
A Comiss�o Executiva Nacional do PT n�o discutiu formalmente o lan�amento de Fernando Haddad como pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica, segundo o vice-presidente nacional do partido, Washington Quaqu�.
A decis�o "solit�ria" do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva teria seguido uma l�gica: o partido n�o poderia repetir 2018 e atrelar a campanha presidencial a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF).
O novo movimento de Lula se deu sob expectativa de futura decis�o da Corte sobre a conduta do ent�o juiz S�rgio Moro no caso do triplex do Guaruj�. Na senten�a, o ent�o juiz condenou o petista a nove anos e seis meses de pris�o por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro.
A defesa de Lula alega que o ex-juiz agiu com parcialidade ao julgar o petista. Se decidir pela suspei��o do agora ex-magistrado, o STF pode tirar um obst�culo - n�o o �nico - para que o petista dispute a elei��o de 2022. Mas n�o h� garantia disso. "Se Lula for reabilitado ser� o candidato", disse Quaqu�. "Mas tamb�m n�o d� para ficar esperando como em 2018. Somos alternativa de poder. Precisamos organizar a campanha."
Quaqu� afirmou que havia um consenso no comando do PT sobre a necessidade de definir j� uma pr�-candidatura. Sabe-se, por�m, que o nome de Haddad n�o � consensual. Mesmo o processo de escolha - um ato pessoal do ex-presidente - � alvo de cr�ticas reservadas na legenda.
Mas, para o vice-presidente do PT, o ex-prefeito de S�o Paulo, por enquanto, pode come�ar contatos para ocupar espa�o, construir palanques estaduais, conversar com o empresariado, circular no meio pol�tico e dialogar com movimentos sociais.
Em 2018, com Lula preso em Curitiba, Haddad teve seus movimentos limitados durante a campanha presidencial, enquanto os advers�rios podiam, por exemplo, participar de debates. Lula insistiu em aguardar uma decis�o favor�vel do STF, que n�o veio.
Somente em setembro, a pouco mais de um m�s do primeiro turno das elei��es, o STF decidiu que Lula n�o poderia ser candidato e o ex-prefeito pode fazer campanha livremente. �quela altura, o ent�o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que j� liderava, ganhou mais proje��o com o atentado a faca de que foi v�tima em Juiz de Fora (MG).
Press�o
Espera-se tamb�m que o pr�-lan�amento de Haddad ajude a melhorar a situa��o jur�dica do ex-presidente. A possibilidade de que uma decis�o do STF devolva a Lula a possibilidade de concorrer � Presid�ncia gerou press�es sobre a Corte.
A entrada de Haddad ajudaria a sinalizar ao Supremo que poderia decidir com tranquilidade o destino do ex-presidente. Quaqu�, no entanto, classifica como "especula��o" ligar a decis�o de Lula � sua situa��o no STF.