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Estado de Minas ELEI��ES

Bolsonaro � cabo eleitoral na disputa pelo comando do Congresso

Atua��o do presidente, com libera��o de verbas para os parlamentares pode dar vit�ria a Artur Lira (PP-AL) na C�mara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado


01/02/2021 04:00 - atualizado 01/02/2021 07:30

''Se tiver um clima no Parlamento, pelo que tudo indica, as duas pessoas que nós temos simpatia devem se eleger, não vamos ter mais uma pauta travada'' - Jair Bolsonaro, presidente ao falar da eleição no Congresso na sexta-feira(foto: Evaristo Sá/AFP - 17/12/20)
''Se tiver um clima no Parlamento, pelo que tudo indica, as duas pessoas que n�s temos simpatia devem se eleger, n�o vamos ter mais uma pauta travada'' - Jair Bolsonaro, presidente ao falar da elei��o no Congresso na sexta-feira (foto: Evaristo S�/AFP - 17/12/20)

O presidente Jair Bolsonaro bem que tentou se manter distante do processo eleitoral do Congresso Nacional, mas n�o demorou a mexer as suas pe�as para fazer com que alguns partidos e frentes parlamentares seguissem a orienta��o do governo nas elei��es que acontecem hoje.

Depois do fracasso como cabo eleitoral no pleito municipal do ano passado, ele est� prestes a se redimir com vit�rias no Legislativo, em especial na C�mara, com Arthur Lira (PP-AL), ao conseguir convencer at� a base de candidatos rivais a votarem no alagoano.

Com reuni�es no Pal�cio da Alvorada e no Pal�cio do Planalto ou por meio de liga��es telef�nicas, o presidente virou o jogo a favor do seu candidato.

No fim de 2020, o principal concorrente de Lira na disputa, Baleia Rossi (MDB-SP), comemorava o apoio formal de 11 siglas (DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania, PV, PT, PSB, PDT, Rede e PCdoB).

Mas, faltando menos de  24 horas para as elei��es da Mesa Diretora da C�mara, a dire��o nacional do DEM decidiu liberar seus deputados para que eles votem de forma independente. Com isso, o partido n�o vai integrar nem o bloco de Baleia Rossi (MDB-SP) nem o de Arthur Lira (PP-AL).

A decis�o foi tomada na noite de ontem ap�s reuni�o dos parlamentares com o presidente nacional do DEM, ACM Neto. Ao Estado de Minas, o l�der do partido na C�mara, Efraim Filho (PB), afirmou que a solu��o foi uma forma de deixar a bancada “livre”.

“A decis�o foi pela independ�ncia, n�o blocar com nenhum dos candidatos e deixar os deputados livres para votar de acordo com convic��o pessoal”, afirmou.

No entanto, a decis�o representa uma derrota para o atual presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que trabalhava para que seu partido ficasse no bloco do seu candidato, Baleia Rossi.

Entretanto, dos 29 deputados do DEM, ao menos 18 pretendiam votar em Arthur Lira, candidato apoiado pelo governo Jair Bolsonaro. “A defini��o foi tomada pela unanimidade dos membros da Executiva, visando a preserva��o da unidade partid�ria” alegou a dire��o nacional do DEM em nota.

Lira conta com os votos, por exemplo, dos baianos Elmar Nascimento, Arthur Maia, Paulo Azi (que � vice-l�der do governo na C�mara), Igor Kann�rio e Leur Lomanto Junior.

“A gente olha daqui para frente, no que � melhor pro pa�s neste instante, que � uma C�mara que seja independente — e quem conhece a hist�ria de vida do Arthur sabe que ele � independente, a despeito do que estejam falando —, mas que tenha harmonia com os outros poderes. � um momento que precisa de muita uni�o para o pa�s”, frisou Nascimento.

O interesse de Bolsonaro pela vit�ria de Lira � t�o grande que ele exonerou temporariamente os ministros Onyx Lorenzoni (Cidadania) e Tereza Cristina (Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento), deputados pelo DEM, para participar da elei��o.

A �ltima vez que ele havia feito isso foi em 2019, durante a vota��o na C�mara da reforma da Previd�ncia. � �poca, al�m de Lorenzoni e Cristina, o ex-ministro do Turismo Marcelo �lvaro Ant�nio foi exonerado.

O mandat�rio conseguiu, ainda, que o PSL desembarcasse da candidatura de Baleia. Um dos principais redutos bolsonaristas no Congresso, o partido anunciou o apoio oficial a Lira h� pouco mais de uma semana, e j� aposta que pelo menos 50 dos 52 deputados da legenda estar�o do lado do candidato do governo.

“O PSL est� consolidado e isso vai ser muito bom para o pa�s e para reformas que ficaram paradas na presid�ncia atual, que muito prejudicou o pa�s”, afirmou o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), ex-l�der do governo na Casa.

Emendas 


A campanha por Lira e pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) fez o presidente abrir os cofres da Uni�o para os parlamentares. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, em troca dos votos, Bolsonaro liberou R$ 3 bilh�es para 250 deputados e 35 senadores usarem em obras nos seus estados.

Mas essa n�o foi a �nica estrat�gia para mobilizar congressistas de diferentes partidos a votarem de acordo com os interesses do governo.

O mandat�rio tem prometido retaliar parlamentares com cargos na administra��o federal caso eles deixem de apoiar Lira, o que j� aconteceu com alguns deputados, como Fabio Reis (MDB-SE) e Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).

Pessoas indicadas por eles para postos no governo acabaram exoneradas nas �ltimas semanas depois de os dois anunciarem que devem votar em Baleia.

O presidente da Rep�blica espera, assim, garantir que parlamentares que integram formalmente o bloco do deputado do MDB, mas que contam com cargos na estrutura do Executivo, traiam a orienta��o dos partidos.

O foco � dividir, principalmente, MDB, que tem 33 deputados, e PSDB, que conta com 31 parlamentares na C�mara. Por fim, o mandat�rio j� insinuou que pode trocar ministros e at� aumentar a quantidade de pastas do governo em uma esp�cie de contrapartida aos partidos.
 


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