Novo ministro da Sa�de teve passagem rel�mpago pelo Republicanos, do Centr�o

O futuro ministro da Sa�de Marcelo Queiroga teve uma passagem rel�mpago pelo Republicanos, um dos principais partidos do chamado "Centr�o", antes de ser indicado para o comando da pasta hoje liderada pelo general Eduardo Pazuello.

A legenda recebeu o pedido de filia��o de Queiroga em mar�o do ano passado, m�s em que a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) caracterizou o novo coronav�rus como pandemia.

Marcelo Antonio Cartaxo Queiroga Lopes pediu a filia��o pelo Estado da Para�ba. A solicita��o foi acatada em 17 de mar�o de 2020, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No site do TSE, ele ainda consta como membro do partido.

Mas em 5 de janeiro deste ano, dois meses antes de ser indicado para o minist�rio e sem completar dez meses como um associado, seu nome foi retirado do Republicanos "a pedido do eleitor". As informa��es foram confirmadas pelo l�der do partido na C�mara, Hugo Motta (PB). O deputado disse que o cadastro no site do TSE est� desatualizado.

A passagem do futuro ministro pelo partido foi uma surpresa para o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP). O deputado disse que desconhecia a informa��o e garantiu que n�o houve influ�ncia do Republicanos nessa indica��o.

O Republicanos, ex-PRB, � um partido ligado � Igreja Universal, liderada pelo bispo Edir Macedo, tio do ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella e tamb�m filiado � legenda.

Os evang�licos s�o uma das principais bases de apoio do governo de Jair Bolsonaro. As pesquisas mostram que eles se mant�m firmes nesse suporte ao presidente, mesmo no momento mais intenso da queda de sua popularidade.

Em meio ao momento mais cr�tico da pandemia no Brasil, Queiroga ainda n�o assumiu o Minist�rio da Sa�de porque n�o se desvinculou das empresas das quais � s�cio: Cardiocenter Centro de Diagn�stico e Tratamento das Doen�as Cardiol�gicas e Centro de Cardiologia N�o Invasiva da Para�ba, ambas localizadas em Jo�o Pessoa (PB). Em uma delas, ele consta como administrador, como revelou o Estad�o.

Uma lei de 1990 pro�be que servidores p�blicos sejam s�cio-administradores de empresas privadas, informa��o que pode ser obtida pela Receita Federal. Procurado para comentar sua rela��o com partidos pol�ticos, ele n�o retornou os contatos da reportagem.