Crivella perde foro e investiga��o do 'QG da Propina' vai para primeira inst�ncia

Com o fim do mandato �nico como prefeito do Rio, encurtado em nove dias por sua pris�o preventiva, Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) perdeu o direito ao foro por prerrogativa de fun��o. A implica��o jur�dica da derrota nas urnas � a redistribui��o das investiga��es do 'QG da Propina' para a primeira inst�ncia.

Segundo determina��o da desembargadora Rosa Helena Macedo Guita, que at� aqui trabalhou como relatora do inqu�rito no 1� Grupo de C�maras Criminais do Tribunal de Justi�a fluminense, o caso passa a ser processado pela 1� Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado. Os autos ser�o redistribu�dos na pr�xima quarta-feira, 6, conforme o despacho. De acordo com a Corte do Rio, Crivella perde o foro porque a decis�o sobre o recebimento da den�ncia ainda n�o foi tomada.

Crivella foi preso preventivamente em uma opera��o conjunta da Pol�cia Civil e do Minist�rio P�blico do Rio no �ltimo dia 22 sob suspeita de operar o suposto 'QG da Propina' que teria sido instalado na prefeitura do Rio. Ap�s ser encaminhado ao Pres�dio de Benfica, ele foi beneficiado por uma liminar expedido pelo presidente do Superior Tribunal de Justi�a, ministro Humberto Martins, e colocado em pris�o domiciliar com tornozeleira eletr�nica. Na quarta-feira, 30, ap�s receber autoriza��o judicial, ele deixou o apartamento para comparecer ao vel�rio e ao sepultamento da m�e no interior de Minas Gerais, mas voltou no mesmo dia ao cumprimento da medida cautelar.

A investiga��o envolvendo o prefeito afastado do Rio aponta que ao menos R$ 53 milh�es teriam sido arrecadados pelo suposto esquema atrav�s de empresas de fachada em nome de laranjas. Embora tenha apresentado uma primeira den�ncia � Justi�a, o Minist�rio P�blico do Rio n�o encerrou as apura��es do caso. A Promotoria ainda investiga se o ex-prefeito recebeu informa��es privilegiadas e tentou obstruir o inqu�rito. Nesta frente, o MP pediu a quebra de sigilo de tr�s celulares, um tablet e um computador apreendidos no apartamento do pol�tico. Crivella nega as acusa��es e se diz v�tima de persegui��o pol�tica.