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Estado de Minas Crise pol�tica

Congresso cobra atitude en�rgica do governo, al�m de troca na Sa�de

Deputados do Centr�o, que sustenta alian�a ao Bolsonaro, elevam o tom e cobram dr�stica mudan�a na estrat�gia de combate ao coronav�rus


21/03/2021 04:00 - atualizado 20/03/2021 23:54

Senadores vão convocar o futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sucessor anunciado de Pazuello, para exigir vacinação em massa e leitos de UTI (foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil )
Senadores v�o convocar o futuro ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, sucessor anunciado de Pazuello, para exigir vacina��o em massa e leitos de UTI (foto: F�bio Rodrigues Pozzebom/Ag�ncia Brasil )

Bras�lia – O presidente da Rep�blica enfrentar� forte press�o pol�tica, nas pr�ximas semanas, para mudar a forma como seu governo lida com a pandemia de COVID-19. A mudan�a na rela��o com Jair Bolsonaro (sem partido) ocorre em raz�o do aumento descontrolado no n�mero de mortes provocadas pela doen�a respirat�ria, do colapso do sistema de sa�de em diversos estados e da piora nos �ndices de aprova��o do presidente. Representantes do Centr�o j� avisaram que � hora de o chefe do Executivo “acertar ou acertar”. Para analistas pol�ticos, o casamento entre Bolsonaro e o bloco do presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), est� em risco, caso altera��o de rumo n�o ocorra.

Deputados e senadores sentem a press�o das bases eleitorais. Al�m disso, o risco de contamina��o pelo coronav�rus e de morte tamb�m cresceu entre a classe pol�tica, como evidenciou a morte de Major Olimpio (PSL-SP), aos 58 anos, o terceiro senador a perder a luta contra o v�rus. Para alguns congressistas, o an�ncio, na semana passada, da terceira troca de comando no Minist�rio da Sa�de em menos de 12 meses � um dos sinais mais claros da falta de organiza��o do Executivo, que teve no comando da pasta Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, que deve ser substitu�do por Marcelo Queiroga.

Do grupo de Lira, o vice-presidente da C�mara, Marcelo Ramos (PL-AM), destacou que Queiroga n�o ter� tempo para “aprender a ser ministro”. “As respostas ter�o que ser r�pidas e efetivas. Passar mensagens claras de compromisso com as pol�ticas de preven��o e acelerar o processo de vacina��o devem ser a��es imediatas. Se o novo ministro combater a pandemia com a medicina, com vacina, com di�logo com estados e munic�pios, e n�o com ideologia, j� teremos um grande avan�o”, ponderou.

Nesta semana, senadores prometeram convocar Queiroga para uma audi�ncia, em que esperam ouvir do ministro anunciado como ele vai trabalhar para a aquisi��o de vacinas, de insumos m�dicos e disponibiliza��o de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs). O futuro ministro, no entanto, j� passa sinais negativos, e questionou, por exemplo, o n�mero de mortes di�rias provocadas pela doen�a, que caminha para 3 mil.  “Nossa expectativa � de que o Queiroga defina, at� 30 de mar�o, o cronograma de vacina��o”, afirmou o senador Wellington Fagundes (PL-MT), da base do presidente.

“O cidad�o quer saber o dia em que ser� vacinado, para ter tranquilidade e trabalhar. Precisamos de uma guinada”, avisou o parlamentar. Para Fagundes, a popula��o se sente desorientada, e falta coordena��o por parte do Minist�rio da Sa�de. “N�o temos mais tempo a perder.”

Vice-l�der do Centr�o e da maioria e l�der do PP, o deputado Cac� Le�o (BA) destaca que se trata de uma posi��o un�nime. “N�o adianta mudar o ministro e continuar com a mesma forma de enfrentamento � pandemia. Tivemos uma not�cia boa, a Pfizer e a Jansen fecharam acordo com o Brasil. Esse � o caminho, vacinar”, afirmou. A respeito do senador Major Ol�mpio, o parlamentar destacou que ele e colegas receberam com tristeza a not�cia, que leva o Congresso a se preocupar “ainda mais”.

L�der do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) prometeu que, ao tomar posse, Queiroga ir� ao Congresso. De acordo com ele, o futuro ministro pretende construir ambiente de di�logo e entendimento com governadores, prefeitos e Parlamento, e “reiterar a prioridade na campanha de imuniza��o, recuperar o tempo perdido no planejamento para a mais r�pida aquisi��o das vacinas e viabilizar, em prazo mais curto poss�vel, a ampla vacina��o dos brasileiros”.

'Cortina de fuma�a' 


Para o analista pol�tico Melillo Dinis,  do portal Intelig�ncia Pol�tica, h� uma tentativa da base do governo de reduzir a press�o provocada pela incapacidade do governo em lidar com o problema. Ele alerta que o progn�stico � negativo, pois h� tend�ncia de piora no cen�rio da pandemia. A reuni�o marcada para a pr�xima quarta-feira, com os presidentes da C�mara, Senado e STF (Supremo Tribunal Federal), por exemplo, � uma estrat�gia de despressuriza��o.

“Tudo isso � pandemia, que  gera uma press�o. Tem um momento em que � preciso reduzir a press�o da base eleitoral. A �gua est� no pesco�o. Bolsonaro vai tentar melhorar o quadro enquanto levanta suas cortinas de fuma�a”, avaliou Melillo Dinis.

A “cortina de fuma�a da vez”, segundo Melillo, � a declara��o de Bolsonaro sobre o estado de s�tio. Por�m, o presidente precisa provocar desvios no debate p�blico para prejudicar a aten��o da classe pol�tica. “Esse jogo duplo � para esconder dois problemas graves: a pandemia e a fome, que voltou, e o governo n�o sabe como resolver. N�o tem vacina, n�o tem estrutura, n�o se organizou, n�o imaginou que essa cepa seria mais agressiva. As elites n�o se convenceram da gravidade da pandemia. Por isso, a situa��o de Bolsonaro com o Centr�o est� amarrada enquanto houver uma cortina de fuma�a”, apontou.




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