Ranking atribui notas m�dias ou baixas �s propostas de mobilidade de prefeitos

As propostas para a �rea de mobilidade dos prefeitos das 11 maiores cidades do Brasil - excluindo Bras�lia, que n�o possui prefeitura - receberam notas m�dias ou baixas em ranking lan�ado esta semana pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). O mapeamento considerou os planos de governo entregues no ano passado pelas candidaturas dos atuais gestores.

Foram considerados os prefeitos Bruno Covas (S�o Paulo - SP), Eduardo Paes (Rio de Janeiro - RJ), Alexandre Kalil (Belo Horizonte - MG), Rafael Greca (Curitiba - PR), Jo�o Campos (Recife - PE), Edmilson Rodrigues (Bel�m-PA), Sebasti�o Melo (Porto Alegre-RS), David Almeida (Manaus - AM), Jos� Sarto Nogueira (Fortaleza - CE), Bruno Reis (Salvador - BA) e Maguito Vilela (Goi�nia - GO).

As propostas de Rodrigues receberam a melhor nota - 7,3 de 10 pontos poss�veis -, �nico do grupo que recebeu uma avalia��o maior que 5. Em segundo lugar, ficaram Covas, com 4,9, e Kalil, com 4,6. Paes e Melo receberam as piores notas, com 0,6 cada. Para cada plano avaliado, o mapeamento atribuiu notas a sete temas - seguran�a no tr�nsito, sa�de e qualidade do ar, gest�o da mobilidade, mobilidade a p�, mobilidade por bicicleta, transporte coletivo p�blico e avalia��o da candidatura - e depois calculou a m�dia de cada proposta de governo. A maioria das avalia��es recebidas por cada prefeito em cada �rea n�o ultrapassa 3 pontos.

"O tema da mobilidade est� atrasado no Brasil, embora seja um direito garantido do cidad�o e seja um assunto de responsabilidade dos prefeitos. Infelizmente, a gente v� que grande parte dos eleitos trataram pouco do assunto ou apresentaram propostas gen�ricas. A nossa ideia desse mapeamento � tentar pressionar para que eles detalhem mais as propostas", afirmou Rafael Calabria, especialista em mobilidade urbana do Idec, ao Estad�o.

Ele explicou que, entre as planos, constavam constavam promessas como: "planejar o transporte coletivo". "� um n�vel muito ruim do debate, que talvez explique porque a mobilidade vai t�o mal nas cidades brasileiras", lamentou.

Calabria fez a ressalva de que, em entrevistas, alguns candidatos discorreram sobre ideias para a �rea de mobilidade que n�o constavam no plano de governo e que n�o foram consideradas na an�lise. "O documento � a primeira sinaliza��o do candidato de transpar�ncia, para mostrar o que ele vai abordar e evitar surpresas", disse, acrescentando que muitas campanhas que se sa�ram vitoriosas omitiram informa��es sobre como v�o tratar a quest�o.

O especialista tamb�m ressalta que o fato de um prefeito ter feito boas propostas n�o significa necessariamente que elas ser�o executadas. "Covas, Greca e Kalil, os reeleitos, fizeram gest�es absolutamente t�midas em mobilidade, embora dois deles (o paulista e o mineiro) tenham recebido notas medianas", defendeu.

O especialista do Idec afirmou que Covas n�o entregou corredores de �nibus prometidos pela campanha do titular de sua chapa nas elei��es de 2016, Jo�o Doria, e come�ou a fazer ciclovias e cal�adas no final do primeiro mandato. J� Kalil, segundo ele, congelou a implementa��o de um plano ciclovi�rio que estava pronto.

"O Covas tem algumas notas boas para o plano de governo do segundo mandato, tem propostas bem ambiciosas em mobilidade, falou em centenas de quil�metros de ciclovias, falou de corredores (de �nibus) mencionou a cria��o de uma fonte de receita de transportes para baratear a tarifa. Isso se contrap�e com uma gest�o t�mida em mobilidade no primeiro mandato", afirmou.

De acordo com Calabria, as cidades brasileiras que mais avan�aram nessa �rea nos �ltimos dois anos s�o Fortaleza e Porto Alegre.