Por 2022, PT apoia PSOL e PSB para lideran�as na C�mara

Em um gesto de aproxima��o com o PSOL e PSB visando a elei��o presidencial de 2022, o PT abriu m�o dos principais cargos da oposi��o na C�mara dos Deputados e apoiou a escolha de nomes das duas legendas. A lideran�a da minoria ser� ocupada por Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e a da oposi��o por Alessandro Molon (PSB-RJ).

Com 56 deputados, o PT tem a maior bancada da Casa e, por isso, teria a prerrogativa de escolher nomes do partido para ocupar as duas lideran�as. "A ideia � unificar toda a oposi��o na a��o pol�tica. Foi um gesto de aproxima��o em nome da unidade da esquerda", disse ao Estad�o o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que participou das conversas e � um dos interlocutores do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva na C�mara.

A articula��o recebeu aval de Lula, que teve os direitos pol�ticos restabelecidos e planeja disputar a Presid�ncia da Rep�blica em 2022. A estrat�gia petista � buscar primeiro alian�as no campo da esquerda e, em um segundo momento, abrir pontes com partidos do Centr�o.

Na elei��o presidencial de 2018, o PSB n�o apoiou formalmente nenhum candidato no primeiro turno, mas fechou com Fernando Haddad (PT) no segundo. A ideia inicial do partido para 2022 � buscar um nome "outsider", de fora da pol�tica, que tenha for�a para aglutinar as for�as de centro. A entrada de Lula no cen�rio eleitoral, por�m, deu for�a � tese da sigla entrar em uma coliga��o liderada pelo petista.

Em outra frente, os partidos se reaproximam em Pernambuco, principal base do PSB. Petistas admitem abrir m�o de disputar o governo do estado ano que vem para apoiar o ex-prefeito Geraldo Julio (PSB).

No caso do PSOL, o partido, que nasceu de uma dissid�ncia petista, discute internamente pela primeira vez a possibilidade de n�o lan�ar candidato pr�prio ao Pal�cio do Planalto para apoiar Lula.

Com o apoio ao nome de Freixo para l�der da minoria na C�mara, a ala que prega apoio ao petista em 2022 ganhou musculatura no debate interno. O arranjo na C�mara tamb�m abre caminho para uma alian�a da esquerda na disputa pelo governo fluminense.

Depois de disputar a prefeitura do Rio de Janeiro duas vezes, Freixo � visto como um nome natural. Molon, por sua vez, poderia concorrer a uma vaga no Senado ou ser candidato a vice.

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) ser� o l�der da oposi��o no Congresso.