Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) v�o decidir na pr�xima quinta-feira, dia 11, se aceitam ou n�o a den�ncia apresentada pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) por grave amea�a e incita��o de animosidade entre o Tribunal e as For�as Armadas. O ministro Alexandre de Moraes, relator, pediu nesta segunda-feira, 8, a "inclus�o imediata" do caso na pauta do STF, solicita��o que foi prontamente atendida pelo presidente do Tribunal, Luiz Fux. A expectativa na Corte � a de que a den�ncia seja aceita.
Moraes pediu prioridade na discuss�o do caso pelo plen�rio em raz�o de Daniel Silveira estar preso desde o dia 16 de fevereiro. O parlamentar foi detido horas ap�s divulgar um v�deo com apologia ao Ato Institucional 5 (AI-5) - o mais duro da ditadura militar - e discurso de �dio contra os integrantes da Corte.
A ordem foi proferida por Moraes pela pr�tica de crime inafian��vel. Um dia ap�s a pris�o de Silveira, o Plen�rio do Supremo ratificou a decis�o. Horas depois do julgamento, a PGR denunciou o deputado.
Como mostrou o Estad�o, a den�ncia da PGR aponta que em tr�s v�deos recentes, o parlamentar praticou agress�es verbais e graves amea�as contra integrantes da Corte, incitando o emprego de viol�ncia e a animosidade entre as For�as Armadas e o STF. A acusa��o aponta o v�deo do dia 16, com ataques ao STF, e outras duas grava��es publicadas pelo parlamentar no final do ano passado, intituladas "Na ditadura voc� � livre, na democracia � preso!" e "Convoquei as For�as Armadas para intervir no STF".
Segundo o vice-procurador-geral da Rep�blica Humberto Jacques de Medeiros, que assina a den�ncia encaminhada ao STF, o deputado bolsonarista usou a estrat�gia de praticar agress�es verbais e graves amea�as contra os integrantes do Supremo desde que entrou na mira de inqu�ritos da Corte, tentando intimidar os ministros.
"Neste �ltimo v�deo (do dia 16), n�o s� h� uma escalada em rela��o ao n�mero de insultos, amea�as e improp�rios dirigidos aos ministros do Supremo, mas tamb�m uma incita��o � animosidade entre as For�as Armadas e o Tribunal, quando o denunciado, fazendo alus�o �s nefastas consequ�ncias que advieram do Ato Institucional n� 5, de 13 de dezembro de 1968, entre as quais cita expressamente a cassa��o de ministros do Supremo, instiga os membros da Corte a prenderem o general Eduardo Villas B�as, de modo a provocar uma ruptura institucional", aponta Medeiros.
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