O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ofendeu o colega Reimont (PT-RJ), chamando-o de "vagabundo" e "canalha", durante a sess�o virtual realizada na quarta-feira, 10, na C�mara Municipal do Rio. O filho "02" do presidente Jair Bolsonaro se exaltou depois que o colega petista leu um discurso da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com cr�ticas ao governo federal. Diante da conduta, a vereadora T�nia Bastos - que � do mesmo partido de Carlos e estava presidindo a sess�o - cortou o microfone do colega.
Os vereadores debatiam um projeto que institui no munic�pio do Rio de Janeiro o Dia de Combate � Viol�ncia contra a Mulher, de autoria dos vereadores Ver�nica Costa e Thiago K. Ribeiro, ambos do DEM.
Em seu discurso, Reimont afirmou que "a presidenta Dilma Roussef anteontem dizia com muita clareza que (...) as mulheres s�o as maiores v�timas da pandemia, que o atual governo agrava ao desprezar a vida e ao negar vacina e renda suficientes para todos". Seguindo a leitura de um texto da ex-presidente, Reimont disse que "lutar � o verbo que define as mulheres. Hoje, lutar pela vacina e pela renda emergencial. E mais: vamos � luta contra a viol�ncia, contra a misoginia, contra esse governo de �ndole fascista para recuperar os direitos do povo e reconstruir o Brasil".
Em seguida, Carlos Bolsonaro pediu a palavra: "Queria lamentar infelizmente como aqueles de sempre, que nos caracterizam de tudo, n�? Quando se fala Bolsonaro, � genocida, �... palavras que a gente aprendeu h� pouco tempo atr�s (sic) e tudo o mais", come�ou o vereador, citando em seguida iniciativas do governo federal de combate � viol�ncia contra a mulher.
Depois, retomou o ataque: "Infelizmente s� tem canalhas aqui dentro dessa Casa, que levam para uma linha pol�tica em vez de tentar sempre levar para uma linha de melhoria da sociedade carioca e do Brasil. Ent�o deixo aqui meu voto de aplausos (ao projeto de lei) e de rep�dio a esses canalhas de sempre, e ele sabe muito bem do que eu t� falando a�".
Reimont ent�o retrucou: "Meu rep�dio � express�o canalha, porque acho que...", e Carlos Bolsonaro o interrompeu, exaltado: "Quer dizer, o vagabundo me chama de genocida, chama meu pai de genocida, e eu n�o posso chamar de canalha? � canalha mesmo! � um canalha! Um cabe�a de bal�o canalha", completou o filho do presidente.
Carlos seguiu com os ataques a Reimont, que se formou padre da Ordem de S�o Francisco: "Um padre que n�o segue a cartilha da igreja, quem � voc� para falar alguma coisa de mim?"
A vereadora T�nia Bastos, que presidia a sess�o, intercedeu: "Pe�o desculpas a vossa excel�ncia, Carlos Bolsonaro, mas eu n�o posso dar continuidade assim, ent�o os microfones...", e ent�o foi interrompida por Carlos: "A senhora pode dar continuidade quando chamam algu�m da minha fam�lia de genocida e eu n�o posso...", e nesse ponto ele teve o microfone cortado.
Em seguida, T�nia afirmou: "At� o presente momento na sess�o n�o houve nenhum tipo de vocabul�rio dessa ordem. Estamos fazendo uma discuss�o e eu n�o ouvi nenhum vereador chamar o vereador Carlos Bolsonaro de genocida. N�o pode trazer para dentro de uma sess�o plen�ria o que se discute muitas vezes nas redes sociais".
A sess�o prosseguiu com a vota��o de outros projetos.
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