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Estado de Minas POL�TICA

Governo mant�m processo de privatiza��o da Ceagesp


06/02/2021 13:30

Embora o presidente Jair Bolsonaro tenha dito que decidiu n�o mais privatizar a Companhia de Entrepostos e Armaz�ns Gerais de S�o Paulo (Ceagesp), o governo mant�m estudos para a desestatiza��o da empresa p�blica. O Minist�rio da Economia afirmou que uma decis�o sobre a venda ou n�o do entreposto comercial s� ser� tomada ap�s essa an�lise ser conclu�da, o que est� previsto para ocorrer at� o fim de mar�o.

Como mostrou o Estad�o, a Ceagesp se tornou um reduto bolsonarista na capital paulista. Em visita ao local, na zona oeste de S�o Paulo, em dezembro, Bolsonaro afirmou que os defensores da privatiza��o s�o "ratos" cujo interesse � beneficiar amigos. "Para quem fala em privatiza��o, enquanto eu for o presidente essa � a casa de voc�s. Nenhum rato vai querer privatizar isso aqui para beneficiar seus amigos", disse ele na ocasi�o, durante cerim�nia em que inaugurou a reforma de um rel�gio no entreposto comercial - o maior da Am�rica Latina.

A fala de Bolsonaro foi interpretada como um recado ao governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), um dos seus principais advers�rios no xadrez eleitoral de 2022. Meses antes, o tucano havia anunciado um acordo com o governo federal para transferir o entreposto para outro endere�o, �s margens do Rodoanel M�rio Covas e passar sua administra��o para a iniciativa privada. O plano era facilitar o acesso de caminh�es que diariamente abastecem o local com produtos agr�colas do Brasil todo. Segundo a Ceagesp, cerca de 50 mil pessoas e 12 mil ve�culos passam por ali todos os dias.

A negocia��o de Doria foi costurada com Salim Mattar, ent�o secret�rio especial de Desestatiza��o e Privatiza��o, que deixou o cargo em agosto do ano passado acusando o governo e o Congresso de cederem ao lobby do funcionalismo p�blico para paralisar a agenda de privatiza��es.

Estudos

A Ceagesp foi incorporada ainda em 2019 no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), em decreto assinado pelo pr�prio Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A partir disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) contratou duas consultorias em mar�o do ano passado por R$ 2,6 milh�es para estudar o modelo de privatiza��o. Em dezembro, quando o presidente descartou vender a empresa, R$ 560 mil j� haviam sido pagos.

Os estudos em andamento incluem a defini��o de pre�os dos bens imobili�rios, avalia��o econ�mico-financeira, al�m da decis�o sobre o modelo para a desestatiza��o. Esta � a primeira etapa do processo, que ainda prev� outras cinco fases.

Ao Estad�o, o BNDES negou que haja orienta��o para paralisar as an�lises. "Os estudos est�o em fase de elabora��o. As a��es da Ceagesp seguem depositadas no Fundo Nacional de Desestatiza��o e a companhia ainda est� inclu�da no Programa Nacional de Desestatiza��o", afirma a nota do banco.

O Minist�rio da Economia confirmou que os estudos n�o foram interrompidos e disse que os resultados ser�o levados para discuss�o do Conselho do PPI, �rg�o formado pelo presidente da Rep�blica, ministros e presidentes dos bancos p�blicos. "Os estudos ser�o submetidos ao conselho para delibera��o e defini��o sobre a continua��o ou n�o das demais etapas." O Planalto n�o se manifestou.

Reduto bolsonarista. A mudan�a de discurso de Bolsonaro em rela��o � venda da Ceagesp coincide com a nomea��o do coronel Ricardo Mello Ara�jo, ex-comandante da Rota, para o comando da empresa, no fim do ano passado. Bolsonaro tem afirmado que, ap�s o militar assumir o posto, foram "desbaratadas" m�fias que agiam cobrando propina de carregadores e vendedores de caf� que trabalham no local. O presidente nunca apresentou casos concretos sobre o que afirmou.

Em dezembro, quando Bolsonaro inaugurou a reforma da Torre do Rel�gio, um monumento pintado de verde e amarelo, Ara�jo pediu que os trabalhadores fossem � cerim�nia vestindo as cores da bandeira do Brasil. Muitos atenderam ao pedido.

O evento, realizado em meio � pandemia, teve conota��o pol�tica. Duas semanas depois, a Ceagesp foi palco de protesto contra Doria. O ato foi motivado pelo aumento de impostos de alimentos - do qual o governador j� recuou - e turbinada pela distribui��o gratuita de comida. A entrega se deu ao som do Hino Nacional. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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