O presidente da Associa��o Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, afirmou nesta quarta-feira que "h� muitas maneiras de parar o servi�o da seguran�a" sem paralisar as atividades no Pa�s. "N�o precisamos fazer greve, s� podemos fazer um lockdown", afirmou.
Em coletiva de imprensa da Uni�o dos Policiais do Brasil (UPB) contra a inclus�o da classe nas medidas de conten��o de gastos da PEC Emergencial, Camargo afirmou que, apesar de os policiais n�o poderem paralisar as atividades, h� uma sa�da de "colocar profissionais estritamente na atual estrutura de seguran�a do Brasil", em refer�ncia �s medidas de distanciamento social pela pandemia da covid-19.
Segundo Leandro Lima, presidente da Associa��o Brasileira de Criminal�stica, "o crime n�o faz lockdown, n�o faz home office". Em sua avalia��o, "n�o faz sentido criminalizar o servidor e sociedade proibindo contrata��o" de policiais. "Estamos aqui para nos posicionar e tudo isso vai contra a sociedade. A PEC Emergencial � importante, mas o servi�o p�blico tamb�m � essencial", afirmou.
A classe reitera que n�o � contra a PEC, mas a forma como ela est� interfere nos servidores p�blicos. Para Lima, deve ser "cada um no seu quadrado".
Lu�s Boudens, presidente da Federa��o Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), afirma que "a sociedade est� sendo manipulada sobre uma vis�o errada do servidor p�blico". "Estamos vendo ataques sequenciais. As pessoas de bem devem saber que o servidor p�blico n�o � culpado pelo que est� acontecendo", em refer�ncia � crise econ�mica nacional.
Em sua vis�o, "est� ocorrendo um atropelo em que os servidores p�blicos s�o colocados como culpados, como a �nica fonte para o aux�lio emergencial". Para ele, o conjunto de discurso do presidente Jair Bolsonaro contra os servidores e a n�o realiza��o do que prometeu na campanha presidencial de 2018 tem como "maior alvo a sociedade brasileira".
'Nunca embarcamos no governo'
Para o presidente da Associa��o dos Delegados da Pol�cia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, o conflito com o governo Bolsonaro n�o significa uma ruptura com o chefe do Executivo, pois o apoio nunca existiu. "N�o estamos desembarcando do governo porque nunca embarcamos em governo nenhum", afirmou. Segundo ele, "os policiais est�o � disposi��o do Estado brasileiro e acreditaram que esse governo seria o governo que respeitaria os policiais".
Para Paiva, a tend�ncia "natural" de agora � que os servidores "n�o acreditem novamente" no presidente. Ap�s a reuni�o, a classe afirmou que n�o h� mais protestos ou pronunciamentos programados.
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