�cio da legislatura, foi oficializada coaliz�o formada por representantes de Podemos, Patriota, PTB, PSDB, PSC e MDB. Denominado “Democracia e Independ�ncia”, o bloco ter� sete integrantes.
PP, PTC e Pros tamb�m negociam uma uni�o. As parlamentares de PT e Psol, que se uniram em torno de Duda Salabert (PDT) na disputa pela presid�ncia da Casa, discutem a possibilidade de dar continuidade ao cord�o. O mais prov�vel, contudo, � que atuem por meio de bancadas partid�rias.
O l�der do �nico bloco oficializado at� o momento ser� Gabriel Azevedo (Patriota). Ele cr� que o modelo pode aprimorar o trabalho desempenhado pelos vereadores, inclusive durante a vota��o de projetos.
“Acredito que teremos pelo menos quatro blocos, al�m das bancadas. Isso melhora a articula��o interna por agrupar os processos pol�ticos ao inv�s da individualidade e da segmenta��o. Ao contr�rio de uma profunda confus�o em plen�rio, � bem prov�vel que tenhamos acordos selados antes mesmo da vota��o. Essa � uma tend�ncia que faz sentido, posto que parlamentos funcionam por agrupamentos pol�ticos”, projeta.
As regras da C�mara n�o tornam as coaliz�es obrigat�rias. Por isso, partidos podem optar por ter bancadas pr�prias.
O Estado de Minas apurou, ainda, que Professor Juliano Lopes (PTC) pode liderar outro cord�o, com PP e Pros. Se formada a equipe, os quatro progressistas se juntariam a Juliano, representante �nico de seu partido, e Wesley Autoescola, vencedor solit�rio na chapa do Pros.
“Estamos amadurecendo a ideia, nada definido ainda, mas a tend�ncia � isso (a constitui��o do bloco). As tratativas est�o sendo feitas”, diz Wilsinho da Tabu (PP).
“Pol�tica n�o se faz sozinho, e tudo isso em benef�cio da cidade e do povo de Belo Horizonte", completa. Em dezembro, a reportagem mostrou que as tr�s siglas v�o integrar a base aliada ao prefeito Alexandre Kalil (PSD).
O bloco liderado por Gabriel Azevedo ainda n�o definiu os termos da rela��o com o governo. No fim do ano passado, alguns dos integrantes se disseram independentes. “Certamente vamos agendar uma reuni�o com o prefeito para definir pautas comuns e propostas para a cidade”, sustenta Gabriel.
Debates
Vereadoras mais � esquerda, por seu turno, trabalham com a possibilidade de repetir o bloco que apoiou a candidatura de Duda Salabert. Al�m dela, o grupo tinha, pelo PT, S�nia Lansky da Coletiva e Maca� Evaristo; pelo Psol, Bella Gon�alves e Iza Louren�a."Ainda estamos conversando sobre a forma��o ou n�o do bloco. Mais prov�vel que vamos atuar como bancadas partid�rias. De toda forma, mesmo sem formar o bloco, somos cinco mulheres diversas, com afinidades program�ticas, e lutaremos juntas contra retrocessos dentro e fora da C�mara", assegura Bella, a �nica delas que j� exercia mandato.
Dono da maior bancada da C�mara, com seis vereadores, a sigla de Kalil tamb�m cogita a possibilidade de engrossar uma coaliz�o multipartid�ria.
"N�o tem nada definido ainda, pois nosso partido � o maior partido da Casa. Acaba que s� o PSD, por si s�, j� � um bloco. Vai ser uma constru��o futura, uma vez que o partido far� isso coletivamente”, explica o j� veterano Bim da Ambul�ncia.
Assembleia
Na Assembleia Legislativa, os deputados se dividem em quatro grupos, orientados conforme a posi��o ante o governador Romeu Zema (Novo). No grupo de apoio ao Executivo, h� 17 parlamentares. Na oposi��o, outros 16. H�, ainda, dois blocos considerados independentes. Um deles tem 20 integrantes; o outro, 24.Al�m do Novo, a sustenta��o a Zema � formalmente dada por PSC, PSDB, Avante e Solidariedade. Na oposi��o, est�o PT, Psol, Pros, PCdoB, PL e Rede.
No maior bloco independente, est�o MDB, Cidadania, PDT, Podemos, PSB, PV e Republicanos. No outro, Democratas, Patriota, PP, PSD, PSL, PTB e PRTB. As formata��es podem sofrer mudan�as com a retomada das atividades na Assembleia, programada para fevereiro.