
Contradizendo o que havia falado em v�rias oportunidades, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta segunda-feira (8/2), que nunca foi contra a vacina contra o coronav�rus. Em uma mudan�a de tom, o chefe do Executivo admitiu que a imuniza��o em massa � a solu��o para a recupera��o mais ligeira da economia do pa�s.
“Nunca fui contra a vacina, sempre disse ‘passou pela Anvisa, compra’. Tanto � que a CoronaVac passou pela tangente”, alegou o presidente, em Bras�lia.
Ele afirmou que o mais importante no momento � salvar vidas e solucionar a crise econ�mica do Brasil: “Estamos preocupados com a vida. Se vacinar, a chance de voltarmos � normalidade na economia aumenta exponencialmente. Queremos isso a�".
Desde o in�cio da pandemia, por�m, Bolsonaro demonstrou negacionismo em rela��o � vacina��o. Por diversas vezes, disse que n�o tomaria o imunizante e entrou em atrito com o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, por causa da demora na aprova��o da CoronaVac, produzida pelo laborat�rio chin�s Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan.
"Eu n�o pretendo tomar vacina sem que ela seja devidamente comprovada cientificamente. N�o pretendo tomar. Quem quiser tomar, o governo vai estar � disposi��o. O governo federal vai fazer campanha sim, mas campanha respons�vel para o povo se vacinar sabendo a� de todas as poss�veis consequ�ncias e efeitos adversos", disse.
Em agosto, o presidente alfinetou Doria ao enaltecer o acordo da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a Universidade de Oxford para a produ��o da AstraZeneca. “E o que � mais importante nessa vacina, diferente daquela outra que um governador resolveu acertar com outro pa�s, vem a tecnologia pra n�s”.
Em outubro, um dia depois de o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, anunciar a compra de 46 milh�es de doses da CoronaVac, Bolsonaro alegou que o acordo n�o seria firmado: "J� mandei cancelar, o presidente sou eu, n�o abro m�o da minha autoridade", disse Bolsonaro.
Numa entrevista, em dezembro, o presidente demonstrou n�o acreditar na vacina chinesa depois do resultado dos testes cl�nicos, que apontaram 50% de efic�cia para casos leves: “A da China n�s n�o compraremos, � decis�o minha. Eu n�o acredito que ela transmita seguran�a suficiente para a popula��o”.