
Deputados federais mineiros do Partido Social Liberal (PSL) veem com bons olhos o eventual retorno do presidente Jair Bolsonaro � legenda. A volta, por�m, depende de conversas que passam, sobretudo, por conceder a Bolsonaro “carta branca” para montar diret�rios estaduais.
A desfilia��o do presidente, em novembro de 2019, ajudou a evidenciar a divis�o da bancada federal: enquanto parte dos 53 parlamentares � alinhada ao bolsonarismo, outro grupo tem ra�zes estabelecidas na ala ligada a Luciano Bivar, congressista pernambucano que comanda a dire��o nacional da agremia��o. Apesar dos problemas internos, o partido concentra for�as na reunifica��o de seus quadros
A desfilia��o do presidente, em novembro de 2019, ajudou a evidenciar a divis�o da bancada federal: enquanto parte dos 53 parlamentares � alinhada ao bolsonarismo, outro grupo tem ra�zes estabelecidas na ala ligada a Luciano Bivar, congressista pernambucano que comanda a dire��o nacional da agremia��o. Apesar dos problemas internos, o partido concentra for�as na reunifica��o de seus quadros
Empossado presidente do PSL mineiro em fevereiro deste ano, o delegado Marcelo Freitas, deputado federal em primeiro mandato, diz que o partido recebe Bolsonaro se esse for o desejo do chefe do Executivo nacional. “Nosso partido est� de portas abertas para o retorno do presidente Bolsonaro. Ent�o, s� depende dele retornar ou n�o ao PSL. O di�logo nunca nos faltou”, garantiu ao Estado de Minas.
Na quinta-feira, o presidente afirmou, em sua live semanal, que conversa com diversas legendas – entre elas, o PSL. A ideia dele � decidir o futuro at� o fim do m�s. Presente � transmiss�o, o l�der pesselista na C�mara, Major Vitor Hugo (GO), falou que a agremia��o tem dado “piscadas” para o capit�o.
Na quinta-feira, o presidente afirmou, em sua live semanal, que conversa com diversas legendas – entre elas, o PSL. A ideia dele � decidir o futuro at� o fim do m�s. Presente � transmiss�o, o l�der pesselista na C�mara, Major Vitor Hugo (GO), falou que a agremia��o tem dado “piscadas” para o capit�o.
Vice-l�der do partido no Legislativo, Charlles Evangelista cr� que a resolu��o de problemas vistos na passagem anterior pode fazer a rela��o reatar. “Duvido que algu�m v� querer rejeitar um presidente da Rep�blica com prest�gio que tem para formar bancadas. Obviamente, tem que acertar algumas coisas para que n�o ocorram as confus�es que aconteceram. H� v�rios deputados com interesses diferentes, mas, na minha opini�o, a chance � grande de caminhar para o retorno”, afirma.
Ligado a Bolsonaro, o tamb�m mineiro Cabo Junio Amaral tem opini�o semelhante. “N�o sei o que est� pensando, neste momento, o presidente, mas n�o acho imposs�vel o retorno dele ao PSL. Na minha vis�o, Bolsonaro n�o voltaria se n�o fossem dadas a ele condi��es claras de autonomia na condu��o do partido, principalmente na montagem dos diret�rios estaduais. � pouco prov�vel, mas n�o imposs�vel”.
A reboque de Bolsonaro, o PSL multiplicou por seis o n�mero de representantes na C�mara — partido terminou a legislatura passada com oito deputados. Parte deles, por�m, pode seguir o presidente se ele optar por outro partido — a Alian�a pelo Brasil, sonho inicial, ainda n�o saiu do papel.
Junio Amaral � um dos que pretendem voltar a ser correligion�rio do presidente. Ele cr� que metade da bancada federal deve seguir o mesmo caminho. “A outra metade n�o vai ‘largar o osso’. O PSL, hoje, � o partido mais rico no fundo partid�rio. Por mais que os deputados que queiram permanecer no PSL saibam da credibilidade que t�m junto ao eleitorado por causa do presidente, v�o assumir esse risco”, vislumbra.
Junio Amaral � um dos que pretendem voltar a ser correligion�rio do presidente. Ele cr� que metade da bancada federal deve seguir o mesmo caminho. “A outra metade n�o vai ‘largar o osso’. O PSL, hoje, � o partido mais rico no fundo partid�rio. Por mais que os deputados que queiram permanecer no PSL saibam da credibilidade que t�m junto ao eleitorado por causa do presidente, v�o assumir esse risco”, vislumbra.
Marcelo Freitas e Charlles Evangelista, por seu turno, pretendem continuar no partido. “Sem d�vida alguma, permane�o no partido em quaisquer circunst�ncias. Sou partid�rio. Defendo as ideias do PSL”, assegura o presidente da legenda em Minas. Tido como integrante do grupo mais pr�ximo a Luciano Bivar, Marcelo refuta a exist�ncia de “racha” nos quadros pesselistas.
“Basta observar o hist�rico de vota��es de cada deputado. No meu caso, embora seja considerado da ala bivarista, o que � motivo de satisfa��o, tenho votado a favor das pautas governistas muito mais do que alguns ditos bolsonaristas. Bolsonarista ou bivarista � apenas um ponto de vista. Somos todos do PSL. Ap�s muito di�logo e acordos internos, vejo o partido mais unido do que nunca”.
“Basta observar o hist�rico de vota��es de cada deputado. No meu caso, embora seja considerado da ala bivarista, o que � motivo de satisfa��o, tenho votado a favor das pautas governistas muito mais do que alguns ditos bolsonaristas. Bolsonarista ou bivarista � apenas um ponto de vista. Somos todos do PSL. Ap�s muito di�logo e acordos internos, vejo o partido mais unido do que nunca”.
Pacifica��o
Neste ano, o PSL enfrentou grande estresse por conta da elei��o da C�mara. O partido aderiu ao bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), mas uma reviravolta puxada por bolsonaristas levou a legenda � coaliz�o em torno de Arthur Lira (PP-AL). Para resolver o imbr�glio, um acordo de pacifica��o foi feito. A 1° secretaria do Parlamento ficou com Luciano Bivar.
Charlles Evangelista � otimista ao tratar do tema. “Alguns deputados do ‘PSL raiz’ n�o ficaram satisfeitos, at� por conta de perda de espa�o. Mas a coisa est� sendo constru�da. Major Vitor Hugo est� fazendo um trabalho muito bom de concilia��o, para tentar apaziguar. Ainda temos arestas para aparar, o grupo ainda est� dividido, mas a gente est� caminhando. Acredito que tem tudo para dar certo”, projeta.
Evangelista era o presidente estadual antes de Marcelo Freitas. Ele garante que a mudan�a foi feita sem deixar m�goas e diz que o novo comandante � de sua confian�a. “N�o h� absolutamente nenhum desentendimento em Minas Gerais. Muito pelo contr�rio. Estamos unidos e coesos na defesa das pautas essenciais para a na��o”, corrobora o novo dirigente.