O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou conceder ao ex-governador do Rio, S�rgio Cabral, acesso �s mensagens obtidas na Opera��o Spoofing. A a��o mirou um grupo de hackers que invadiu celulares de autoridades, incluindo procuradores da for�a-tarefa da Lava Jato e o ex-ministro S�rgio Moro.
Depois que o ministro determinou o compartilhamento do material com os advogados do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, a defesa de Cabral, condenado a mais de 300 anos de pris�o em processos abertos a partir de investiga��es da Lava Jato, entrou com um pedido na tentativa de conseguir a extens�o do benef�cio. O ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, tamb�m embarcou no movimento e formalizou um requerimento.
Na avalia��o de Lewandowski, no entanto, como a ordem que beneficiou Lula prev� acesso apenas a mensagens relacionadas aos processos e investiga��es envolvendo o petista, n�o pode ser estendida a terceiros sem rela��o direta com os casos. Para isso, S�rgio Cabral e Othon Silva precisariam demonstrar semelhan�a entre seus casos e o do ex-presidente - o que, na avalia��o do ministro, n�o ficou evidenciado.
"Ainda que se cogite da aplica��o da benesse processual na reclama��o, mostra-se imprescind�vel a demonstra��o da identidade f�tica entre a situa��o do paciente (ou benefici�rio) e a do requerente", diz um trecho do despacho expedido nesta sexta-feira, 5.
Lewandowski j� havia negado atender pedido semelhante apresentado pela defesa do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Jo�o Vaccari Neto.
A decis�o do ministro que ordenou o compartilhamento das conversas com Lula pode ser revista na pr�xima ter�a-feira, 9. Isso porque, a pedido pr�prio Lewandowski, a Segunda Turma vai julgar um agravo apresentado por procuradores para embargar a medida.
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