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Estado de Minas POL�TICA

'N�o vejo candidatura de consenso no centro', afirma Gilberto Kassab


17/03/2021 08:27

Presidente do PSD, Gilberto Kassab avalia que ser� dif�cil para as for�as de centro produzirem uma candidatura presidencial de consenso para 2022. "Eu n�o acredito em candidatura de proveta", afirmou Kassab ao Estad�o. "A candidatura da direita, do Bolsonaro, � natural. A candidatura do Lula � natural na esquerda. Os partidos que t�m mais afinidade com o centro, cada um vai procurar o seu caminho. � evidente que, se puderem estar juntos no primeiro turno, pode ser positivo. Mas estar juntos artificialmente n�o leva a lugar nenhum", disse ele.

O ex-ministro afirmou que o plano do PSD � ter candidatura pr�pria em 2022. Citou os senadores Otto Alencar (BA) e Antonio Anastasia (MG), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, e o governador do Paran�, Ratinho J�nior, como op��es. Mas destacou que a decis�o foi empurrada para o fim do ano, por causa da pandemia. Kassab, que costuma ser consultado informalmente por Jair Bolsonaro, admitiu que a atua��o do presidente no enfrentamento da covid-19 dever� pesar na avalia��o do eleitor. "Se voc� perguntar para uma pessoa se ela quer vacina ou autom�vel, ela quer vacina."

Como o sr. analisa o cen�rio depois que as acusa��es contra o ex-presidente Lula foram anuladas e ele se tornou eleg�vel?

A novidade � a consolida��o da esquerda, com a lideran�a do Lula. E em confronto com a direita, tendo como l�der Bolsonaro. O Brasil volta a ter uma direita com cara, discurso e l�der. E uma esquerda com cara, discurso e l�der. Agora, vamos ver, nessa rearruma��o, como vai ficar a centro-direita, a centro-esquerda e o centro.

E o que sr. acha que vai acontecer? At� porque o PSD, seu partido, se situa nesse miolo...

N�s j� estamos vivendo o clima de um novo momento do Brasil, na pol�tica partid�ria, por conta da reforma que foi feita recentemente e que vai possibilitar a redu��o do n�mero de partidos. Onde voc� tinha 40 partidos, nenhum conseguia ter uma cara. Agora, n�o. Vai come�ar a haver a vincula��o do eleitor com o partido que ele entende que o representa. Antes era dif�cil porque os partidos eram uma salada. Porque onde tem 40, n�o tem nada. Estamos no caminho certo. Vamos ter a oportunidade de reconquistar a confian�a do eleitor quanto � pol�tica, que est� num profundo descr�dito.

Como avalia a poss�vel candidatura de Lula, em 2022?

O ex-presidente Lula � uma figura de peso na pol�tica brasileira. Mas, como em qualquer pa�s do mundo, uma ideologia de esquerda sempre tem uma rejei��o maior do que a de centro. Em outros momentos, Lula teve a habilidade de construir alian�as que levaram sua proposta um pouco para o centro. Vamos aguardar os pr�ximos acontecimentos.

Com Lula situado claramente � esquerda, Bolsonaro claramente � direita, o sr. acredita que o centro consegue construir uma candidatura consensual?

Eu n�o acredito em candidatura de proveta. A candidatura da direita, do Bolsonaro, � natural. A candidatura do Lula � natural na esquerda. Os partidos que t�m mais afinidade com o centro, cada um vai procurar o seu caminho. Naturalmente, podem se entender ou n�o. Caso n�o se entendam no primeiro turno, se entender�o no segundo. Eu acredito muito que cada partido tem de ter o seu caminho. � evidente que, se puder estar junto no primeiro turno, pode at� ser positivo. Mas estar juntos artificialmente n�o leva a lugar nenhum.

O sr. acha que a tend�ncia � que haja mais de uma candidatura nesse campo de centro? O PSD ter� candidato ao Planalto?

N�o posso falar pelos outros partidos. Nem pelo PSD, j� que temos um conjunto de lideran�as em que todos s�o ouvidos. O que posso dizer � que o PSD tem um processo de discuss�o, mas que foi prorrogado para o fim do ano, por conta da pandemia. Entendo que qualquer partido que queira dar prioridade a essa quest�o eleitoral, nesse momento grav�ssimo que o Pa�s vive, vai errar. Mas a prioridade continuar� sendo ter candidatura pr�pria.

Hoje, essa � a inten��o do PSD?

Elei��o de dois turnos parte do princ�pio de que a prioridade deva ser sempre a candidatura pr�pria. A� voc� pergunta: 'Vai ter candidato, ent�o?' Essa � a prioridade. Se vai ter ou n�o vai ter, o tempo dir�.

Quem ser� o candidato do partido, se essa ideia vingar?

Temos excelentes nomes. O senador Otto Alencar (BA), o senador Antonio Anastasia (MG), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, o governador do Paran�, Ratinho J�nior, o deputado Andr� de Paula (CE), o deputado F�bio Trad (MS), para ficar nos principais.

Qual ser� o efeito da pandemia na elei��o, especialmente no caso de Bolsonaro, que tem sido criticado por sua atua��o?

A principal quest�o para a candidatura do presidente vai ser avaliar o seu legado de realiza��es. Ele est� na metade do mandato e precisar� construir esse legado. As pessoas cobram realiza��es.

Ele vai ser cobrado pela atua��o na pandemia?

Hoje, n�o h� cidad�o no mundo que n�o tenha como principal preocupa��o a pandemia. Se voc� pegar qualquer cidad�o e oferecer uma vacina ou um autom�vel, uma vacina ou at� um im�vel, a maioria absoluta vai preferir a vacina. Ent�o, o governante que n�o souber entender isso, e n�o souber se conduzir de acordo com essa vontade quase que un�nime do planeta, vai ter muitas dificuldades.

Eduardo Pazuello foi substitu�do pelo m�dico Marcelo Queiroga. Os erros na Sa�de v�o desgastar ainda mais o governo?

� um erro avaliar o governo na quest�o da pandemia apenas pelo Minist�rio da Sa�de. � preciso avaliar o governo como um todo. A an�lise e as decis�es do governo t�m de ser �nicas e harm�nicas em rela��o a todos os minist�rios. Se fosse presidente, estaria visitando a Fiocruz semanalmente. Essa condu��o n�o pode ser delegada. Se fosse presidente, teria transferido o meu gabinete para a Fiocruz.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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