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Estado de Minas POL�TICA

Foram criadas 'hip�teses fantasiosas' a partir de mensagens hackeadas, diz Moro


02/03/2021 12:10

O ex-ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica e ex-juiz da Opera��o Lava Jato, S�rgio Moro, disse que foram criadas "hip�teses fantasiosas" sobre as mensagens hackeadas dos procuradores que integraram a for�a-tarefa de Curitiba. As conversas foram apreendidas na Opera��o Spoofing, que prendeu o grupo acusado pelo ataque cibern�tico, e liberadas ao ex-presidente Lu�s In�cio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal. Desde ent�o, a defesa do petista vem apresentando ao Tribunal laudos feitos por um profissional independente contratado para periciar o material. A an�lise tem sido feita em etapas em raz�o do volume de conversas interceptadas. A cada relat�rio, novos trechos v�m � tona e movimentam a opini�o p�blica.

"O que eu tenho visto � uma s�rie de fantasias constru�das, narrativas", disse Moro em semin�rio virtual promovido pelo Ceap Brasil na segunda-feira, 1�. "Se v� muito no recurso argumentativo a profus�o de adjetivos. Se voc� n�o tem argumentos, se voc� n�o tem fatos, voc� carrega nos adjetivos, obscurecendo a falta de reais argumentos".

O ex-juiz voltou a dizer que o di�logo de ju�zes com advogados, promotores e procuradores � comum no dia-a-dia da Justi�a. "N�s temos uma praxe jur�dica um pouco mais informal do que existem em outros pa�ses. Ent�o a troca de di�logo entre pessoas envolvidas no processo n�o � algo que, por si s�, � criminoso", defendeu.

Na avalia��o de Moro, n�o h� irregularidade no teor das conversas, mesmo que a autenticidade do material n�o tenha sido atestada. Desde que parte das mensagens foi revelada, ainda em 2019, na s�rie de reportagens conhecida como "Vaza Jato", liderada pelo portal The Intercept Brasil em parceria com outros ve�culos de imprensa, integrantes da opera��o repetem que o material n�o tem validade jur�dica uma vez que foi obtido ilicitamente no ataque cibern�tico e que a veracidade das conversas n�o � reconhecida pelos interlocutores ou por per�cia oficial.

"N�o � nenhuma esp�cie de aconselhamento ou relacionamento inapropriado. As pessoas t�m que ter um pouco mais de senso cr�tico quando existem muitos interesses envolvidos em anula��o dessas condena��es, existem muitas pessoas poderosas envolvidas", afirmou Moro.

O ex-juiz tamb�m disse ter "orgulho" da Lava Jato e classificou como "injustos" os ataques ao trabalho da for�a-tarefa. Para Moro, a opera��o foi um "divisor de �guas" para romper com a "impunidade dos poderosos" e gerou uma "onda anticorrup��o" na Am�rica Latina.

"As pessoas viram e veem at� hoje a quantidade de ataques injustos direcionados. Claro, cr�ticas s�o poss�veis, isso � absolutamente vi�vel. Mas ataques injustos e mentiras feitas contra as pessoas que participam, que fazem a coisa certa dentro desses processos", disse. "A Lava Jato, na esteira do caso mensal�o decidido antes, foi um divisor de �guas no sentido de que a impunidade da grande corrup��o, no per�odo em que a opera��o durou, n�o se tornou mais a regra. As pessoas foram identificadas, tiveram sua culpa comprovada, foram condenadas, come�aram a cumprir pena", acrescentou.

No semin�rio virtual, Moro defendeu ainda a constru��o de uma "cultura de integridade" no Pa�s. A bandeira do combate � corrup��o, que o acompanha desde os tempos de magistratura, foi colocada como "um dos caminhos da prosperidade".

"Claro que precisa de muito mais coisa: precisa investir em educa��o, precisa investir em produtividade, eu acho que n�s precisamos ter uma economia mais aberta. Mas combater a corrup��o � um meio de ganhar efici�ncia e ganhar prosperidade", defendeu.

Moro falou tamb�m sobre o per�odo em que ocupou a chefia do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica no governo do presidente Jair Bolsonaro e explicou os motivos que o levaram a estabelecer como prioridades o combate ao chamado "crime de colarinho branco" e ao crime organizado durante a sua gest�o. Segundo o ex-ministro, a ideia foi consolidar os avan�os obtidos com a Opera��o Lava Jato e, ao mesmo tempo, melhorar o desempenho do Brasil no enfrentamento � criminalidade violenta.

"Houve uma enorme resist�ncia em rela��o a isso, n�o � o caso agora de entrar nesses detalhes", disse sobre o combate � corrup��o, evitando se aprofundar sobre a quest�o.


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