(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

'DEM pode abrir m�o da cabe�a de chapa', afirma Mandetta


12/03/2021 13:05

O ex-ministro da Sa�de Luiz Henrique Mandetta evita se apresentar como potencial candidato � Presid�ncia em 2022 neste que � o pior momento da pandemia de covid-19 no Brasil. Segundo ele, nem a devolu��o dos direitos pol�ticos do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva deve precipitar defini��es de futuras candidaturas. "Espero que esse debate possa ser feito mais para frente, porque as rea��es n�o costumam ser l�cidas. Podem surgir nomes novos at� l�", disse. Neste processo, o ex-ministro afirmou que seu partido, o DEM, pode "com certeza abrir m�o de encabe�ar uma chapa presencial" por uma candidatura de consenso.

O sr. diz que Lula e Bolsonaro representam os extremos, mas Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez elogios ao petista e descartou a compara��o entre eles. Isso � sinal do racha no DEM ou no centro?

O racha � na sociedade, e os partidos refletem isso. Esse racha, ali�s, � que tem de acabar. H� 30 anos vivemos essa l�gica da divis�o. Os dois apostam exatamente nesta divis�o. Lula e Bolsonaro s�o iguais, mas em sinais contr�rios. Os dois t�m a mesma estrat�gia de comunica��o direta, mas se acostumaram ao racioc�nio pequeno, tosco, n�o t�m um projeto de na��o, de transforma��o geracional, s� de poder.

Lula fez aceno ao centro, dizendo que procurar� todos para conversar. O que acha disso?

Esse aceno � t�o fr�gil como o de Bolsonaro na dire��o do uso da m�scara e da defesa da vacina. S�o movimentos "fake", sem qualquer reflex�o. E, para mim, n�o existe o "centro". Existem, sim, pessoas centradas, com bom senso, sensatas, capazes de dialogar. Esses polos radicais t�m 20% de cada lado, a maioria da popula��o n�o quer saber disso, quer um projeto de Pa�s.

A possibilidade de Lula concorrer em 2022 for�a os partidos que buscam op��o a essa polariza��o a uma defini��o mais c�lere por um candidato em comum?

Olha, uma coisa foi boa. Se o ministro (Edson Fachin, do STF) tivesse tomado essa decis�o em meados do ano que vem, seria pior, acabaria com qualquer tentativa de racionalidade no debate. Agora, ao menos, ainda estamos distantes da hora da urna. Mas acho que as crises submersas em fun��o da pandemia v�o eclodir todas ao mesmo tempo, nos obrigando a pensar numa sa�da. Espero que esse debate possa ser feito mais para frente. Podem surgir nomes novos at� l�.

O sr. � pr�-candidato?

Todas as minhas energias est�o voltadas agora no que posso ajudar nessa situa��o de vida e morte. Vai chegar uma hora em que vamos terminar de enterrar nossos mortos e pensar na reconstru��o do terreno. Esse debate eu topo, estou preparado para ele. N�o vejo por que a elei��o tenha de ser Lula contra Bolsonaro, direita contra esquerda.

O DEM abriria m�o de encabe�ar candidatura por esse projeto de Pa�s de que o sr. fala?

Com certeza. Somos um partido plural, temos nossas discuss�es internas e saberemos qual o nosso momento. O cen�rio hoje � de pesadelo, o que nos for�a a trabalhar ainda mais neste sentido.

O an�ncio feito pelo PSDB de lan�ar em outubro, ap�s pr�vias, um candidato pr�prio atrapalha esse processo?

Acho que cada partido tem a sua l�gica. Os partidos est�o conversando.

Luciano Huck � levado em conta nesse projeto no DEM?

Pode ser, claro. Huck � uma pessoa de comunica��o, que � superimportante. Tem um programa de visibilidade, o que tamb�m � importante. Se vier para o DEM ser� muito bem-vindo.

Se isso ocorrer, voc�s ser�o concorrentes no partido?

N�o � um concorrente meu, n�o. O meu projeto � de na��o, e um projeto desse n�o tem concorrente. Todos, mesmo os mais radicais, t�m de ser contemplados.

Como o sr. v� o comportamento de Bolsonaro na pandemia?

A estrat�gia, neste primeiro ano de pandemia, foi a de levar as pessoas de encontro ao v�rus. � um comportamento que serve de �libi para outras pessoas fazerem o mesmo. A voz dele (Bolsonaro) tem um peso absurdo nessa hist�ria. E, agora, ele tenta se repaginar, dizendo que a vacina � sua arma.

A que o sr. atribui a mudan�a?

� uma rea��o, acho, do ponto de vista eleitoreiro.

Se Bolsonaro ocupa um desses extremos que o sr. critica, por que aceitou participar dele como ministro da Sa�de?

Quando fui chamado, Bolsonaro me garantiu que poderia montar minha equipe de forma t�cnica. Convidei os melhores do Brasil. S� que quando a hora do trabalho t�cnico se revelou, n�o era o que ele queria, mas o pol�tico, cuja consequ�ncia era a trag�dia. Quando me deparei com isso, decidi que n�o iria abrir m�o dos meus valores, mas n�o pedi para sair. Se me p�s, me tira.

Sem vacina, sem coordena��o nacional e com 2,3 mil mortos em um dia, o que � poss�vel fazer para reduzir mortes e cont�gio?

Temos de pensar em estrat�gias novas, mais desafiadoras. E n�o estou s� falando em lockdown, que virou o bicho-pap�o, mas pode ser um dos rem�dios amargos que funcionem. Precisamos de estrat�gias diferentes para locais e sistemas de sa�de diferentes. S� o atual ministro da Sa�de nega que estamos em colapso. Mas ele n�o sabe nem o que � uma sala de emerg�ncia lotada, n�o tem no��o do que � intubar um paciente. E � por ele que seguiremos liderados? � isso que nos falta: lideran�a.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)