Simone Tebet (MDB-MS), que disputa a presid�ncia do Senado Federal, iniciou seu discurso, falando em gratid�o e agradecendo amigos e companheiros de seu partido, o MDB, e de outros, como PSDB, nessa corrida. Ela citou tamb�m os senadores Major Olimpio (PSL-SP) e Jorge Kajuru (Cidadania -GO), que retiraram suas candidaturas.
Citando os versos de Fernando Pessoa "navegar � preciso, viver n�o � preciso", ela disse que ele forjou navegantes e desbravadores em todas as partes do planeta.
Segundo a senadora, o viver que se acovarda e que se intimida n�o � preciso. "O que se curva e coloca interesses pessoais � frente da vida de 210 milh�es de brasileiros, esse n�o � preciso", emendou.
Ela citou o pai, o ex-senador Ramez Tebet, j� falecido, dizendo que ele ainda a guia. "Neste momento de graves temores e incertezas, � importante lembrar que o mar da pol�tica brasileira parece mais distanciar do que unir os brasileiros. � tempo de constante vigil�ncia. A pandemia nos separou e vivemos uma crise social e pol�tica. Tempestades nos aguardam, juntando desemprego, desindustrializa��o e fuga de c�rebros que t�m potencial para transformar em uma das maiores de nossa hist�ria."
Simone Tebet disse que a pandemia os leva a rever as equa��es pol�ticas e destacou a vacina, uma luz para combater o v�rus. Ela disse que sua candidatura � para mudar o atual cen�rio, sem as barganhas pol�ticas.
Sem citar o governo Bolsonaro, ela disse que n�o oferece nem ribalta, nem pompa nem circunst�ncia, e que n�o tem cargos, emendas extras e nem recursos para oferecer, mas tem o trabalho e apoios leg�timo da sociedade para mudar essa Casa Legislativa. "A omiss�o movida por desejos inconfess�veis e por interesses n�o republicanos n�o podem romper nosso t�nel do tempo", emendou.
Citando 27 milh�es de brasileiros que est�o na linha extrema da pobreza, disse que a miserabilidade chegou a tal ponto que � preciso a��o. "Se independ�ncia era necess�rio antes, agora se torna crucial", argumentou, defendendo crescimento econ�mico, mas com distribui��o de renda.
Tebet disse que � a primeira mulher a se candidatar a tal posto. E defendeu o avan�o das pautas femininas. Segundo ela, um de seus principais compromissos � "com soberania do plen�rio, ser presidida antes de presidir" e com a transpar�ncia. E em sintonia com o advers�rio, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a quem diz ter estima, destacou que � preciso atualizar o atual regimento.
� preciso atualizar o nosso regimento interno. Mais do que nunca � preciso valorizar essa Casa e a classe pol�tica, e para isso precisamos, sim, refor�ar as prerrogativas absolutas de fun��es de cada um dos senhores e de cada uma das senhoras senadoras. Por fim, garantir o direito de l�deres ou liderados terem pautado qualquer, repito, qualquer projeto de sua autoria nas comiss�es e no plen�rio, e a� a soberania do plen�rio � que dir� se o projeto ir� para frente, ir� para a C�mara dos Deputados ou para san��o do presidente da rep�blica", proferiu.
Emocionada, ao citar o seu pai, Ramez Tebet, que presidiu o Senado Federal de 2001 a 2003, falou de princ�pios e independ�ncia. "A independ�ncia do Senado, e a harmonia com os poderes tem que ser o tijolo e a argamassa da Constitui��o, do farol, que poder� nos levar ao porto seguro. Diante do tempo escasso, eu encerro dizendo que a luz desse farol n�o pode ser outra que n�o a Constitui��o Federal."
E terminou seu discurso com esse mote: "Ganhar elei��o com base em princ�pios n�o � sonho de ver�o, � cren�a."
Antes de finalizar a fala, ela ainda fez uma homenagem ao senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que morreu v�tima da covid-19 em outubro do ano passado, assim como as milhares de v�timas do Pa�s, que tamb�m tiveram suas vida ceifadas pelo v�rus.
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