A Pol�cia Federal (PF) abriu nesta ter�a-feira, 2, a Opera��o Mais Valia contra desembargadores do Tribunal Regional de Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) e advogados ligados ao governador afastado Wilson Witzel (PSC). Os agentes cumprem 11 mandados de pris�o preventiva e outros 26 de busca e apreens�o no Rio de Janeiro, incluindo na sede do tribunal. As ordens foram expedidas a pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica pela ministra Nancy Adrighi, do Superior Tribunal de Justi�a (STJ).
A a��o foi aberta na esteira das investiga��es que levaram ao afastamento de Witzel do governo fluminense em agosto do ano passado. De acordo com o Minist�rio P�blico Federal (MPF), a etapa apura poss�vel pagamento de vantagens indevidas a magistrados que, em contrapartida, teriam beneficiado o grupo pol�tico do governador afastado.
"As medidas cautelares, cumpridas no Rio de Janeiro, decorreram de vasto acervo de provas apontando para a pr�tica de crimes como corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa", informou o MPF.
No m�s passado, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justi�a decidiu aceitar a primeira das tr�s den�ncias apresentadas pelo Minist�rio P�blico Federal contra Witzel. Com o resultado do julgamento, o ex-juiz foi colocado no banco dos r�us por corrup��o ativa e passiva e lavagem de dinheiro na esteira da Opera��o Tris in Idem. Outras frentes de investiga��o envolvendo o grupo pol�tico do governador afastado seguem em curso.
Os desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 1� Regi�o, no Rio de Janeiro, entraram na mira da Procuradoria Geral da Rep�blica com a dela��o do ex-secret�rio de Sa�de Edmar Santos. Na primeira den�ncia contra Witzel, a Procuradoria-Geral da Rep�blica transcreveu acusa��es contra um dos magistrados, Marcos Pinto da Cruz, acusado pelo delator de propor um esquema de propinas envolvendo decis�es judiciais a favor de organiza��es sociais da �rea da Sa�de com d�vidas trabalhistas e valores a receber do Estado a t�tulos de "restos a pagar". O desembargador foi afastado das fun��es administrativas em setembro do ano passado.
O ex-presidente do TRT, desembargador Fernando Antonio Zorzenon da Silva, tamb�m foi citado pela PGR por ter emitido ato favor�vel a uma empresa ligada a M�rio Peixoto, preso da Opera��o Lava Jato. Quando foi mencionado na den�ncia, o magistrado disse, por meio de nota, que sua carreira de quase 40 anos foi pautada na "mais absoluta retid�o, n�o havendo um �nico ato sequer tomado fora dos estritos limites legais". O espa�o est� aberto para as manifesta��es dos citados.
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