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Estado de Minas COVID-19

Ministro do TCU questiona se h� 'terraplanistas' no Minist�rio da Sa�de

Bruno Dantas repercutiu relat�rio de Zymler, que deu 10 dias para Minist�rio da Sa�de se defender por ter usado dinheiro do SUS para comprar cloroquina


27/01/2021 19:49 - atualizado 27/01/2021 19:59

Bruno Dantas disse que é preciso dar espaço para a ciência imediatamente(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )
Bruno Dantas disse que � preciso dar espa�o para a ci�ncia imediatamente (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )
Os ministros do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) avaliaram, nesta quarta-feira (27/1), o relat�rio do ministro Benjamin Zymler, que aponta compra irregular de medicamentos sem comprova��o cient�fica pelo Minist�rio da Sa�de com dinheiro do Sistema �nico de Sa�de (SUS). A pasta pediu 10 dias para apresentar  defesa. O relator do processo concedeu o prazo.

No entanto, v�rios magistrados manifestaram, na sess�o plen�ria, preocupa��o com a utiliza��o e recomenda��o de rem�dios, sem o aval da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), para o tratamento da COVID-19.

Alguns, como Bruno Dantas, foram bastante incisivos nas suas coloca��es.

“A falta de planejamento � um dos piores males da gest�o brasileira. O gestor despreparado gasta o dobro, o triplo para solucionar problemas. Se existem terraplanistas no Minist�rio da Sa�de, essa gente precisa ceder espa�o para ci�ncia imediatamente. N�o � poss�vel que tenhamos tratamento como esse para fam�lias que est�o perdendo seus entes queridos. Mais de 200 mil brasileiros mortos. � preciso ter compaix�o. � preciso ter empatia. N�o � poss�vel que autoridades zombem da dor dos brasileiros”, afirmou Dantas.

Sem amparo legal


Ao apresentar seu relat�rio aos ministros, o relator, Benjamin Zymler, explicou que a Anvisa n�o autorizou o registro da cloroquina ou o uso de medicamentos como a hidroxicloroquina.

“Tampouco �rg�os internacionais aprovaram. A conclus�o preliminar � de que n�o h� amparo legal para uso do dinheiro do SUS para essa finalidade”, afirmou.

Apesar de o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, ter negado que a pasta indicava o tratamento precoce com esses rem�dios e a ivermectina, o aplicativo TrateCOV, lan�ado pelo minist�rio e j� retirado do ar, orientava o uso desses medicamentos que n�o tiveram sua efic�cia comprovada contra a doen�a.

A recomenda��o era feita indiscriminadamente em casos suspeitos de infec��o pelo novo coronav�rus, sem levar em considera��o, por exemplo, a idade ou o hist�rico de sa�de do paciente.

Os ministros se posicionaram em apoio ao despacho do ministro Benjamin Zymler, que apontou a ilegalidade do uso de recursos do SUS para a compra de tais rem�dios, mas o relator concedeu o prazo pedido pelo Minist�rio da Sa�de, de 10 dias, para apresentar explica��es.


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